Início » Alien Rogue Incursion Evolved Edition honra terror clássico

💾 Por RumbleTech, o tio que jogou Alien no ZX Spectrum em 1984, quando o som do loading da fita já dava mais pânico que o próprio Xenomorph.
Olha, molecada… vocês não sabem o que é terror de verdade até ver um Xenomorph em ASCII pulando na tela de um monitor virente fosforescente. Eu vivi isso. Eu vi o promanação da franquia Alien nos games, lá no tempo em que “frame rate” era o número de vezes que o monitor piscava antes de queimar.
Pois é, décadas depois, cá estamos — com a Survios lançando Alien: Rogue Incursion – Evolved Edition, a versão “flat” (sem VR) do game lançado originalmente pro PSVR2. E vou expressar logo: se o pânico é a base do Alien, essa versão ainda entrega tensão suficiente pra te fazer travar o controle.
Cá você joga com Zula Hendricks, ex-fuzileira colonial, acompanhada do androide Davis, que parece ter saído de uma consultoria de RH da Weyland-Yutani. A dupla vai até o planeta Purdam LV-354 pra investigar um pedido de socorro. E simples, o pedido vem com um “brinde”: Xenomorphs em cada esquina.
É o típico enredo do universo Alien: uma promessa de resgate, uma estação abandonada, e um problema com mais dentes do que diplomacia. O jogo foca muito mais na sobrevivência e no gunplay tático do que no horror psicológico — o que é ótimo pra quem, porquê eu, já passou dos 40 e não quer sustos o bastante pra resetar o marcapasso.
A tal “Evolved Edition” é o Alien VR que tomou um banho de textura, secou e vestiu uma jaqueta de FPS. O gameplay foi praticamente copiado do PSVR2, o que é bom e ruim ao mesmo tempo.
👉 O bom:
O gunplay continua sólido. As armas têm peso, recuo e aquele “clac-clac” satisfatório de quando você enche um galeria de chumbo e vê um Xenomorph liquidificar.
👉 O ruim:
Muitas ações que faziam sentido no VR ficaram meio… esquisitas no controle normal. Por exemplo: pra subir em alguma coisa, você ainda precisa restringir os dois gatilhos. No VR, era procedente — no flat, parece que seu personagem tá fazendo polichinelo do dedo.
E o minigame de vincular fios e cabos? Em VR, era tenso. No controle, é tipo montar Lego bêbado.
Se tem uma coisa que a Survios entendeu, é o DNA visual e sonoro de Alien. O Castor’s Cradle, a estação onde tudo acontece, parece ter sido projetada pelo mesmo maluco que decorou a Nostromo com fumaça, vapor e luz piscando a cada três segundos.
A iluminação é um show à segmento — as sombras, o cintilação dos tubos de ventilação, o revérbero do ácido, tudo colabora pra aquela sensação de que alguma coisa te observa de cima, dos lados e do inferno. O motion tracker, por exemplo, continua sendo um instrumento de tortura. O som dele soando no fone é pura angústia — parece o rebate do despertador do apocalipse.
A IA dos Xenomorphs foi aprimorada, e agora eles se comportam porquê se realmente tivessem feito curso tático no YouTube do inferno. Eles aparecem pelos dutos, pelo teto, e às vezes… detrás de você.
A diferença é gritante: eles caçam você. Não ficam rodando em looping esperando o reload. Eles somem, te cercam e atacam de ângulos que fazem até o Alien: Isolation parecer passeio no zoológico.
O som deles rastejando nos canos — aquele “clink-clink” metálico — é o tipo de coisa que o seu cérebro nunca mais esquece.
A versão PS5 tá redondinha, com ótimo desempenho, sem quedas bruscas de FPS. A Survios ainda incluiu todos os ajustes dos patches do VR:
Auto-save points (abençoa essa função, Survios).
Opção de motion tracker sempre ativo, pra quem quer morrer de susto o tempo todo.
E simples, DualSense muito utilizado, com vibração detalhada e gatilhos tensos nos momentos certos.
Mas nem tudo é glória no espaço sideral. Ainda rolam bugs ocasionais — tipo o personagem travar numa escada, ou o alien desvanecer por 0,5 segundo no soalho. Zero que não se resolva com um patch (ou uma reza pra Santa Ripley).
O áudio continua impecável. O hiss dos Xenos, o bip do radar, o chiado do vapor — tudo foi copiado direto do estúdio da Fox. Feche os olhos e você sente que tá no galeria da Nostromo, esperando o ácido desgastar o soalho.
E sim, o soundtrack é modesto, porquê deve ser. Zero de orquestra heroica — só aquele clima crescente de tensão que faz o suor descer pela nuca.
A campanha dura tapume de 7 horas. Curta? Sim. Mas também é o Segmento 1 da história — e o preço condiz. É um jogo seco, direto ao ponto, que te deixa tenso, suando e pronto pro próximo capítulo.
Meu custoso jogador moderno, se você nunca teve que esperar 20 minutos pra um Alien carregar na fita do Spectrum, talvez não entenda o valor disso. Mas Alien: Rogue Incursion – Evolved Edition é o tipo de jogo que honra o legado da franquia — e, pra minha geração, é quase um reencontro com o traumatismo. É porquê reencontrar aquele primo do interno que te assustava quando menino — ele cresceu, ficou bonito, mas continua te dando pesadelos. A versão VR ainda é mais intensa, mais imersiva, mais “Alien”, digamos assim. Mas se você não tem o PSVR2, pode jogar essa versão de boa: o pavor, o suspense e o charme claustrofóbico continuam intactos. A Survios entregou um bom FPS de sobrevivência, leal ao espírito do Alien, com suor, pavor e tiros. E se você ainda acha que VR é “modinha”, tenta jogar isso de fone no escuro… e depois me conta se dormiu.

Um projeto que nunca decolou O cancelamento do novo projeto da Bend Studio, responsável por Days Gone, parece não ter surpreendido quem acompanhava de perto o desenvolvimento. Segundo o ...

Homepage > Notícias > Silent Hill f tem visual de ponta no PS5, mas Pro decepciona Silent Hill f mantém-se porquê uma das experiências técnicas mais impressionantes da franquia até hoje, ...

Artes conceituais do remake de Knights of the Old Republic apareceram na internet O universo de Star Wars foi alvoroçado por um novo vazamento: artes conceituais do aguardado Knights of the Old ...
