Flick Shot Rogues é o casamento insano entre pinball e dor

Flick Shot Rogues é o casamento insano entre pinball e dor

5 minutos 04/10/2025

O Pinball do inferno que resolveu vir roguelike.

Olha, já joguei muita coisa na vida — de Wolfenstein 3D em disquete a Hades em 144Hz — mas confesso: nunca imaginei ver um jogo que mistura física de estilingue com sofrimento roguelike.
E o pior: funciona.

Flick Shot Rogues é o resultado de uma reunião entre um programador que jogava Peggle bêbado e um designer que queria reinventar o concepção de “tolerar com estilo”.

O jogo é basicamente um “Slay the Spire com ricochete”, onde você arrasta, solta e reza pra física cooperar.

Se der visível, você faz um combo digno do Tony Hawk no inferno. Se der falso, você bate na parede, cai num buraco e morre parecendo um pino de boliche com dívida no Serasa intergaláctico.

🧠 O concepção que só pode ter nascido em madrugada com moca e traumatismo

A teoria é simples: você controla heróis que viram projéteis humanos. Arrasta, solta e torce pra que ele não rebata num esquina do planta igual uma bolinha de gude possuída. A física manda em você — e não o contrário.

Cada período parece uma mesa de pinball feita pelo H.R. Giger, com monstros, espinhos, lasers e explosões suficientes pra deixar Michael Bay ruborizado. Quando você acerta um combo bonito, é trova. Quando erra, parece que o universo inteiro te odeia pessoalmente.

⚔️ Sistema de combate: a ciência exata do caos

Não tem “mira automática”, não tem “ataque privativo de anime”, não tem “modo fácil”. Cá é você, sua coordenação motriz e uma física que parece regida por Cthulhu.

Cada rodada é tipo um Pachinko infernal: você calcula, solta e espera o resultado. E quando o herói acerta uma parede, quica num inimigo, explode outro e volta pra posição inicial…

…é aquele momento que o gamer raiz pensa: “é por isso que eu ainda jogo videogame”.

Mas atenção: Flick Shot Rogues é o Dark Souls do pinball. Um deslize de 1 pixel e você é obliterado. É preciso precisão de cirurgião e paciência de quem esperou o Windows 95 instalar.

💀 A roleta russa da física

Zero cá é guardado. Você pode estar com uma run perfeita, com relíquias lendárias, poderes absurdos e uma estratégia afiada — e aí um golpezinho mal calculado te joga dentro de uma cilada que parece saída de um pesadelo industrial.

A melhor secção é que, mesmo morrendo, você pensa: “Tá, mas que combo lindo eu fiz antes de morrer.”

É masoquismo com fulgor neon. Um tipo de prazer que só quem jogou Nuclear Throne e Downwell entenderia.

🎲 Relíquias, talentos e bugigangas — ou “tudo que pode te salvar (ou te ferrar)”

Flick Shot Rogues te dá uma porção de tralhas pra distrair. Relíquias que melhoram seu ataque, reduzem dano ou — simples — causam explosões aleatórias que também te atingem.

É aquele clássico roguelike de “bônus com dispêndio”, tipo um Binding of Isaac que resolveu estudar física de Newton e usar LSD.

Você monta builds insanas com sapos explosivos, relíquias que fazem ricochete duplo, ou poderes que curam você só quando acerta um inimigo de costas numa terça-feira com vento nordeste.

É o tipo de jogo que te faz pensar:

“Será que eu tô jogando ou só interpretando um surto psicótico interativo?”


💥 Explosões, gritos e desespero

Cada ação vira um espetáculo pirotécnico. Explosões coloridas, inimigos gritando, física fazendo cosplay de Sonic e você no meio do caos tentando entender o que aconteceu.

E aí, quando finalmente limpa o planta, vem a recompensa: três upgrades pra escolher, sendo dois inúteis e um que parece feito de pura esperança.

É a verdadeira metáfora da vida moderna: trabalhe duro, sofra e talvez ganhe um sapato novo que te dá +2 de sorte.

🕹️ Comparações obrigatórias (porque todo jogo indie quer ser outro jogo indie)

Peglin: mas com mais testosterona e menos bolinhas fofas.

Slay the Spire: se as cartas fossem arremessadas com um estilingue.

Dead Cells: só que com uma física que te odeia.

Hades: se Zagreus tivesse trocado a lança por uma catapulta medieval.

Angry Birds: versão com inferno, tentáculos e terapia.

Se você cresceu jogando Worms e achava lícito calcular ângulo de tiro, Flick Shot Rogues é tipo isso, mas em tempo real e com o demônio te julgando por cada erro.

🧬 Personalidade do jogo: meio psicopata, meio gênio

Sabe aquele jogo que parece estar te trolando o tempo todo, mas você ri mesmo assim? Esse é o Flick Shot Rogues.

É difícil, é injusto, e às vezes parece que foi programado por alguém que te odeia — mas é recreativo demais pra largar.

Os inimigos são caricaturas de pesadelos — do tipo que você espera encontrar em Cuphead depois de uma ressaca.

A trilha sonora é puro violência retrô, digna de fliperama com cheiro de cigarro e mendubi velho.

E os visuais? Coloridos, caóticos e com mais piscadas de tela que filme do Michael Bay visto num CRT de 14 polegadas.

Prós:

  • Jogabilidade original e viciante — “pinball roguelike” é uma maluquice que deu visível
  • Física imprevisível, mas satisfatória
  • Visual explosivo e referto de personalidade
  • Subida rejogabilidade e sensação de progresso a cada run
  • Humor e caos em doses cavalares

Contras:

  • Errar um flick pode custar a run inteira (e sua pundonor)
  • Runs longas demais se você tiver toque por sublimidade
  • Algumas relíquias são inúteis, tipo “tratamento 1% se espirrar de costas”
  • Pode frustrar novatos que não entendem a física cruel do jogo
  • Não recomendado pra quem tem alergia a explosões coloridas e estrondo

Nota Final: 7/10

Olha, Flick Shot Rogues é aquele tipo de jogo que devia vir com um aviso de saúde mental: “Desvelo: jogar pode provocar surtos de riso, ódio, satisfação e vontade de jogar mais uma vez.” Ele é genial em sua estupidez, viciante na sua punição e recreativo na sua falta de lógica. É o equivalente do dedo de jogar pinball com granadas. O tio cá recomenda de olhos marejados e dedos cansados: se você é do tipo que gosta de jogos que te fazem tolerar, Flick Shot Rogues é um prato referto — e ainda vem com sobremesa explosiva.

Fonte

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