Análise | Fresh Tracks: um roguelike musical de esqui

Análise | Fresh Tracks: um roguelike musical de esqui

4 minutos 31/08/2025

Esquiar no ritmo da batida? Sim, e eu amei (mesmo tropeçando no gelo).

Gente… quem acorda um dia e pensa: “vou fazer um roguelike rítmico de esqui”? 😂 Pois a Buffalo Buffalo pensou, e ainda colocou mitologia e música original no meio. O resultado é Fresh Tracks, um jogo que mistura descida em montanha com batidas musicais, boss fights e até uns dilemas de escolha de rota que parecem conversa de RPG.

E cá entre nós: eu já sou desastrada com ski no Wii Fit, imagina sincronizar com música? Mas olha, deu bom!

🏔️ Lore, Mythics e clima de álbum conceitual

O jogo se passa em Norwyn, uma terra inventada que parece saída da capa de um disco de metal sinfônico. Você é escolhido pelo Mythic Koda, e sua missão é reunir os outros Mythics para derrotar Mar, o Mythic do Terror (nome discreto, né?).

Cada Mythic tem história própria, personalidade, músicas favoritas e ainda solta lore fofoca no meio da run. E eu, como boa curiosa, fiquei voltando várias vezes só pra ouvir versões diferentes da história. É tipo ouvir várias versões da mesma fofoca, cada uma adicionando detalhe novo.

🎮 Como funciona esquiar ao som de um drop

A jogabilidade é um mix de DDR + Guitar Hero + Mario Kart (só que com ski e monstros). Você desliza pelas pistas, troca de trilha, pula buracos, desvia de obstáculos e, claro, tem que atacar inimigos no ritmo da música.

Além disso, você coleta os tais whispers, que são tipo notinhas musicais/currency, e usa pra comprar charms temporários. É aquela coisa roguelike: morreu? Perde tudo e começa de novo. Mas sempre com aquele gostinho de “dessa vez vai” (spoiler: nem sempre vai, mas a gente insiste).

As armas são outro charme: cada uma tem poder rítmico próprio. A inicial é a Vygor, que recarregada devolve vida. Outras só desbloqueamos conforme avançamos, e isso dá aquela sensação de progressão que me prende como música chiclete no TikTok.

💡 Escolhas, atalhos e lojinhas suspeitas

Entre as runs, você pode escolher qual Mythic levar, qual ski usar (sim, skis diferentes têm perks, tipo “invencibilidade temporária” ou desconto em mercador — capitalismo até no ski).

O mercador aparece no caminho vendendo charms, e eu sempre fico naquela indecisão: “pego o atalho direto pro boss ou passo na lojinha e gasto meus whispers numa bugiganga que vai sumir quando eu morrer?” (spoiler: eu SEMPRE gasto).

E os atalhos só desbloqueiam quando você derrota um boss com aquele Mythic específico. Ou seja, se quiser mapear tudo, prepare-se pra revezar personagens como se fosse reality show.

🎧 Trilha sonora – os verdadeiros bangers

Aqui eu preciso respirar fundo: as músicas são muito boas. Tipo, de verdade. Não é só trilha pra enfeitar: tem pop, rock, rap, dance, até coisa teatral. Algumas músicas poderiam estar fácil no Spotify. Minhas favoritas? Endlos, Ekkos e Make Your Mark. As duas primeiras são hits de rádio perdidos dentro de um roguelike de ski.

Só que… (sempre tem um “mas”), tem umas faixas que aparecem demais. Tipo The Blizzard, que depois da quinta vez já tava virando tortura psicológica. É como ouvir aquela música de elevador que nunca sai da cabeça.

👀 Visual e atuação de voz

Os cenários são lindos — especialmente lugares como Stille Mountain e The Kor. Dá vontade de pausar só pra admirar.

O voice acting também me surpreendeu: cada Mythic tem sua vibe própria, tanto nas falas quanto nas músicas que curtem. É como se cada um tivesse playlist própria no Spotify.

🐧 Probleminhas no gelo

Nem tudo é perfeito. Além da repetição de algumas músicas, notei um input delay raro, mas que existe. Tipo, você aperta no ritmo e o jogo responde meio fora. Não chega a estragar, mas no modo perfeccionista dá vontade de jogar o controle no sofá.

Prós:

  • Músicas originais incríveis (algumas dignas de single oficial)
  • Jogabilidade criativa e divertida
  • Lore mitológica que deixa tudo mais envolvente
  • Cenários lindos e voice acting caprichado

Contras:

  • Algumas músicas aparecem em excesso e cansam
  • The Blizzard é… digamos… “polarizante”
  • Pequeno input delay ocasional

Nota Final: 8/10

Fresh Tracks é, acima de tudo, um jogo estranho e encantador. Ele pega elementos improváveis (ski + música + roguelike) e costura com lore mitológica e trilha sonora original. O resultado é um jogo que parece um álbum conceitual jogável — e eu adorei isso. Sim, tem repetição, tem música enjoada (The Blizzard, eu tô olhando pra você 👀), mas no geral, é criativo, divertido e vai encantar quem ama ritmo e curte aquele desafio gostoso de runs roguelike. E olha, se um dia eu realmente for esquiar, espero que tenha música de fundo e Mythics me dando buffs, senão nem vou.

Fonte

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