Início » Altheia: The Wrath of Aferi é indie com bons puzzles
Deixa eu confessar: começar Altheia: The Wrath of Aferi foi quase como abrir uma gaveta velha e encontrar uma fita cassete sem rótulo.
Eu não sabia bem o que esperar. Aí o jogo começa, eu olho aquele menu bonito, penso “hum, vibes de Breath of the Wild com fanfic indie”, e em menos de cinco minutos já tô brigando com o teclado porque a versão do Steam Deck não falava com meu laptop. Resultado? Comecei duas vezes do zero. (O lado bom é que eu sou TDAH, então já tinha esquecido a metade mesmo.)
E olha… que surpresa boa. Porque esse jogo é tipo aquele crush que você acha que vai ser meio sem sal, mas aí descobre que gosta de música alternativa, lê quadrinhos e ainda cozinha bem. Ele não vai mudar o mundo, mas vai deixar um quentinho no coração gamer.
Você joga com a Lili, uma protagonista que começa meio insuportável, mas depois cresce em você. Sério, a primeira impressão foi: “ih, essa daí é a versão brat de heroína indie”. Mas logo percebi que ela é só uma garota tentando sobreviver a uma jornada esquisita, cheia de missões do tipo “leva esse bilhete, devolve esse peixe, entrega esse livro atrasado” (sim, biblioteca até em jogo é fonte de estresse).
O parceiro dela é o Sadi, um mago/monge/Avatar wannabe que tem mais transformações que a Sailor Moon: pode virar lobo sombrio, entrar na espada da Lili e soltar poderes que deixam as lutas mais suportáveis. Ele é meio “suave demais”, aquele amigo que prefere chá a café, sabe? Mas até que combina com a Lili, que precisa de alguém pra puxar o freio.
Aqui já vou soltar a primeira opinião polêmica: os puzzles de Altheia são muito mais divertidos do que os de Zelda: Breath of the Wild. 😱
Calma, Nintendofãs, não me batam, mas eu realmente achei. Eles têm variedade, criatividade e não ficam só naquela vibe de “faz essa física boba que funciona 10% do tempo”.
Agora… o combate? Ai ai ai. 🤦♀️
É o ponto mais fraco. A espada parece uma colher de pau batendo num repolho (“thwop thwop”), e o arco é tão lento que eu tive flashbacks traumáticos da fase da água do Ocarina of Time. Até dá pra dar uns buffs com a ajuda do Sadi, tipo invocar mordidas de lobo ou soltar poderes mágicos, mas no geral a sensação é de botão sendo esmagado sem graça.
Mas! Aí vem a parte caótica: no puzzle solving, o combate faz mais sentido. Você usa as habilidades da dupla pra resolver desafios de forma criativa. Então, mesmo sendo broxante pra lutar, ele ganha charme em momentos específicos.
O mundo de Atarassia é lindo. Tipo, eu fiquei genuinamente encantada com as cores suaves e os cenários cheios de detalhe (exceto o roxo — o roxo aqui significa corrupção, lembra?). É como se alguém tivesse pegado a estética de The Gunk e misturado com um Tomb Raider de orçamento reduzido.
A parte de plataforma é divertida, mas exige paciência: não tem double jump. E eu, que pulo em tudo no reflexo, caí em desfiladeiros tantas vezes que já dava pra chamar de esporte olímpico.
A trilha sonora… ai, a trilha. Ela começa linda, calma, perfeita pra você sentir que tá num mundo mágico de exploração. Aí vem o combate, e a música muda bruscamente pra algo intenso, só que do nada corta como se alguém tivesse desligado o rádio. É tão abrupto que me fez sair do clima várias vezes. Tipo quando você tá relaxando ouvindo lo-fi e alguém entra no quarto berrando funk proibidão.
Isso quebra um pouco a imersão, mas ainda assim, no geral, a ambientação sonora segura bem a experiência. Só precisava de mais polimento.
Jogando no laptop, percebi uma ironia: quanto melhor o sistema, mais problemas aparecem. 😂
Alguns itens de quest simplesmente bugavam e me deixavam travada. Tive que reiniciar e voltar de checkpoint algumas vezes. Nada de catastrófico, mas o suficiente pra dar aquela bufada gamer™.
Além disso, se aparecia muita coisa na tela ao mesmo tempo, rolavam pausas incômodas. De novo, nada injogável, mas mostra que o jogo ainda precisa de patches de carinho.
A história de Altheia é simples, mas com suas camadas. O encontro entre Lili e Sadi não é exatamente um acidente — tem destino, tragédia e um pouco daquela vibe de Mononoke (mas versão indie simpática).
Os vilões são bem óbvios no começo — eles são roxos e querem destruir tudo, tipo tinta de impressora possuída — mas a introdução de Lili traz reviravoltas que fazem você repensar quem é realmente o vilão.
Nada de super original, mas o suficiente pra me manter investida. Eu até queria mais, porque senti que ficou meio curto demais.
A estética é o que mais me ganhou. O preto, branco e tons suaves de Altheia criam uma vibe aconchegante, e os detalhes saltam quando jogados numa tela grande. O design dos cenários é encantador e dá vontade de explorar só pra ver cada pedacinho.
Só não espere nada revolucionário. É bonito, sim, mas não vai fazer você largar o controle e dizer “meu Deus, isso mudou minha vida”. É mais “que gracinha, quero tirar print e postar no Twitter”.
No fim, Altheia: The Wrath of Aferi é aquele jogo que não vai ser capa de revista gamer, mas vai conquistar corações que gostam de puzzles criativos, lore aconchegante e estéticas charmosas. Sim, o combate é sem graça, a música às vezes tropeça e tem uns bugs aqui e ali, mas nada disso estraga o todo. Eu achei uma experiência leve, divertida e cheia de momentos que me fizeram sorrir. Se você gosta de Breath of the Wild mas queria puzzles menos irritantes, ou se curte aventuras indie com vibe cult, Altheia pode ser sua praia. Só não vá esperando revolução, vá esperando aconchego.
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