Endless Night é terapia emo disfarçada de Metroidvania

Endless Night é terapia emo disfarçada de Metroidvania

3 minutos 28/09/2025

Endless Night: The Darkness Within – Freud encontra Castlevania no boteco da esquina!

Tá aí um jogo que já chega com nome de romance mexicana da madrugada: Endless Night: The Darkness Within. Olha, só no título já temos redundância de termo emo (noite, trevas, dentro de você). Faltou só um “Reloaded Director’s Cut” pra completar o pacote. E antes que você pergunte: sim, joguei a demo no Steam, porque onde mais você vai encontrar essas pérolas indie? No Xbox Game Pass? Por obséquio, respeita o tio cá.

A proposta: terapia em forma de metroidvania

Você controla o Jake, um pobre coitado traumatizado que decidiu transformar seus pesadelos em plataforma 2D. É tipo se o Freud tivesse jogado Ori and the Blind Forest depois de meter três cafés e um energético vencido. O resultado? Um mundo surreal, pleno de sombras e monstros que mais parecem colagens de caderno de colegial gótico.

A premissa é: “explore seus traumas e lute contra os demônios internos”. Mano, eu já faço isso quando abro o extrato bancário no termo do mês. Mas cá pelo menos tem double jump e puzzles.

Jogabilidade: platforming no gelo e combate de Kung Fu Panda deprimido

A demo mostrou que o jogo tem potencial, mas também deixou simples que ainda falta polimento. O movimento é fluido, mas tem aquele toque “floaty” — parece que o personagem tá usando chuteira de futsal no gelo. Funciona, mas exige paciência.

O combate? Inspirado em artes marciais. Bonito no papel. Na prática, você se sente um Kung Fu Panda deprimido tentando dar soco em sombra. Funciona, mas ainda não dá aquela satisfação de um Hollow Knight ou Dead Cells.

Os puzzles são até criativos: puxar coisa, galhofar com seriedade, aquele clássico “me perdi no labirinto onírico e agora finjo que tô entendendo”.

O visual: bonito, mas me lembra gravura do Pink Floyd

Cá o time mandou muito: o jogo parece uma mistura de Ori com o clipe de Another Brick in the Wall. Cenários oníricos, iluminação caprichada e aquele clima “olha só porquê somos profundos”. Funciona. É estiloso. Mas também tem momentos em que o visual parece mais uma tela de sota do Windows XP remixada.

Bugs, menus e paciência

A comunidade do Steam já deu o recado: a demo tem bugs. Menu que lentidão pra carregar porquê se fosse conexão discada, links quebrados, travamentos aleatórios. É a clássica experiência “Early Access sem ser Early Access”.

E sério: por que diabos toda cutscene indie tem texto aparecendo leeeentamente, letra por letra, porquê se fosse revelar os segredos do universo? Companheiro, eu só quero pular a cena e tombar no soco com os monstros, não grafar monografia sobre traumatismo.

Comparações inevitáveis

Castlevania: se tivesse trocado Drácula por sessão de terapia.

Inside: só que mais cromatizado e menos eficiente.

Ori: se Ori fosse órfão de três divórcios e ainda devesse no Serasa.

Silent Hill: se os monstros fossem desenhados por aluno de artes plásticas na lição de colagem.

O que promete?

Os devs juram que vai ter:

Equipamentos que mudam seu estilo de jogo.

Múltiplos finais (porque traumatismo tem várias versões).

História densa sobre puerícia, PTSD e memórias reprimidas.

Mais poderes de plataforma: teleporte, manipulação de seriedade, boosts.

Em resumo: eles querem que você chore e, ao mesmo tempo, faça speedrun.

Veredito parcial

Endless Night: The Darkness Within é aquele companheiro que chega no rolê dizendo “vou transfixar meu coração” e começa a falar de traumas, mas logo depois tenta dançar break com latinha na cabeça. Tem potencial, mas precisa aprender a lastrar emoção e diversão.

Vale a pena botar na wishlist do Steam, porque o noção é bom e a demo já mostra lampejos de alguma coisa maior. Mas, por enquanto, tá mais pra “tentativa de filarmónica emo de garagem” do que álbum produzido.

E anota aí: em breve vem a estudo completa, sem filtro, sem dó, e com comparações ainda mais cruéis com outros metroidvanias.

Fonte

Conteúdos que podem te interessar...