Início » Análise | Hirogami transforma origami em mágica no PS5 e PC

Hirogami: quando o origami vira magia em um narrativa do dedo! Um mergulho poético na arte japonesa dobrada em façanha
Hirogami é mais do que um simples jogo de plataforma 3D; é um origami vivo que mistura tradição, fantasia e jogabilidade criativa em um só pacote. Eu sempre gostei da teoria de que videogames são pequenas caixinhas de sonhos. Mas Hirogami vai além: ele pega uma tradição milenar, a arte do origami, e transforma em uma experiência onde cada prega de papel é uma faísca de magia. Parece excesso? Talvez. Mas desde os primeiros minutos, quando vi as árvores feitas de papel balançando porquê se fossem folhas reais ao vento, eu tive a sensação de estar dentro de uma exposição de arte viva.
Você joga porquê Hiro, um herói de papel que carrega consigo não só uma missão, mas também uma melancolia. Sua vila está ameaçada pelos “Blight”, criaturas digitais que invadem e corrompem a delicada verdade de origami. E é aí que o charme aparece: não é só sobre derrotar inimigos, mas sobre restaurar estabilidade. Cada passo é uma trova dobrada, cada cenário é um haicai visual.
A mecânica meão é deliciosa: Hiro pode se transformar em diferentes animais de origami, cada um com habilidades próprias. E sério, eu não sei explicar a alegria boba que senti ao virar um papel avião e planar sobre rios de papel celofane.
Uma vez que armadillo, você vira uma bolinha de papel furiosa que rola e derruba obstáculos.
Uma vez que sapo, você dá pulos que fariam até o Mario pensar “ei, calma lá, amigão”.
Uma vez que gorila, você esmaga tudo com força bruta, mas ainda assim com estilo dobradinho.
E porquê pássaro, você experimenta a liberdade da leveza, porquê se estivesse em um quadro de Hayao Miyazaki.
Essa variedade impede o tédio de maltratar. Sempre há um novo jeito de inflectir a verdade e, com isso, resolver os quebra-cabeças espalhados pelos dez mundos do jogo.
Apesar de ser tingido e fofo, Hirogami tem uma atmosfera carregada de melancolia. Não é aquele tipo de tristeza opressora, mas sim um tom poético de impermanência — porquê as flores de cerejeira que caem rápido, mas são belas enquanto duram.
Você passa por florestas de árvores de origami, templos que parecem dobraduras gigantes e rios que fluem porquê páginas de um livro ingénuo. Cada lugar é uma metáfora visual para o estabilidade frágil do mundo. E o mais incrível é porquê isso dialoga com a trilha sonora tradicional japonesa, com shamisen e shakuhachi que dão vontade de fechar os olhos e só ouvir.
Eu rendimento, teve um momento em que pausei o jogo só para permanecer ouvindo a música enquanto Hiro olhava para o horizonte de papel.
Não se engane: por trás do ar fofinho, Hirogami tem uma curva de estágio muito construída.
Os primeiros níveis são tutoriais suaves: você aprende a pular, soprar inimigos com o leque e usar sua primeira transformação. Mas logo, os puzzles pedem originalidade: virar papel fino para passar por fendas estreitas, usar correntes de ar para flutuar ou se transformar em avião para saber áreas distantes.
Os inimigos também seguem a lógica da dobradura: fantasmas em forma de pássaros de papel, monstros que lembram dragões dobrados em origami vermelho… É porquê lutar contra esculturas de um festival cultural.
E os chefes? Ah, os chefes! Cada um tem fases distintas e padrões inspirados em dobraduras mais complexas. Eu me senti num duelo de origami, porquê se cada ataque fosse uma prega mais difícil do que a anterior.
Nem tudo são flores (ou tsurus dobradinhos). A câmera às vezes atrapalha, ficando presa em cantos durante saltos de precisão. É aquele momento irritante em que você erra não porque jogou mal, mas porque a câmera resolveu olhar para o teto.
Outro pormenor: algumas transformações, porquê a do armadillo, têm controles meio escorregadios. Às vezes você rola longe demais, outras vezes não alcança a intervalo necessária. É pequeno, mas quebra o ritmo em alguns momentos.
Ainda assim, são amassados fáceis de desamassar, porque a experiência maior é tão boa que você releva.
Visualmente, Hirogami é uma obra-prima indie. A fidelidade à estética do origami impressiona, mas o que mais me pegou foi porquê tudo parece vivo. As texturas lembram papel de verdade: o luz de um papel manteiga, a rugosidade de um papel artesanal.
E aí, quando você junta isso com animações fluidas e cutscenes que parecem saídas de um curta do Studio Ghibli, o resultado é uma experiência quase contemplativa. Eu não só jogava: eu admirava.
No termo, Hirogami é o tipo de jogo que me lembra por que eu senhor videogames. Ele pega alguma coisa culturalmente profundo — a arte japonesa de inflectir papel — e a transforma em uma façanha que mistura fofura, duelo e trova visual.
É limitado (umas 6 horas de campanha), mas intenso. Cada nível traz alguma coisa novo, e o final deixa aquela sensação agridoce, de missão cumprida mas também de despedida.
Se você gosta de jogos que unem originalidade e emoção, Hirogami é obrigatório.
Hirogami é aquele tipo de jogo que parece pequeno, mas carrega um coração gigante. Ele não só entretém: ele inspira. Ao terminar, fiquei com vontade de pegar uma folha de papel e tentar inflectir um tsuru. E talvez seja esse o maior préstimo: nos lembrar que até nas dobras mais simples pode subsistir magia. Um origami do dedo que merece lugar na sua coleção.

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