Folly of the Wizards: o caos mágico que não encanta

Folly of the Wizards: o caos mágico que não encanta

5 minutos 17/10/2025

Eu rendimento que tentei gostar, mas o mandinga virou contra o mágico!

Ai, UpFox Labs… eu tentei, viu? Lucro por todas as estrelinhas mágicas do universo, eu tentei muito. Entrei em Folly of the Wizards com o coração cândido, varinha na mão e esperança de quem acredita em milagres indie.
Mas, no final, eu me senti tipo Hermione tentando fazer Wingardium Leviosa com um pedaço de pau de vassoura molhado: zero subia, tudo despencava, e o mandinga acabou explodindo na minha face. 💥

🧙‍♀️ Um maguinho trapalhão e um universo seduzido (que mereciam mais feitiço)

A teoria de Folly of the Wizards é, no papel, uma gracinha: você é um noviço de mago perdido num mundo de dungeons coloridas, monstros estranhos e magias caóticas. Tudo tem uma vibe de “bagunça encantada” que parece saída de um esboço dos anos 2000 — tipo se Adventure Time resolvesse virar roguelike.

O estilo visual é realmente o ponto cumeeira cá: as cores são vivas, as criaturas são estranhas e carismáticas, e o mundo tem um jeitinho meio Tim Burton encontra Stardew Valley que dá vontade de abraçar. 💚

Só que, sabe aquele momento em que o cintilação começa a descolorir? Pois é. Depois de algumas horas, a magia que me encantou virou tipo purpurina colada na pele — bonitinha de longe, mas um pesadelo pra tirar.

As boas intenções da UpFox (que se perderam no mandinga)

Olha, eu senhor quando um estúdio indie tenta alguma coisa dissemelhante. De verdade. E dá pra sentir que Folly of the Wizards nasceu de um grupo enamorado por jogos e magia.

O problema é que paixão sozinha não segura o mandinga — é preciso controle, foco, e um pouco de lógica pra as coisas não virarem um “Expelliarmus!” casual no próprio pé.

O combate, por exemplo, é uma confusão mágica digna de um duelo de Harry Potter bêbado. Você lança feitiços pra todos os lados, foge de inimigos, gira, pula, e… às vezes, simplesmente morre sem saber o porquê. Eu até achei que era bug, mas não — é só o jogo sendo injusto mesmo.

A mira é imprecisa, os golpes parecem não ter peso, e os inimigos aparecem em quantidade suficiente pra fazer até o Merlin desistir da curso. ✨

🌀 Um roguelike de loops… e mais loops… e mais loops

Eu sou fã de roguelikes. Hades, Dead Cells, Enter the Gungeon, todos têm aquele charme de “tenta mais uma vez, vai dar claro”. Mas Folly of the Wizards é mais “tenta mais uma vez e talvez o jogo te dê um item decente, ou talvez ele só ria da sua face”. 😂

A aleatoriedade é tanta que parece que o jogo tem prazer em me trolar. Em uma run, eu virei praticamente uma divindade cósmica das magias. Na seguinte, mal consegui sobreviver à primeira sala.

E os mapas, apesar de serem gerados proceduralmente, acabam parecendo meio repetitivos — tipo aqueles sonhos que parecem diferentes, mas têm sempre a mesma escola em chamas ao fundo.

🎮 Controles de outro projecto astral (e não num bom sentido)

Se você jogar no console, fortuna. O botão de pulo está em um lugar tão estranho que até agora não entendi se foi bug, escolha artística ou pura malícia.

E quando muitos inimigos aparecem, o jogo vira um carnaval de projéteis mágicos voando por todos os lados, e eu fico só ali, perdida no meio, parecendo uma feitiçeira em treinamento tentando fugir de um enxame de corujas raivosas.

Não que o caos seja ruim — eu adoro um caos muito feito. Mas cá o caos parece mais desespero polido.

🌈 O lado bom da história (porque nem tudo é tragédia)

Tá, vamos respirar fundo. Nem tudo em Folly of the Wizards é um mandinga que deu falso.

O humor do jogo é realmente gostosinho. Ele não se leva a sério, e o protagonista é um mago desastrado que parece estar sempre um passo de intervalo de explodir a própria colmado. Os diálogos são engraçadinhos, as cutscenes têm carisma e a trilha sonora dá um toque de raconto de fadas caótico.

E eu paladar disso. Paladar quando um jogo não tenta ser um heróico sombrio e aceita ser só uma bagunça divertida. 💖

O problema é que a realização nem sempre acompanha o coração — e, às vezes, o que era pra ser risonho acaba virando frustrante.

🧪 Faltou poção de polimento

Você sabe quando sente que o jogo precisava de um tiquinho mais de tempo no caldeirão? Pois é.

Tem queda de framerate cá, colisão estranha ali, texturas que piscam igual vaga-lumes em ataque epilético… e um sistema de progressão que não explica recta o que cada item faz.

Eu peguei uma relíquia chamada “Língua do Dragão” achando que ia me dar queima, mas aparentemente ela só serviu pra me deixar mais vulnerável (ou talvez tenha sido bug, quem sabe).

É aquele tipo de jogo que você joga sorrindo no início, depois vai percebendo as rachaduras e pensa: “poxa, podia ser tão mais permitido com uns ajustes…” 😢

💫 Comparações que doem (mas são inevitáveis)

  • Quando eu penso em roguelikes mágicos, Wizard of Legend vem à mente — e aí Folly parece o primo atrapalhado que ficou de recuperação em magia básica.

  • Quando penso em humor e caos, lembro de Castle Crashers — que faz bagunça, mas com elegância.

  • E quando penso em jogos que sabem lastrar aleatoriedade e progresso, penso em Hades — que entrega cada tentativa uma vez que uma novidade história, enquanto Folly parece só expressar “opa, morreu de novo, má sorte o seu, volta lá e tenta não surtar”.

💔 A verdade mágica (que dói, mas é real)

Eu queria amar Folly of the Wizards. Queria recomendar ele com um sorriso, dizendo “ai, joga, é uma delicinha!”.
Mas a verdade é que o jogo parece sempre estar a um passo de ser ótimo, e acaba tropeçando na própria túnica.

É aquele tipo de jogo que tem psique, mas não tem coordenação motriz. Você sente o paixão dos devs, sente o potencial… mas também sente cada bug, cada travadinha, cada momento em que o gameplay desanda.

  • Visual lindo e estilizado, com identidade própria.
  • Humor ligeiro e risonho.
  • Boa variedade de magias, relíquias e biomas.
  • Trilha sonora encantadora.
  • Um mundinho que tem psique — mesmo que tropece nela.

Contras:

  • Combate confuso e sem impacto.
  • Repetitividade nas runs.
  • Controles estranhos e pouco intuitivos.
  • Performance irregular e bugs frequentes.
  • Falta de nitidez nas descrições e progressão.
  • RNG que mais parece má sorte mesmo.

Nota Final: 6/10

Folly of the Wizards é tipo aquele mandinga que você tenta milénio vezes e nunca sai recta. Tem charme, tem cor, tem carisma… mas também tem um caos que não é o risonho, é o irritante. Eu queria muito dar um “Expelliarmus” de paixão e recomendar de olhos fechados, mas, no término, o jogo me deixou mais cansada do que encantada. Apesar de tudo, o maguinho é fofo… só precisava estudar um pouquinho mais antes de trespassar conjurando bug por aí.

Fonte

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