Battlefield 6 é o renascimento da franquia com honra

Battlefield 6 é o renascimento da franquia com honra

9 minutos 09/10/2025

“Quando a DICE lembra quem ela é a nota é sempre subida!”

Respira, ajeita o fone, desliga as notificações do grupo da família: Battlefield 6 chegou e, pela primeira vez em muitos anos, eu senti aquele friozinho na ventre que só quem zerou Operation Wolf no monitor de fósforo virente entende. Depois do tropeço de 2042, a franquia precisava de um “choque de veras” do tamanho de um M1 Abrams descendo ladeira. E, meu colega, desceu. DICE + Criterion + Motive + Ripple Effect juntaram o bonde, apararam as arestas e entregaram o melhor Battlefield desde os tempos de ouro de BF3/BF4 — com recta a modo novo, planta bom, gunplay agudo e o retorno de uma campanha “de verdade” (mesmo que mediana).

Esta estudo é longa, enxurro de detalhes, e escrita com o coração caloso de quem já carregou ponto no Metro de BF3 por horas. Pega a munição e vem comigo.

Campanha: tutorial de luxo com bons momentos (mas ainda aquém do teto da franquia)

Vamos debutar pelo “moca com leite”. Sim, tem campanha — e isso já é um progresso depois de 2042. A história coloca você no papel de um operador do Dagger 13, numa corrida mundial para parar o grupo militar Pax Armata. Tem missão em várias regiões, set pieces explosivos, momentos de infiltração e aquele blend de “forças especiais hollywoodianas” que a DICE sabe coreografar.

O bom:

Serve porquê tutorial elegante das classes, gadgets e veículos (inclusive com treinos contextuais).

Tem 2–3 missões com set pieces realmente divertidos — o tipo de secção que você vai querer repetir no “relutância”, só pelo espetáculo.

Direção de arte segura: a DICE sabe enquadrar guerra porquê ninguém.

O “meh”:

A narrativa não marca. É competente, mas previsível. Você vai lembrar de missões, não dos personagens.

Tecnicamente, há quedas de fps nas transições de gameplay para cutscene que soam “coladas”. Não estraga, mas tira luz.

Veredicto da campanha: vale porquê aquecimento, rende um término de semana, apresenta muito o “ecossistema Battlefield”. Mas não é o trunfo do pacote. Você veio por outra coisa — e a outra coisa entrega.

Gráficos e direção de arte: quando a guerra é formosa demais pra piscar

Olha, eu já vi muita explosão na vida — de sprite piscando no Amiga 500 até shader ray-traced de 2025, mas o que a DICE fez em Battlefield 6 é o tipo de coisa que faz até o veterano cá soltar um “caraca, olha isso!”. Os gráficos estão simplesmente absurdos, e não é aquele “contraditório marketing” de trailer pré-renderizado, não: é contraditório in-game, no calor da guerra, com granada estourando e partícula voando pra todo lado. Cada planta é uma pintura viva, com luz dinâmica que muda conforme o tempo avança e clima que parece competir com você — chuva que embaralha a mira, tempestade de areia que muda totalmente a visibilidade e reflexos que fazem até o penacho do inimigo luciluzir.

As texturas são de tombar o queixo: o metal dos tanques tem aquele desgaste sutil de campo, o pavimento molhado reflete explosões porquê se tivesse sido renderizado em um mercantil da RTX 5090, e até as roupas dos soldados agora têm movimento realista com vento, sujeira e fumaça.

A iluminação global é um show à secção — quando o sol nasce por trás das montanhas em “Black Ridge” (um dos mapas novos), o jogo parece um filme de guerra rodado em IMAX. É tudo extremamente cinematográfico, mas sem sacrificar desempenho: mesmo em meio ao caos, a engine segura 60 FPS firmes porquê um tanque Leopard. E o mais impressionante é que a devastação visual tem sutileza: prédios racham, poeira sobe, e até o revérbero das chamas se ajusta dinamicamente à fumaça.

Sabe aquele momento em que você para de jogar e só observa o cenário, meio hipnotizado? Logo, Battlefield 6 tem disso — várias vezes por partida. É o vértice técnico que a série precisava pra mostrar que, mesmo depois de tanto tempo, ninguém faz guerra do dedo com tanta classe e realismo visual quanto a DICE.

Gunplay e movimento: a cereja do bolo (e o bolo todo)

Não tem Battlefield sem sentir o rifle na mão. E cá a coisa cercadura o requinte.

Rifles de assalto com “pop” delicioso e ritmo que convida a controlar o spray.

SMGs nervosas de curta intervalo (o “traço” perfeito no hipfire).

LMGs que voltaram a ser “posicionamento + sustento” — recompensam o controle.

Shotguns porquê devem ser: desleais no ponto a ponto.

Snipers com impacto (e punição) no lugar patente — headshot canta, mas o planta não vira terreno de ninguém.

O movimento é o melhor da série em décadas: decorrer, escorregar, mantling, leitura de cobertura… tudo flui. A sensação é de estar sempre um input primeiro — e isso pouca gente faz tão muito quanto a DICE quando acerta a mão.

Veículos: tanque é xadrez, não corrida; ar ainda exige “muqueta”

Na beta, os veículos pareciam lombos e de papel. Cá, a equipe afinou a curva:

Tanques têm peso, inércia e papel tático. Se você joga porquê engenheiro, entenda: sobrevive quem pensa. Use quina, prédio, elevação; não é “W no cap e fé”.

IFVs e transportes têm função real de empuxar front, concordar infantaria e travar rota.

Helis/jatos… bom, cá segue a velha máxima: quando tem piloto teratológico, esquece. Dominam o firmamento, dominam o ritmo. Não quebra o jogo, mas pode frustrar sala a sala. Dica pro consoleiro: avalie desligar o crossplay se estiver sofrendo.

Mapas: 9 arenas que parecem “DICE vintage” (e ainda rola variedade real)

No lançamento, são 9 mapas, sendo um pensado para os modos menores. Não tem “guerra de tapete” — cada planta tem identidade:

Uns focam em infantaria raiz, corredores e zonas multi-nível;

Outros abrem pro grande giro de blindados;

Todos parecem curados: rota, cover, ponto de reclamação e linhas de sight fazem sentido.

Ponto supino: o design equilibra ressurgência sítio (respawn inteligente) com macro-rotação. Você sempre tem duas decisões viáveis — e isso mantém o “loop estratégico” vivo mesmo em TDM.

Modos: o trio clássico, um TDM que brilha e… Escalation, o novo queridinho

Os pilares estão cá — Conquest, Rush, Breakthrough — sólidos e mais divertidos justamente porque o tiro e o planta carregam. Mas a novidade que roubou meu coração de tiozão foi Escalation.

Uma vez que funciona o Escalation:

É um “fruto” de Conquest com Breakthrough. Você conquista bandeiras para marcar pontos. Cada ponto remove uma bandeira do seu lado da risca de frente, encurtando o front.

A coisa vai afunilando até o 3º ponto. Pode permanecer 2–2 e virar futebol de botão no inferno. A progressão desbloqueia mais poder de queima conforme a partida evolui.

Por que funciona: começa com a ritmo estratégica de Conquest e graduação para o caos delicioso de Breakthrough — mas sem porfiar uma evo. É rápido, tenso, replayável. Vicia.

Até o velho Team Deathmatch ficou bom. Sim, TDM em BF quase sempre foi “passa o tempo”. Cá, com movimento gostoso e mapas pensados, virou troada honesto.

Classes, papéis e o prazer de “contribuir sem top frag”

Battlefield sempre brilhou quando valoriza função além do K/D. E cá o mantra volta com força:

Médico salva rodada. Revive, mantém a tropa “de pé”, vira o ritmo das lutas localizadas.

Engenheiro é o meta do macro: anti-veículo, reparo, controle de zona.

Assalto carrega o front;

Dianteiro é o escudo radar do time (e o terror se vier com respawn beacon maroto).

O pormenor que talinga tudo: duelo quotidiano/semanal e progressão de arma que realmente convidam a fabricar loadouts diferentes da mesma arma. É outro jogo usar um AR “urbano” vs. um “deserto destapado”. E veículos também ganham customização significativa.

Portal 2.0: o laboratório volta… turbinado

O Portal de 2042 era uma teoria fantástica com realização “work in progress”. Cá, a bancada está mais fundíbulo.

Regras hardcore prontas, variações sem veículos, filtros de HUD, valores finos…

“Experiências” assinadas pela própria equipe que esticam o tecido do BF.

Teve até Dust2 reproduzido nas prévias (não pergunte, exclusivamente aceite).

E tem novidade bacana: Besieged, um modo Horde dentro do BF via Portal. Você derruba ondas, ganha grana, compra no hub meão, repete. É “derrotado”? É. Mas funciona no ecossistema Battlefield — ótimo para play casual ou squad limitado.

Ruína: boa, mas… o tio cá queria mais fragor

Se você vem de BF Bad Company, a expectativa de devastação é subida. Cá, a física está presente (paredes, coberturas, miúdos), mas nem sempre o “tanque abre avenida” porquê você espera. Já fiquei entalado em ônibus que, sinceramente, um 60 toneladas devia duplicar. Não quebra a fantasia, mas deixa gostinho de “podia ir além”.

Granada sem “cook” também me pegou de surpresa — pode ser design, pode ser ajuste horizonte. Zero game-breaking, mas anotei.

Performance e firmeza: finalmente, “liga e joga”

Durante o período de review, zero crashes. Quedas de frame? Só percebi naquelas transições da campanha (já citei). No multi, a coisa rodou limpa. Netcode consistente, hitreg confiável — e isso é a base da crédito que 2042 havia exitante.

Roadmap e fôlego pós-lançamento: munição na cinto

A equipe já sinalizou novos mapas e armas chegando rápido (meados de novembro), e um Battle Royale em desenvolvimento. Com o Portal “desenvolvido” e a trinca de modos base saudável (mais o Escalation), dá para enxergar vida longa. O sigilo será manter ritmo de teor e apurar balanceamentos (olhar pra ar/AA com carinho, DICE).

A pergunta de um milhão: concorre com Call of Duty?

Sim, sim sim e SIM! IRRUUUU!

Em gunfeel, movimento e planta, Battlefield 6 está agudo o suficiente para disputar horas com Black Ops 6. São propostas diferentes — graduação, ritmo, meta, “fantasia militar” — mas, pela primeira vez em anos, não é só paixão de veterano dizendo “ah, eu prefiro BF”.

Battlefield 6 tem seu argumento próprio. E isso é bom demais meus caros.

Mini guia do tio para debutar muito

Não rushe tanque em ponto destapado. Use prédio e quina. Tanque bom é tanque vivo.

Jogue 3–4 partidas de Escalation antes de tirar peroração. Ele cresce com você.

Dois loadouts por arma (urbano/destapado). Grips e ópticas mudam muito a vida.

Desligue crossplay no console se helicóptero inimigo estiver virando show solo.

Portal é seu colega nos dias de “quero BF, mas sem suar o K/D”.

Críticas que valem o patch (e não estragam a sarau)

Campanha “correnteza”: competente, porém derivativa.

Ruína aquém do teto histórico da série. Funciona, mas não “uau”.

Domínio desatento sala a sala pode desbalancear a experiência (é o eterno cabo de guerra do BF).

Quedas pontuais de fps na campanha (transições).

Zero disso mina o coração do pacote: o multiplayer está brilhando.

Prós:

  • Gunplay e movimento excelentes — o melhor da série em anos.
  • Mapas variados e muito curados no lançamento.
  • Escalation é modo novo com espírito de clássico: rápido, estratégico e caótico.
  • Funções de classe voltam a importar de verdade (médico/engenheiro brilham).
  • Portal turbinado amplia vida útil e originalidade da comunidade.
  • Performance e netcode sólidos no multi.

Contras:

  • Campanha segura, funcional, mas pouco memorável.
  • Ruína não atinge o teto “à la Bad Company”.
  • Fileira aérea pode dominar salas (precisa de olho fino em AA/balance).
  • Quedas de fps pontuais nas transições da campanha.

Nota Final: 9/10

Eu, você, todo mundo que patroa a série queria exatamente isso: planta bom, tiro gostoso, veículo com cérebro, modo novo que faz sentido, Portal útil e firmeza. Battlefield 6 entrega esse checklist com fé. Alguns detalhes pedem carinho (campanha “ok”, devastação que podia subir um degrau, meta desatento), mas o meio da experiência — aquilo que te faz proferir “mais uma e paro” — está virgem e viciante. Se 2042 foi um tropeço de botina, Battlefield 6 é a passada firme do veterano. É o BF que bota a chapéu de novo, dá tapinha no ombro e fala: “relaxa, recruta, eu lembro porquê se faz”. A DICE lembrou quem ela é. E a gente também.

Fonte

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