AKIBA LOST mistura drama japonês e game no PS5 e PC

AKIBA LOST mistura drama japonês e game no PS5 e PC

3 minutos 06/09/2025

IzanagiGames, Nippon TV e AX-ON anunciam um “full-scale live-action game” pra PS5, Switch 2, Switch e PC. É jogo, é série, é teatro interativo? Sim.

Akihabara, onde zero é normal

Se você acha que Akihabara só serve pra comprar action figure e gastar em gacha de celular, prepare-se: em AKIBA LOST, o bairro vira cenário de um suspense digno de romance das nove, só que com vampiros? Não. Com madre? Também não. Cá a treta é desaparecimento misterioso de seis garotas há 13 anos.

E quem é o protagonista? Daiki Shinjo, um ex-gênio fundador de jogos (claramente fundamentado em todo dev que lança um hit e depois some igual promessa da Valve sobre Half-Life 3). O rostro resolve anunciar um novo game inspirado nesse caso macabro, e enigma? Começam sumiços de novo.

É tipo quando a Ubisoft fala que vai inovar — no mesmo dia já aparece outro jogo com torres no planta.

Gameplay ou romance das 7?

A proposta é insana:

20 horas de jogo,

mais de 100 milénio imagens estáticas,

20 horas de filmagem real.

Isso não é game, é praticamente um box de DVD da Orbe com minissérie completa. Você controla o Shinjo e ainda faz zapping entre seis personagens femininas, cada uma representando um arquétipo clássico de Akihabara:

a mana que trabalha em maid moca,

a idol underground,

a jornalista foodie,

a miko do templo,

a cosplayer,

e a streamer gamer.

Basicamente, juntaram todo o cardápio do submundo otaku e transformaram em elenco.

Escolha errada? Dá ruim MESMO

Zero de diálogo fake tipo “seja lítico ou seja sarcástico”. Cá, cada escolha pode ferrar de verdade:

Um caminho leva ao final feliz.

Outro leva à tragédia.

Outro talvez faça tua mana sumir de novo.

É quase um simulador de vida adulta em forma de romance live-action: cada decisão parece uma reunião do RH.

Visual romance 2.0 powered by Unreal Drama Engine

Tecnicamente, é produzido na vibe de Death Come True, aquele outro jogo da IzanagiGames que já parecia incidente da Netflix. Só que cá eles chutaram o balde: equipe veterana da TV japonesa, direção de drama e câmera digna de J-drama de domingo.

É tipo se pegassem Black Mirror: Bandersnatch, misturassem com romance da Record e dissessem: “pronto, tá aí um game”.

Coisas que eles cortaram (e que você nunca vai notar)

Pra segurar o hype, já anunciaram a Special Collection Box com trilha sonora, porque fã de jogo live-action adora gastar em vinil que nunca vai tocar.

O pormenor: o jogo promete “multi-angle suspense”. Tradução: você vai passar metade do tempo vendo cutscene e a outra metade decidindo qual botão aperta. É QTE dissimulado de filosofia.

Rage mode: é jogo ou não é?

Essa é a treta eterna: live-action game é jogo de verdade ou só Netflix com botão interativo?

Se você é fã hardcore de gameplay, vai reclamar que é filme dissimulado.

Se você curte narrativa pesada, vai falar que é arte.

Se você é da Master Race, vai só subtrair no Steam, rodar em 240 FPS e rir porque “filme interativo é coisa de console”.

AKIBA LOST é promissor e bizarro ao mesmo tempo. Promete suspense, escolhas que pesam e um elenco que parece saído de Akihabara real. É jogo? É série? É romance com cosplay? Tudo junto.

Se vai ser GOTY ou só mais um experimento “cinemático” que ninguém joga duas vezes? Só 2026 vai proferir. Mas já adianto: se você sempre quis misturar visual novel, drama nipónico e gameplay mínimo, encontrou sua obra-prima.

E se não der claro… bom, pelo menos vai render uns memes maravilhosos no TikTok.

Fonte

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