Bloodlines 2 decepciona e Paradox perde US$ 37 milhões

Bloodlines 2 decepciona e Paradox perde US$ 37 milhões

3 minutos 29/11/2025

RumbleTech cá, lamentando, ironizando e oferecendo um amplexo RGB ao vampiro cansado

Olha… eu, RumbleTech, sempre achei que o universo tinha um siso de humor meio torto, mas dessa vez ele realmente caprichou. Depois de uma dez de promessas, reboots, troca de estúdio, almas perdidas e provavelmente uns três feitiços de necromancia corporativa, eu honestamente achei que Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2 finalmente ia conseguir trespassar das sombras e morder qualquer lucro.

Mas não. O jogo foi lançado, brilhou, fez pose… E as vendas? Sumiram tão rápido quanto um vampiro na claridade de monitor 1000 nits.

A Paradox — que sempre manda muito com planilhas, gnomos contadores e jogos sobre medievalistas brigando por títulos nobiliárquicos — decidiu que o gênero “RPG de ação vampírico com clima gótico-hipster” talvez não fosse exatamente o terreno onde ela tem experiência. E aí veio a explosivo:

Baixa contábil de 37 milhões de dólares. Ou uma vez que eu costumo invocar: “o orçamento anual de RGB do meu PC”.

E olha, vamos ser sinceros: pelo menos a Paradox foi madura. A empresa assumiu a culpa, poupou o estúdio, e basicamente disse: — Galera, não somos experts em vampiro que bebe sangue e solta golpe peculiar com cooldown.

Justo.

Frederik Wester, o CEO, ainda mandou a clássica nota corporativa: “Tínhamos grandes expectativas, vimos que era um bom jogo, IP possante, apelo espaçoso…” Sim, evidente. Expectativa é aquele monstro invisível que costuma morder publishers mais possante do que qualquer Nosferatu.

O mais engraçado disso tudo é que o jogo é bom. Isso segundo o próprio Frederik, reviews da galera e jogadores de PC que, uma vez que eu, sabem que zero é mais perigoso do que um RPG pleno de potencial lançado no momento patente… ou falso. Bloodlines 2 tinha tudo para ser “aquele retorno triunfal”, mas acabou sendo mais “aquele primo que chega na sarau dizendo que vai trovar, mas o microfone está desligado”.

E ainda assim, ironicamente… o jogo vai receber DLCs. Sim! Duas expansões e atualizações gratuitas. É uma vez que se o vampiro estivesse lá, meio anêmico, mas ainda dizendo: — Calma, gente… tô vivo… acho.

E evidente, não podemos olvidar que Bloodlines 2 já nasceu sofrendo: começou com a Hardsuit Labs, depois foi puxado para os braços da The Chinese Room, tomou sol, fungou, desmaiou, acordou, mudou de roupa, mudou de cabelo… Com esse histórico, pra ser sincero, só de ter sido lançado já é uma vitória moral.

O que resta agora? Torcer para que o vampiro querido encontre seu público — mesmo que seja um público de nicho, principalmente o nicho que fica no PC com monitor ultra-wide, mouse de 12 botões, moca gelado do lado e wallpaper gótico no fundo.

Porque, no término, essa é a secção mais triste da história: Um RPG diferentão, pleno de estilo, com uma das melhores ambientações do gênero… sendo engolido pela própria expectativa corporativa.

Mas enfim, uma vez que diz a mito: no PC, nenhum vampiro morre — ele só vira um patch.

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