Como a aquisição bilionária da EA pode transformar a empresa

Como a aquisição bilionária da EA pode transformar a empresa

4 minutos 08/10/2025

A EA vive um dos momentos mais incertos de sua história. No término de setembro, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), a Silver Lake e a Affinity Partners — empresa liderada por Jared Kushner, genro do ex-presidente dos EUA Donald Trump — anunciaram planos para adquirir a EA por US$ 55 bilhões, em um concórdia que tornará a editora privada.

A transação, ainda sujeita à aprovação regulatória, deve ser concluída no primeiro trimestre fiscal de 2027. E o negócio, que já é o maior da história dos videogames, simples, levanta dúvidas profundas sobre o horizonte de algumas das franquias e estúdios mais importantes da EA, uma vez que BioWare, The Sims, Battlefield e Apex Legends, e o site Polygon ouviu alguns especialistas sobre pontos fundamentais desta negociação bombástica.

Cortes e venda de estúdios menos lucrativos

Segundo analistas do mercado, o impacto inopino do concórdia será redução de custos em larga graduação e venda de estúdios considerados “secundários”. O presidente da DFC Intelligence, David Cole, afirmou que aquisições alavancadas uma vez que essa “são historicamente seguidas por cortes e venda de ativos não essenciais”. Ele acredita que, no pequeno prazo, a EA deve se concentrar em propriedades altamente rentáveis, uma vez que seus jogos esportivos, enquanto procura compradores para projetos de menor retorno.

Já a Freedom Capital Markets vê a operação sob outra ótica: com a saída da bolsa, a EA poderia ter mais liberdade criativa, sem a pressão trimestral de investidores. No entanto, essa liberdade vem com um preço cimo — muro de US$ 20 bilhões em dívidas classificadas uma vez que “B-rated”, ou “junk debt”, um tipo de empréstimo de cimo risco.

EA Sports deve seguir intacta

As séries EA Sports FC (idoso FIFA) e Madden NFL são consideradas seguras dentro da novidade estrutura, devendo até lucrar investimentos adicionais. Porém, há preocupação com o protótipo de negócios fundamentado em microtransações e lançamentos anuais, visto que esse formato já se mostrou instável em ciclos anteriores.

Apex Legends e Battlefield sob avaliação

Apex Legends, da Respawn Entertainment, continua sendo uma das principais fontes de receita da EA — ultrapassando US$ 2 bilhões desde seu lançamento em 2019. Ainda assim, a queda no número de jogadores e na receita prevista em 2024 deixou o horizonte do battle royale em incerteza. Analistas acreditam que, se a performance não melhorar, Respawn pode ser vendida, mesmo com o potencial de prolongamento da franquia.

O sorte da DICE também dependerá do sucesso de Battlefield 6, descrito uma vez que um “teste de sobrevivência” para o estúdio. Caso o novo título não consiga competir com Call of Duty, a venda da DICE é vista uma vez que provável.

O dilema de The Sims e a prenúncio à flutuação

A comunidade de The Sims demonstrou preocupação depois o pregão do negócio, principalmente por conta das ligações políticas e sociais dos novos investidores. Um estudo interno da Maxis, apresentado em 2022, revelou que 43% dos jogadores de The Sims 4 se identificam uma vez que não heterossexuais e 17% uma vez que transgêneros ou não binários.

Embora o CEO da EA, Andrew Wilson, tenha reservado que os valores de inclusão não serão alterados, há receio de que elementos de representatividade e flutuação deixem de ser prioridade em futuras atualizações. Mesmo assim, The Sims 4 continua sendo uma das maiores forças econômicas da empresa, com mais de 70 milhões de jogadores e desempenho consistente no protótipo free-to-play.

BioWare: principal candidata à venda

Entre todas as subsidiárias, BioWare é vista uma vez que a mais vulnerável. Depois anos de dificuldades de desenvolvimento e o desempenho inferior do esperado de Dragon Age: The Veilguard, que teve 50% menos jogadores do que o previsto internamente, analistas afirmam que o estúdio está “na mira” para ser vendido.

Tanto Mass Effect quanto Dragon Age poderiam ser negociadas separadamente ou em conjunto, dependendo das ofertas.

O que vem a seguir na EA

Com o fechamento da obtenção previsto para abril de 2026, os especialistas acreditam que a EA começará a restruturar e reduzir custos ainda antes do término do processo, com demissões, fusões internas e venda de IPs. A expectativa é que o impacto totalidade dessas mudanças se estenda até 2028 — e que o novo comando da empresa redefina o papel da EA no cenário global de games.

Em outras palavras, a EA pode lucrar mais independência criativa, mas também corre o risco de perder secção da identidade que a tornou uma das maiores editoras do mundo.

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