Início » Flick Shot Rogues é o casamento insano entre pinball e dor
O Pinball do inferno que resolveu vir roguelike.
Olha, já joguei muita coisa na vida — de Wolfenstein 3D em disquete a Hades em 144Hz — mas confesso: nunca imaginei ver um jogo que mistura física de estilingue com sofrimento roguelike.
E o pior: funciona.
Flick Shot Rogues é o resultado de uma reunião entre um programador que jogava Peggle bêbado e um designer que queria reinventar o concepção de “tolerar com estilo”.
O jogo é basicamente um “Slay the Spire com ricochete”, onde você arrasta, solta e reza pra física cooperar.
Se der visível, você faz um combo digno do Tony Hawk no inferno. Se der falso, você bate na parede, cai num buraco e morre parecendo um pino de boliche com dívida no Serasa intergaláctico.
A teoria é simples: você controla heróis que viram projéteis humanos. Arrasta, solta e torce pra que ele não rebata num esquina do planta igual uma bolinha de gude possuída. A física manda em você — e não o contrário.
Cada período parece uma mesa de pinball feita pelo H.R. Giger, com monstros, espinhos, lasers e explosões suficientes pra deixar Michael Bay ruborizado. Quando você acerta um combo bonito, é trova. Quando erra, parece que o universo inteiro te odeia pessoalmente.
Não tem “mira automática”, não tem “ataque privativo de anime”, não tem “modo fácil”. Cá é você, sua coordenação motriz e uma física que parece regida por Cthulhu.
Cada rodada é tipo um Pachinko infernal: você calcula, solta e espera o resultado. E quando o herói acerta uma parede, quica num inimigo, explode outro e volta pra posição inicial…
…é aquele momento que o gamer raiz pensa: “é por isso que eu ainda jogo videogame”.
Mas atenção: Flick Shot Rogues é o Dark Souls do pinball. Um deslize de 1 pixel e você é obliterado. É preciso precisão de cirurgião e paciência de quem esperou o Windows 95 instalar.
Zero cá é guardado. Você pode estar com uma run perfeita, com relíquias lendárias, poderes absurdos e uma estratégia afiada — e aí um golpezinho mal calculado te joga dentro de uma cilada que parece saída de um pesadelo industrial.
A melhor secção é que, mesmo morrendo, você pensa: “Tá, mas que combo lindo eu fiz antes de morrer.”
É masoquismo com fulgor neon. Um tipo de prazer que só quem jogou Nuclear Throne e Downwell entenderia.
Flick Shot Rogues te dá uma porção de tralhas pra distrair. Relíquias que melhoram seu ataque, reduzem dano ou — simples — causam explosões aleatórias que também te atingem.
É aquele clássico roguelike de “bônus com dispêndio”, tipo um Binding of Isaac que resolveu estudar física de Newton e usar LSD.
Você monta builds insanas com sapos explosivos, relíquias que fazem ricochete duplo, ou poderes que curam você só quando acerta um inimigo de costas numa terça-feira com vento nordeste.
É o tipo de jogo que te faz pensar:
“Será que eu tô jogando ou só interpretando um surto psicótico interativo?”
Cada ação vira um espetáculo pirotécnico. Explosões coloridas, inimigos gritando, física fazendo cosplay de Sonic e você no meio do caos tentando entender o que aconteceu.
E aí, quando finalmente limpa o planta, vem a recompensa: três upgrades pra escolher, sendo dois inúteis e um que parece feito de pura esperança.
É a verdadeira metáfora da vida moderna: trabalhe duro, sofra e talvez ganhe um sapato novo que te dá +2 de sorte.
Peglin: mas com mais testosterona e menos bolinhas fofas.
Slay the Spire: se as cartas fossem arremessadas com um estilingue.
Dead Cells: só que com uma física que te odeia.
Hades: se Zagreus tivesse trocado a lança por uma catapulta medieval.
Angry Birds: versão com inferno, tentáculos e terapia.
Se você cresceu jogando Worms e achava lícito calcular ângulo de tiro, Flick Shot Rogues é tipo isso, mas em tempo real e com o demônio te julgando por cada erro.
Sabe aquele jogo que parece estar te trolando o tempo todo, mas você ri mesmo assim? Esse é o Flick Shot Rogues.
É difícil, é injusto, e às vezes parece que foi programado por alguém que te odeia — mas é recreativo demais pra largar.
Os inimigos são caricaturas de pesadelos — do tipo que você espera encontrar em Cuphead depois de uma ressaca.
A trilha sonora é puro violência retrô, digna de fliperama com cheiro de cigarro e mendubi velho.
E os visuais? Coloridos, caóticos e com mais piscadas de tela que filme do Michael Bay visto num CRT de 14 polegadas.
Olha, Flick Shot Rogues é aquele tipo de jogo que devia vir com um aviso de saúde mental: “Desvelo: jogar pode provocar surtos de riso, ódio, satisfação e vontade de jogar mais uma vez.” Ele é genial em sua estupidez, viciante na sua punição e recreativo na sua falta de lógica. É o equivalente do dedo de jogar pinball com granadas. O tio cá recomenda de olhos marejados e dedos cansados: se você é do tipo que gosta de jogos que te fazem tolerar, Flick Shot Rogues é um prato referto — e ainda vem com sobremesa explosiva.
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