Dispatch Review – O gênero de jogos narrativos voltou a ter prestígio

Dispatch Review – O gênero de jogos narrativos voltou a ter prestígio

8 minutos 17/11/2025

Estreando de forma episódica desde o dia 22 de outubro, Dispatch concluiu sua 1ª temporada no último dia 12 de novembro (quarta-feira). Com um totalidade de 8 episódios, a estreia do estúdio AdHoc, fundado por ex-Telltale, surpreendeu o mundo com a qualidade de seu roteiro, personagens e visual.

Atualmente disponível nas plataformas do PS5 e PC, o jogo oferece uma novidade história sobre heróis, mas que subverte colocando no protagonista um herói sem poderes. Com influências de animes e séries uma vez que The Boys e Invincible, será que Dispatch conseguiu tiranizar os jogadores e trazer de volta ótimas experiências narrativas uma vez que vimos na era de ouro da Telltale?

Confira mais uma estudo do Combo Infinito e descubra se Dispatch é tudo isso mesmo!

De protagonista à coadjuvante

Em Dispatch, você presencia o termo da curso de Robert Robertson, o terceiro da geração de pilotos do Varão-Meca. Depois uma luta com o vilão que matou seu pai, Robert e seu Meca são abatidos, o que culmina em sua aposentadoria. Em meio à frustração por não conseguir realizar sua vingança, Robert recebe uma proposta para liderar uma equipe de vilões em uma escritório de restauração, com o intuito de torná-los novos heróis. Robert aceita essa proposta, que visa trazer o Varão-Meca de volta, enquanto mantém sua identidade disfarçada na escritório.

Agora, uma vez que coordenador desta equipe que tem tudo para dar incorrecto, iremos presenciar momentos de salvação desses vilões e o surgimento de grandes laços.

Em Dispatch, é apresentada uma Los Angeles dividida entre vilões, heróis e humanos sem poderes. Esse contraste é muito muito explorado com toda uma ramificação e rixa entre vilões e heróis. Um exemplo disso é um bar de vilões que acaba virando um ringue sempre que é detectado um herói tentando se divertir.

Em meio a toda essa construção de mundo, conceitos e temas, Dispatch se destaca por seus personagens e suas linhas de diálogo. Robert inicialmente é um rosto gorado por não ter realizado sua vingança. Porém, conforme os capítulos se desenrolam, esse sujeito vulnerável se torna um grande líder e o principal agente da salvação desses vilões.

Enquanto isso, essa equipe de vilões nos surpreende com a mudança de caráter que culmina em uma das melhores cenas da temporada, quando todo o grupo revela seus nomes verdadeiros. Essa liberdade e intimidade são o orgasmo de todo o processo de construção dos episódios iniciais.

A narrativa de Dispatch é versátil e enxurrada de reviravoltas que vão te emocionar. Ela não precisa impor uma agenda para abordar os temas que quer explorar. Seu roteiro, totalmente cômico e sério na hora que deve ser, faz de Dispatch detentor de uma das melhores narrativas de 2025. Todo o elenco possui carisma em igual medida.

Escolhas por tempo não deveriam mais viver

Com um totalidade de 3 respostas diferentes, Dispatch vai te colocar em momentos críticos e de decisões difíceis. Porém, essas escolhas sempre estarão acompanhadas de um medidor de tempo que funciona de forma regressiva, e você deve escolher sua resposta antes que a barra (que representa seu tempo) acabe.

Embora seja um dos elementos característicos do gênero de jogos narrativos, essa teoria de colocar o jogador em uma situação de urgência, na minha opinião, funciona mal e muitas vezes é punitiva. Em muitos casos, você está lendo e tentando entender a risco de diálogo para interpretá-la e escolher a resposta que melhor se encaixa ou que seja a desejada. Fazer tudo isso enquanto a barra diminui se torna uma grande distração.

E Dispatch reforça esse elemento, que em algumas situações me fez escolher uma resposta zero condizente, não me deixou entender o texto da conversa ou me impediu de escolher uma opção.

Rapidez nas escolhas

Em Dispatch, a barra de tempo aparece rápido demais, antes de os diálogos dos outros personagens terminarem, o que dificulta ainda mais a vida do jogador, que precisa ler a fala e escolher uma das 3 respostas quase simultaneamente. A opção de pausar o jogo até pode ser uma solução, porém o menu de pausa cobre as respostas, impossibilitando uma leitura tranquila.

Há quem não se importe com essa abordagem, mas no meu ponto de vista ela torna esse elemento crucial em alguma coisa punitivo.

Apesar disso, essa façanha sobre heróis é repleta de momentos emocionantes, reviravoltas e construção de personagens muito muito desenvolvidos em seus arcos. Dispatch dá lição de uma vez que descrever uma história que parecia ser mais um clichê de heróis, mas que acaba entregando fortes mensagens de salvação.

O dia a dia de um coordenador de heróis

Jogos narrativos sempre tentaram, mesmo de forma sutil e limitada, deixar o jogador no controle da situação, não somente nas escolhas. A Telltale, por exemplo, adicionou gameplay de interação nos cenários que expandiam a narrativa com novos diálogos. A Supermassive Games criou a coleta de totens e, em alguns casos, adicionou ação. Mesmo com todos os esforços para lastrar narrativa e jogabilidade, em qualquer momento a experiência acabava se tornando maçante.

Dispatch conseguiu implementar gameplay em sua experiência narrativa de forma que oferece muita autonomia ao jogador, por meio de escolhas, minigames que testam o raciocínio lógico e distribuição de atributos com um elemento de RPG muito eficiente.

No comando da Equipe Z, você deve enviar os ex-vilões para provarem seu valor em missões por toda Los Angeles. Por meio de seu computador, Robert recebe alertas de emergências diversas, e o jogador escolhe quais heróis usar com base nos atributos que eles possuem. Inicialmente, tudo será um sinistro, e isso é propositalmente congruente com a narrativa. Porém, posteriormente, esses heróis, conforme participam das missões (bem-sucedidas ou não), ganham pontos que podem ser usados para aumentar atributos uma vez que Combate, Vigor, Intelecto, Velocidade e Carisma.

Ou por outra, Robert tem influência direta em algumas missões, hackeando sistemas de câmera ou restabelecendo a virilidade da cidade por meio de um minigame simples, mas que exige concentração e raciocínio.

Uma gameplay que funciona

Apesar da simplicidade e da conexão com a narrativa, o gameplay de envio de membros para missões tem bastante profundidade. Saber uma vez que partilhar os pontos de cada herói faz muita diferença.

Embora o jogo às vezes apresente muitas missões para um quadro pequeno de heróis disponíveis, o conjunto da obra traz um estabilidade perfeito entre narrativa e gameplay, colocando o jogador na ação de forma orgânica e eficiente — a ponto de, às vezes, querermos fazer mais, mas a progressão da narrativa não permitir.

Ou por outra, o jogador poderá interagir em cinemáticas com muita ação. Embora opcionais (com a possibilidade de remover QTEs para deixar a experiência mais cinematográfica), haverá momentos que exageram na quantidade de comandos e acabam ofuscando a venustidade dos grandes momentos de ação.

Um visual cativante

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O visual de Dispatch foi um dos principais destaques desde seu proclamação. Sua grande semelhança com Invincible, série da Amazon do pai de The Walking Dead, despertou muita atenção. Na prática e ao longo da temporada, esse visual só encanta e se torna segmento da identidade do jogo.

As silhuetas dos heróis, a violência gráfica (ainda que subordinado à da série da Amazon), as cenas de nudez e as sequências de ação maximizam o belo visual que Dispatch apresenta. Principalmente as cenas de ação (muito muito dirigidas) dão o clarão necessário para transformar Dispatch em um entretenimento de grande qualidade, sendo uma ótima opção na pouquidade de The Boys e Invincible.

Toda essa elegância visual ganha mais profundidade com o supimpa trabalho de dublagem. O voice acting de Dispatch é formado por nomes uma vez que Aaron Paul (Breaking Bad), Laura Bailey (The Last of Us Secção II), Erin Yvette (Hades II), Alanah Pearce (Cyberpunk 2077), Matthew Mercer (Yakuza), Jeffrey Wright (The Last of Us Secção II), entre outros, que dão vida e tridimensionalidade aos personagens, tornando-os marcantes.

Ou por outra, usando trilhas sonoras reais do nosso dia a dia, o jogo se torna muito familiar mesmo se passando em uma verdade escolha. Entre músicas e referências da cultura pop, Dispatch é uma ficção alcançável, familiar e enxurrada de mensagens reflexivas.

Minha experiência aconteceu na versão de PC, e tudo funcionou de forma fluida e perfeita. Mesmo desenvolvido na Unreal Engine 4, Dispatch é muito eficiente visual e tecnicamente, e essa escolha se mostrou bastante assertiva.

Mas enfim, Dispatch é tudo isso mesmo?

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Depois anos com experiências desagradáveis e fórmulas repetidas, Dispatch é um suspiro de ar fresco no gênero que, décadas detrás, chegou a render a um título o prêmio de “jogo do ano”. Dispatch é cativante, tenso e, supra de tudo, luzente na forma de descrever uma história sobre heróis. A construção de cada personagem, com suas motivações, é uma lição de roteiro que se beneficia muito de uma mecânica de gameplay simples, porém eficiente e profunda, que finalmente traz estabilidade entre ver cinemáticas, fazer escolhas e se sentir ativo dentro do game.

Em resumo, Dispatch é uma das melhores produções sobre heróis que já consumi em anos e uma das grandes surpresas que 2025 me proporcionou.


Veredito:

Dispatch é uma das grandes supressas de 2025 que traz toda a engenhosidade narrativa que vivemos na era de ouro da Telltale. Apostando em uma história de heróis, o projeto piloto da AdHoc(fundada por ex-desenvolvedores da Telltale) dá lição em gerar personagens carismáticos e marcantes dentro de uma narrativa cômica , mas que entrega tensão e reviravoltas na ração certa. Por termo, finalmente vivenciei a soma de gameplay em um jogo narrativo de forma equilibrada e que se conecta de forma congruente com a história.
João Antônio

von 10

2025-11-17T11:22:11-0300

Fonte

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