Clair Obscur: roteirista explica por que nenhum final de…

Clair Obscur: roteirista explica por que nenhum final de…

2 minutos 08/10/2025

Desvelo! Possíveis spoilers a seguir

Um dos debates mais intensos sobre Clair Obscur: Expedition 33 finalmente teve resposta. A roteirista principal do jogo, Jennifer Svedberg-Yen, abordou diretamente a questão dos dois finais alternativos da história, e deixou evidente que nenhum deles é o “correto”.

Em entrevista ao via Lits Play, a autora explicou que ambos os desfechos foram criados para provocar reflexão, não para instaurar uma verdade absoluta:

“Muitas pessoas me perguntam qual é o final evidente, e eu sempre digo que não existe um final canônico ou solene para a Sandfall. Ambos existem por um motivo e foram projetados com zelo. Nenhum deles é perfeito, ambos partem o coração à sua maneira”, afirmou.

Finais que refletem a imperfeição da vida

Segundo Jennifer, a teoria por trás dessa estrutura narrativa é mostrar que a felicidade sempre vem acompanhada de perdas: “Eles são um revérbero da verdade: a felicidade geralmente tem um dispêndio. As coisas raramente são perfeitas”, completou. Essa escolha faz secção da filosofia da Sandfall Interactive, que queria evitar a clássica narrativa de “muito contra o mal”.

“Queríamos que tanto o protagonista quanto o opositor fossem bons, que se importassem um com o outro e com o porvir. O conflito nasce justamente dessas visões diferentes sobre uma vez que seguir em frente. É um estabilidade entre respeitar a autonomia de alguém e o libido de salvá-lo.”

A formosura da escolha em Clair Obscur

Para Jennifer, o ponto mais poderoso de Expedition 33 está na liberdade do jogador de interpretar a história. “Cada um de nós tem uma perspectiva dissemelhante. Mesmo vivenciando os mesmos eventos, pensamos de formas únicas. Essa é a formosura da interatividade”, explicou.

Assim, o final de Clair Obscur: Expedition 33 não procura uma resposta única, mas faz o jogador a refletir sobre suas próprias convicções. Em vez de definir um caminho “correto”, o jogo transforma a decisão em um espelho da natureza humana: complexa, imperfeita e profundamente pessoal.

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