Cybernoir: primeiras impressões do RPG neon da ZOJIN

Cybernoir: primeiras impressões do RPG neon da ZOJIN

4 minutos 03/10/2025

RPG futurista da ZOJIN em Early Access. Confira impressões sobre jogabilidade, bugs e potencial do game cyberpunk.

Sabe aquele joguinho que aparece no Steam com a promessa de ser o novo “cyberpunk definitivo”, mas na prática é você de sobretudo simulando boleto procrastinado na cidade futurista? Pois é, esse é Cybernoir, da galera da ZOJIN.

O jogo ainda tá em Early Access, o que significa basicamente: “você é beta tester, mas pagando”. E olha, já vou proferir: não é ruim não, mas também não vai te fazer largar o Diablo IV ou o Baldur’s Gate 3. É aquele tipo de game que grita: “me dá tempo, jovem gafanhoto, que eu viro coisa grande”.

A vibe: entre Blade Runner e bairro com poste queimado

A ambientação é bonitona, enxurrada de néon, fumaça, gangue armada e clima noir. É tipo se o Blade Runner tivesse sido gravado na Terreiro da Sé às 23h, com mendigo vendendo pendrive de 8GB porquê se fosse relíquia cyberpunk.

Você é um detetive sem nome (olha a preguiça do roteiro inicial) que tem que investigar crimes, facções e tretas na cidade. Só que ao invés de ser aquele super policial pleno de gadgets, você é mais tipo o primo pobre do Batman: zero de Batmóvel, cá o carruagem mal engata a segunda sem dar tranco.

Jogabilidade: dá pra tretar, dá pra se esconder, e dá pra bugar

No quesito gameplay, já deu pra sentir que a ZOJIN tá tentando lastrar combate e furtividade. Quer ir na porrada? Vai. Quer se sentir o Sam Fisher do brejo? Também dá. Mas, porquê todo Early Access, rola uns momentos em que o boneco parece que tomou chá de boldo e não reage recta.

Combate: funciona, mas ainda é meio duro. Sabe aquele tiro que você voto que encaixou na testa do inimigo e o jogo responde “foi na parede, vencedor”? Pois é.

Furtividade: mais promissora, já que tem uns becos cheios de sombra. Me senti de volta nos anos 90 jogando Thief com a lanterna desligada pra forrar rima.

Reputação e facções: se você ajuda uma gangue, a outra já te olha torto. Basicamente o mesmo que escolher jogar de AMD numa mesa enxurrada de fanboy da Nvidia.

Bugs e polimento: o charme do Early Access

Teve uma missão em que uma NPC me xingou em português de Portugal do zero. Não sei se foi bug de dublagem ou se a personagem realmente era uma brasileira expatriada vendendo pastel de néon. Mas deu pra rir.

O mundo descerrado é legítimo, mas dá aquele ar de “tá faltando coisa cá”. Tipo quando você monta seu PC com placa-mãe high-end mas esquece de comprar memória decente e acaba rodando Cyberpunk 2077 em 15 fps. Funciona, mas tá faltando completar o setup.

O que já é da hora

Clima noir futurista muito feito. Te joga na submersão de uma cidade que cheira a cigarro molhado e luz de neon vencida.

Sistema de escolhas com impacto. Cá não é só clicar em “ser bonzinho” ou “ser malvadão”. Às vezes o jogo realmente fecha portas se você for vacilão.

Facções que lembram RPG clássico. Ajuda uma, ferra a outra. Igual aquela treta de puerícia entre Sega e Nintendo.

Exploração livre. Já dá pra encaminhar, caminhar, se perder na cidade e pensar: “opa, isso cá tem horizonte”.

O que ainda manca

Teor restringido. É prólogo e algumas missões. Acaba rápido. Parece demo de revista CD-ROM dos anos 2000.

Combate precisa de polimento. Tá jogável, mas ainda não passa aquela crédito de “sou John Wick do dedo”.

Otimização. Dá uns engasgos, mormente quando tem muita coisa acontecendo. Tipo quando você abre 37 abas do Chrome e tenta jogar Valorant ao mesmo tempo.

Repetição. Se não tiver variedade em missões e eventos, corre risco de virar simulador de passar rua com néon.

Primeiras impressões do RumbleTio

Eu curti. Não vou mentir. Me lembrou aqueles jogos esquisitos que eu alugava na locadora porque o cartucho do Street Fighter já tinha ido. O jogo tinha “potencial”, mas eu voltava pra mansão sabendo que ia quebrar a rostro.

Mas o Cybernoir não me parece furada. Tem atmosfera, tem boas ideias, só precisa de tempo e carinho. Se a ZOJIN segurar a bronca e não largar o projeto, isso cá pode virar o “novo darling indie cyberpunk” da galera.

Epílogo

Cybernoir hoje é tipo aquele colega da escola que só tirava nota média, mas tinha umas ideias boas. Você olha e pensa: “se ele se esforçar, passa de ano e vira alguém na vida”. O jogo ainda não é “o” RPG de neon definitivo, mas já mostra que pode chegar lá.

Se você gosta de jogos narrativos, mundo descerrado e não tem alergia a Early Access, pode ser um bom investimento pra ver crescer. Mas se você é do tipo que já fica revólver com bug gráfico em jogo de R$ 350, talvez seja melhor esperar a versão mais madura.

🔔 E sim, essa foi só a prévia JOGAMOS: Cybernoir. Em breve vem estudo completa, com recta a confrontação de builds, piada com placa de vídeo e mais textão do RumbleTech.

Fonte

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