Borderlands mistura loot-shooter insano, humor ácido e visual cel-shading que parece ter saído direto de uma HQ enlouquecida. O quarto capítulo, Borderlands 4, já chegou chegando: reviews da prelo cravaram 84/100 no Metacritic, sinal de que o game mantém a fórmula carismática de sempre. Mas se na teoria tudo parecia desempenado, na prática a coisa no Steam anda meio complicada.
O problema não é a jogabilidade, nem o roteiro referto de piadas que dividem opiniões (uma vez que sempre). A treta é técnica: a otimização no PC não tá agradando a galera da Master Race.
Logo nas primeiras horas em seguida o lançamento, as análises de jogadores no Steam se encheram de relatos sobre queda brusca de FPS, stuttering e performance inconsistente, mesmo em máquinas consideradas topo de risco.
E não estamos falando de gente tentando rodar o jogo num notebook com placa integrada, não. São setups parrudos, que em teoria deveriam engolir Borderlands 4 sem nem suar, mas que estão sofrendo pra manter o padrão esperado de fluidez.
Olha só alguns exemplos:
Etikoo: “Desempenho péssimo, o pior que já vi. Reduzi os gráficos pra qualidade baixa e não consegui 60 fps, mesmo com FSR ligado numa RX 6900 XT.”
pirate135246: “30 fps em 1440p, médio pra elevado, numa 3080 Ti. E sinceramente, ainda parece pior que Borderlands 3.”
Krypto the Superdog: “Mesmo com um Ryzen 9800X3D e uma RTX 5080 usando DLSS 4 em Desempenho + Frame Generation, tenho quedas aquém de 60.”
Ou seja: não é um ou outro caso só. Vários perfis de hardware, mesmo os mais recentes, estão enfrentando gargalos de performance.
É curioso notar que recursos uma vez que DLSS 4 (NVIDIA) e FSR (AMD), que deveriam ser opcionais para quem procura performance extra, estão virando praticamente obrigatórios pra manter a experiência jogável em algumas máquinas.
Um jogador até deixou evidente:
“O jogo é bom, mas o desempenho não. Frame Generation + DLSS é quase obrigatório se você não tiver uma RTX 5090.”
Isso liga um alerta. Quando tecnologias de upscaling deixam de ser bônus e viram exigência mínima, significa que a base do motor gráfico pode estar pesando mais do que deveria.
Muita gente fez questão de frisar a conferência direta: Borderlands 3, lançado em 2019, roda melhor até hoje em setups equivalentes. Alguns jogadores dizem que o novo game parece menos otimizado, mesmo com a promessa de avanços técnicos e visuais.
Isso gera uma sensação estranha: o salto de hardware nos últimos anos foi enorme, mas o jogo não parece seguir essa evolução de forma proporcional.
Sem entrar no clubismo de “jogo mal feito”, há algumas hipóteses plausíveis pra explicar essa situação:
Build inicial pesada: muitas vezes, o lançamento traz uma versão com sistemas ainda sem polimento totalidade. Patches subsequentes acabam refinando o desempenho.
Submissão exagerada de efeitos gráficos: iluminação avançada, ray tracing e partículas podem estar cobrando dispendioso demais do motor gráfico.
Graduação de hardware ampla: rodar muito em um Ryzen/RTX topo de risco é uma coisa. Escalar para milhares de combinações possíveis de PC é outra história, e Borderlands sempre foi exigente nesse sentido.
Drivers ainda não 100% otimizados: lançamentos grandes costumam receber pacotes de atualização específicos de NVIDIA e AMD. É provável que Borderlands 4 ainda não tenha aproveitado essas melhorias.
Vale sobresair: as versões de PlayStation 5 e Xbox Series chegam oficialmente à meia-noite desta sexta (12). A expectativa é de que o jogo rode de forma mais inabalável nos consoles, já que a feição é fixa.
No Switch 2, o lançamento acontece em 3 de outubro, e será curioso ver uma vez que o portátil vai mourejar com um jogo tão sobrecarregado visualmente.
O histórico mostra que a 2K e os desenvolvedores da série geralmente aplicam correções rápidas em problemas de performance. Borderlands 3, por exemplo, também teve ajustes pós-lançamento que suavizaram a experiência no PC.
É muito provável que patches focados em segurança e otimização apareçam nas próximas semanas. Enquanto isso, jogadores de PC vão depender de DLSS/FSR e ajustes finos pra rodar o game com mais conforto.
Borderlands 4 entrega o que promete em teor: caos, loot sem termo, chefões gigantes e diálogos que oscilam entre engraçados e irritantes. Mas, no PC, pelo menos nesse início, a secção técnica tá atrapalhando a sarau.
Não chega a ser um sinistro integral — finalmente, o jogo ainda é jogável e recreativo, mormente com as ferramentas de upscaling ativadas. Mas é uma pedra no sapato de quem esperava vincular a 4090 e ver a tela lucilar sem esforço.
Se você é fã da franquia e joga no PC, a recomendação é simples: aguarde um ou dois patches, porque a tendência é que a situação melhore rápido. Nos consoles, tudo indica que a experiência será mais consistente já de saída.
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