Tomonobu Itagaki, lendário desenvolvedor nipónico e pai das franquias Dead or Alive e Ninja Gaiden (2004), faleceu nesta quinta
O mundo dos games perdeu uma de suas figuras marcantes. Tomonobu Itagaki, lendário desenvolvedor nipónico e pai das franquias Dead or Alive e Ninja Gaiden (2004), faleceu aos 58 anos. A notícia foi confirmada em uma publicação em sua página pessoal no Facebook, posteriormente verificada por colegas da indústria. A pretexto da morte não foi divulgada.
O texto, escrito pelo próprio Itagaki para ser publicado depois sua morte, foi uma despedida melancólica e direta — refletindo o tom combativo que marcou sua curso:
“A luz da minha vida está prestes a se extinguir.
O traje de esta mensagem ter sido postada significa que chegou a hora.
Já não estou neste mundo.
[…]
Minha vida foi uma série de batalhas. Continuamos vencendo.
Causei muitos problemas.
Defendi minhas crenças e assumo isso.
Sem arrependimentos.
Sinto muito por não ter conseguido entregar meu novo trabalho.
É o que é. Assim é a vida.”
Publicado por seu estilo provocador e pelo inseparável par de óculos escuros, Itagaki foi um nome fundamental no desenvolvimento nipónico nos anos 1990 e 2000. Ingressou na Tecmo em 1992, onde fundou e comandou o lendário Team Ninja, responsável por títulos que redefiniram a ação nos videogames.
Sob sua liderança, Dead or Alive se tornou uma das séries de luta mais reconhecidas do Japão, e o relançamento de Ninja Gaiden em 2004 elevou o padrão técnico e de dificuldade dos jogos de ação em 3D.
Depois deixar a Tecmo em 2008, em meio a disputas judiciais por bônus não pagos, fundou a Valhalla Game Studios, que lançou Devil’s Third em 2015. Apesar da recepção dividida, o título refletia seu estilo ousado e intransigente. O estúdio encerrou as atividades em 2021, e Itagaki passou a se destinar à Itagaki Games, que ainda não havia lançado um projeto.
Figura polêmica e carismática, ele se manteve uma presença manente no cenário nipónico, sempre leal ao próprio modo de pensar — o que lhe rendeu tanto admiradores quanto críticos.
Nas redes sociais, diversos colegas prestaram homenagens. James Mielke, cofundador do festival BitSummit, escreveu: “Hoje perdi alguém que era realmente uma vez que um irmão para mim. Estou devastado… Ele até me listava uma vez que seu irmão no Facebook. Quem me conhece sabe o quanto éramos próximos. Descanse em silêncio, senpai. Você sempre será um ninja.”
Com sua morte, a indústria se despede de um pai que viveu — e brigou — pelo que acreditava, deixando uma marca inconfundível na história dos videogames japoneses.
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