Início » A história dos jogos de Star Wars: de Atari a Fallen Order
Star Wars é aquele tiozão do churrasco da cultura pop: todo mundo conhece, até quem nunca viu um filme.
É tão enfiado na cultura que virou Lego, virou desenho animado, virou boneco que quebra quando cai da prateleira, e claro, virou videogame desde os tempos em que você tinha que assoprar cartucho pra funcionar.
Hoje, como bom arqueólogo gamer, vou passar por essa linha do tempo gloriosa e zoada dos games da saga. É quase um “Previously on George Lucas’s wallet”.
Tem muito mais jogos que essa lista aqui, mas vamos por começar devagar, não é mesmo?
Primeiro jogo da saga e já começou daquele jeitão: gráficos tão quadrados que o AT-AT parecia mais um micro-ondas com perna. Mas ei, funcionava: você voava de speeder e ficava metralhando o Império até enjoar. Basicamente o primeiro “loop infinito” da história. O Dark Souls da galera do vinil.
Em 1991 rolou o Star Wars pro NES. Você controlava Luke, caçava R2-D2, Obi-Wan e Han Solo, e metia Millennium Falcon pra destruir a Estrela da Morte. História simplificada, mas era aquilo: se você tivesse coordenação motora o suficiente pra sobreviver às fases, já era Jedi de verdade.
De 1992 a 1994 a LucasArts falou: “vamos botar o Super no Super Nintendo”. Resultado: Super Star Wars, Super Empire Strikes Back, Super Return of the Jedi. Todos lado a lado com sua dificuldade insana. Você queria reviver a saga? Pois toma Luke morrendo pra rato gigante em Tatooine. Eram lindos, eram brutos e eram clássicos.
Imagem: Divulgação
Eis que surge Kyle Katarn, o Han Solo genérico com rifle na mão. FPS na vibe Doom, mas com Stormtrooper que erra tiro até no Easy. Foi aqui que nasceu o DNA do que mais tarde viraria Jedi Knight. Expansão de universo? Sim. Bug? Também. Diversão? Sempre.
Esse aqui foi “quase bom”. Todo mundo lembra só da Batalha de Hoth, porque era incrível. O resto? Tirozinho meia boca, gráfico que parecia massinha derretida. Mas ei, era Star Wars no 64, o que já fazia a gente achar que tava vivendo no futuro.
Chega The Phantom Menace no PlayStation e PC. Um jogo até decente, misto de RPG com ação, mas quem roubou a cena mesmo foi Episode I: Racer. Até hoje a galera fala que é um dos melhores jogos de corrida da época. Basicamente o Mario Kart dos jedis, mas sem casco azul.
Desenvolvido e publicado pela LucasArts em 1999, o jogo de corrida foi lançado para Nintendo 64, Windows, MAC, Game Boy Color e Dreamcast. Além disso, uma versão remasterizada do jogo foi lançada em 2020 para Nintendo Switch e PlayStatio 4.
LucasArts olhou pro Age of Empires e disse: “faz igual, mas bota sabre de luz”. E nasceu Star Wars Galactic Battlegrounds, onde você podia meter os Wookiee pra minerar pedra e o Yoda mandando construir casa. RTS puro, divertido e ainda deu expansão com Clone Wars. Era Age of Empires com skin de lightsaber.
O RPGzão da Obsidian. KOTOR II botou os jogadores pra decidir entre ser o maior herói ou o maior vilão do universo. Complexo, cheio de filosofia barata, e com mais diálogo do que novela mexicana. Mas quem jogou sabe: até hoje é um dos melhores Star Wars já feitos.
A união perfeita: Lego + Star Wars. Você podia reconstruir a saga inteira, mas com piada pastelão e dublagem feita só de grunhido. O primeiro saiu em 2005, e daí em diante virou uma linha de produção de jogos Lego: Original Trilogy, Complete Saga, Clone Wars, Force Awakens, Skywalker Saga… se desse, até o Holiday Special virava Lego.
A lista de títulos da série é:
A LucasArts falou: “vamos fazer um jogo onde o protagonista é tão apelão que puxa Star Destroyer com a Força”. E fizeram. The Force Unleashed tinha história legal, jogabilidade bacana e momentos épicos. O segundo jogo em 2010? Bom… foi tipo a segunda temporada de série ruim: existiu, mas ninguém lembra com carinho.
O jogo de ação e aventura desenvolvido pela Krome Studios foi publicado em 2011 pela LucasArts. Chegando para diversas plataformas, o jogo não foi bem recebido pela crítica, que aponta problemas de câmera, jogabilidade repetitiva e uma história ruim.
A BioWare meteu MMORPG e chamou de Star Wars: The Old Republic. Era basicamente o World of Warcraft com sabre de luz. Custou uns 200 milhões de doletas e, no lançamento, parecia que ia dominar o mundo. Depois virou free-to-play porque a galera cansou de pagar mensalidade só pra ficar andando em Tatooine. Ainda existe, firme e forte, sustentado por uns fãs que nunca largam.
Aqui foi o crossover que ninguém pediu, mas todo mundo jogou no busão. Lançar pássaro vestido de Luke contra porco Darth Vader foi o ápice da criatividade preguiçosa. Mas convenhamos: era viciante.
A EA reviveu Battlefront em 2015. Visual lindo, som impecável… e nada de conteúdo. Era tipo comprar carro zero sem banco traseiro. Bonito, mas incompleto. Já Battlefront II em 2017 conseguiu piorar: loot boxes até pra escolher a cor do sabre. A comunidade caiu matando, EA recuou, e o jogo foi se ajeitando depois. Mas a vergonha já tava gravada.
A continuação de Battlefronts foi lançada em 2017 e desenvolvida pela DICE, em colaboração com a Criterion Games e a Motive Studios. Novamente o jogo recebeu críticas mistas, sendo um dos principais pontos negativos o excesso de micro transações, posteriormente removidas do jogo graças ao apelo da comunidade.
Após o lançamento, o jogo recebeu inúmeros conteúdos adicionais gratuitos, tentando recuperar um pouco da reputação perdida pelas críticas. Disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC.
VR bonito, mas com nome de fanfic ruim. Você literalmente ficava parado ouvindo Vader falar, e de vez em quando balançava sabre. Boa ideia, execução meia boca.
A Respawn mostrou que sabia fazer jogo: Jedi: Fallen Order trouxe o Cal Kestis, parkour, sabre de luz, e combate soulslike. É basicamente “Dark Souls com Stormtrooper burro”. Funcionou, vendeu, agradou, e deu moral pra sequência.
Quem sempre quis ser piloto de caça espacial finalmente ganhou presente. Dogfights intensos, multiplayer decente e até VR. Um baita simulador, mas que foi esquecido rápido porque, né, 2020 todo mundo tava ocupado com pandemia e pão caseiro.
Star Wars nos games é igual pizza de micro-ondas: até quando é ruim, a gente come feliz. Tem obra-prima (KOTOR, Fallen Order), tem desastre (Clone Wars Republic Heroes), e tem vergonha alheia (Angry Birds). Mas tudo isso mostra que a Força nunca para de tentar te vender um joguinho novo.
E se a Disney continuar, pode apostar que ainda vamos ver:
Star Wars: Sabre de Luz Kart
The Sims: Tatooine Edition
FIFA Jedi 27, com loot box até pro Yoda.
FAQ rápido:
Qual foi o primeiro jogo de Star Wars?
O primeiro jogo foi Star Wars: The Empire Strikes Back, lançado em 1982 para o Atari 2600, onde o objetivo era destruir AT-ATs em Hoth.Qual o jogo de Star Wars mais famoso?
Star Wars: Knights of the Old Republic (2003) é considerado um dos melhores e mais influentes RPGs de todos os tempos, além de um clássico da franquia.Os jogos Lego Star Wars ainda fazem sucesso?
Sim. LEGO Star Wars: The Skywalker Saga lançado em 2022 vendeu milhões de cópias e segue como um dos títulos mais populares da série.Star Wars tem MMORPG?
Sim. Star Wars: The Old Republic, lançado em 2011 pela BioWare, ainda é jogado até hoje e foi um dos MMORPGs mais caros da história.Vale a pena jogar Star Wars Jedi: Fallen Order hoje?
Vale muito. O game da Respawn é um dos mais elogiados da franquia e combina exploração, combate estilo soulslike e narrativa envolvente.
Que a Força esteja com os devs… porque os jogadores já estão calejados.
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