Início » Análise | CloverPit é o caça-níquel infernal dos roguelikes

O inferno em forma de caça-níquel, direto da Panik Arcade!
Prepare o gravador de fita cassete, o joystick de dois botões e um cinzeiro referto de fichas, porque o tio RumbleTech desceu até o porão do Steam pra testar CloverPit, esse roguelike maldito que mistura slot machine dos anos 80 com terror psicológico e má sorte do dedo.
Sim, é isso mesmo: um jogo onde você gira uma roleta amaldiçoada, tenta remunerar dívida com o capeta e torce pra RNG não te dar uma rasteira. Se isso não te soa recreativo, parabéns — você provavelmente ainda tem espírito.
O concepção de CloverPit, da gloriosamente insana Panik Arcade, é simples: você é um pobre coitado recluso num porão com uma máquina caça-níquel demoníaca, uma dívida impossível e uma esperança tão pequena quanto o prêmio de um raspadinha do ZX Spectrum.
Cada rodada é um jogo de sobrevivência mascarado de cassino, e a regra é clara:
👉 Gire as bobinas.
👉 Junte numerário.
👉 Pague a dívida.
👉 Reze pra não morrer.
Falhou? O pavimento abre, o breu te engole, e lá se vai mais uma run. É tipo aquele slot machine do MSX de 1985, só que agora com gritos, sangue e traumas financeiros.
Lembra do Slot Machine do MSX? Aquele joguinho que só tinha duas cores, fazia fragor de faxineira passando aspirador e te dava três cerejas de prêmio? Pois é — CloverPit é aquele jogo depois de passar 40 anos fumando, bebendo e devendo pro usurário do submundo.
CloverPit parece simples, mas esconde uma estrato estratégica que faria o Tio Patinhas arrancar os pelos da sobrolho.
A cada rodada, você tem três giros (slots) pra tentar gerar moedas suficientes e remunerar sua dívida. Só que cada símbolo — trevos, corações, olhos, caveiras e outras desgraças — tem valores diferentes e efeitos sinistros.
Com o tempo, você desbloqueia charms, que são basicamente hackzinhos mágicos que alteram as probabilidades. Um aumenta a chance de trespassar trevo, outro dá bônus se trespassar três olhos seguidos, outro te faz perder o duplo se errar (porque, evidente, o jogo odeia você).
Parece fácil? É porque você ainda não caiu na lesma do má sorte, quando o RNG resolve galhofar com sua sanidade. Você gira, gira, gira — e o jogo responde com o equivalente a uma banana do dedo e um “tenta de novo, vencedor”.
É um loop de prazer e ódio: a cada vitória, dopamina pura; a cada nequice, raiva de nível Dark Souls com febre.
“Ah, mas Rumble, dá pra jogar com estratégia?” Evidente! Dá pra montar builds, usar sinergias de charms e tentar controlar o caos… mas quem você tá tentando enganar, meu camarada?
Isso cá é uma máquina de má sorte vestida de roguelike. Você até acha que tá mandando muito, entende o padrão, sente que finalmente venceu o sistema… e aí o RNG te dá uma voadora no queixo e joga sua run no lixo.
Os jogadores no Steam chamam isso de “emoção”. Eu chamo de cassino do além-túmulo.
Mas a verdade é que, mesmo quando o jogo te pune, ele te convence a tentar de novo. Porque, uma vez que todo bom vício do dedo, CloverPit sabe a hora de sorrir pra você antes de te roubar a espírito.
Se Dante Alighieri tivesse jogado Slot Machine no MSX, ele teria escrito Oitavo Círculo: CloverPit Edition.
O visual é pixelado, sujo e grotesco — um delírio retrô com rostro de monitor fosforescente. Tudo pulsa, pisca e range uma vez que se o próprio hardware estivesse maldito.
O som? É um misto de industrial, vaporwave do inferno e fragor de disquete morrendo. A máquina geme, o ATM ri, e o narrador (que soa uma vez que um Faustão pós-exorcismo) te lembra continuamente de uma vez que você é ruim com probabilidades.
É claustrofóbico, hipnótico e completamente insano. Você não joga CloverPit, você faz um pacto com ele.
Os reviews do Steam são um espetáculo à secção:
“É uma vez que se o Balatro e o Slot Machine do MSX tivessem um rebento possuído.”
“Joguei pra relaxar, e agora devo emocionalmente pra um caça-níquel do dedo.”
“Senhor e odeio ao mesmo tempo. RNG é meu pastor, e zero me faltará.”
A comunidade governanta o clima bizarro e a sensação de risco, mas reclama do óbvio: sorte demais, controle de menos.
Alguns dizem que o jogo “parece te sabotar de propósito”. Outros acham que é exatamente isso que o torna viciante.
No meio disso tudo, a Panik Arcade parece se divertir, atualizando o jogo com novas relíquias e charmes que só aumentam as chances de você perder tudo com mais estilo.
CloverPit é uma vez que aquele caça-níquel do MSX que o fliperameiro jurava estar “calibrado”, mas que só pagava quando você tava falido e chorando. É sujo, cruel e deliciosamente imprevisível. Ele não te promete vitória, ele te oferece sofrimento com trilha sonora de glitch e neon. E, de qualquer modo, você quer mais. Você sempre quer mais. Se você é fã de roguelike, terror e uma boa ração de má sorte pixelado, CloverPit é o tipo de jogo que vai te sugar a espírito e ainda pedir gorjeta. Agora, se você é daqueles que acha que má sorte é coisa de azarado… meu camarada, esse jogo vai te ensinar humildade.

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