Game Pass Premium: pague mais e espere pelos jogos

Game Pass Premium: pague mais e espere pelos jogos

5 minutos 02/10/2025

Microsoft aumenta preço, inventa nomes novos pros planos e ainda empurra Call of Duty pra galera esperar sentado. E chamam isso de mercê.

Sabe quando você paga dispendioso num rodízio e o garçom fala que a picanha só vai estar disponível daqui a um ano, mas pode permanecer à vontade com a linguiça e o pão de alho? Pois é, esse é o Xbox Game Pass Premium em 2025.

A Microsoft, sempre com aquele jeitinho carinhoso de te abraçar pelo pescoço e sussurrar “me dá mais numerário”, anunciou mudanças no serviço que deixaram muita gente de cabelo em pé. Agora temos Game Pass Essential (vetusto Core), Game Pass Premium (vetusto Standard) e o glorioso Ultimate, que dobrou de preço porque… bom, porque SIM eles podem.

A mágica do Premium: jogos da Microsoft só daqui a um ano

Segundo o novo regulamento celestial da Microsoft, se você assinar o Premium, vai receber jogos dos Xbox Game Studios… em até um ano depois do lançamento. Sim, você leu visível. O jogo sai hoje, mas você só joga no Premium ano que vem.

É tipo Netflix anunciar que vai ter o novo filme da Marvel… mas só depois de passar no cinema, na locadora da esquina, na Sessão da Tarde e na VHS pirata da feira.

Ah, e tem mais: Call of Duty não entra nessa regra. Esse aí é próprio, precisa remunerar o Ultimate se quiser no lançamento. Porque simples, é o jogo que mais vende. Imagina dar de perdão no Premium? O Phil Spencer teria que vender os rim no Mercado Livre.

Call of Duty: o prato principal só no projecto dispendioso

Quem quiser jogar o novo Call of Duty: Black Ops 7 no lançamento sem gastar mais R$ 400 no jogo completo vai ter que assinar o Game Pass Ultimate. E não é aquele precinho camarada, não. Subiu de R$ 60 para R$ 120. Dobrou. Igual conta de luz com ar-condicionado no verão.

E aí você pensa: “Ah, mas no Ultimate vem coisa boa, né?” Bom… vem o Clube Fortnite, que dá o Passe de Guerra e 1.000 V-Bucks por mês. Ou seja: a Microsoft dobrando preço e te vendendo moeda virtual de jogo que já é de perdão.

Também vem o Ubisoft+ Classics, porque zero diz mercê restrito porquê poder jogar Assassin’s Creed Syndicate de 2015 pela 37ª vez.

O Premium ainda tenta te seduzir

No Premium, além da fileira de espera eterna pelos lançamentos, você também ganha joguinho na nuvem interminável e menos tempo de fileira pra jogar. Porque aparentemente agora até streaming de jogo virou fileira de panificação.

Tem também multiplayer online incluso (ah vá, 2025 e ainda tem empresa vendendo multiplayer porquê luxo), alguns benefícios extras dentro dos jogos e até 50 milénio pontos por ano no Microsoft Rewards. Que lícito, pontos que valem menos que vale-alimentação em final de mês.

A estratégia da Microsoft: complicar o simples

Antes a coisa era direta: você assinava, jogava, ficava feliz. Agora não, temos camadas de assinatura, nomes chiques, benefícios picotados e preços no duplo. Parece até projecto de operadora de celular.

E eu pergunto: será que precisava? Ou será que a Microsoft percebeu que o Game Pass estava bom demais pros jogadores e resolveram dar uma “equilibrada”?

Sabe o que isso parece? O famoso “primeiro a gente conquista com paixão, depois com boleto”.

A ironia da coisa toda

Enquanto isso, o exposição solene é sempre o mesmo: “Estamos oferecendo mais valor ao jogador”.
Mais valor, simples, porque agora você pode remunerar o duplo por um pouco que antes custava metade. É o tipo de matemática que só a Microsoft e postos de gasolina entendem.

E sobre a exclusão de Call of Duty do Premium? É quase poético: a empresa compra a Activision por bilhões e, em vez de usar isso pra turbinar o serviço, coloca uma parede de vidro entre você e o jogo mais popular da morada.

É porquê se comprassem uma pizzaria, mas dissessem que a pizza mesmo só sai no delivery premium, no indispensável você recebe o guardanapo.

O problema maior: crédito do jogador

Essas mudanças mostram uma coisa feia: a Microsoft tá cada vez mais olhando pro Game Pass porquê instrumento de lucro súbito e não porquê plataforma de crédito. A galera assinou acreditando que todo lançamento da Microsoft viria no Day One, porque essa era a promessa original. Agora temos exceções, camadas, planos diferentes… e mais dispendioso.

Hoje é Call of Duty. Amanhã pode ser Elder Scrolls VI, Halo, Gears. Quem garante que esses também não viram “restrito do Ultimate”?

Enquanto isso, na concorrência…

A Sony ainda não sabe recta o que fazer com o PlayStation Plus, mas pelo menos não tenta complicar tanto. O Nintendo Switch Online? Te ofídio pra jogar Mario Kart de 2014, mas pelo menos é barato.

E no PC? Bom, no PC você só abre a Steam e compra o jogo. Não tem esse malabarismo de projecto premium, ultimate, gold, platinum, deluxe edition. Quer jogar? Compra. Simples. O PC ainda é o único lugar que não trata o jogador porquê cobaia de projecto de saúde.

Palavras finais do Zeca revoltado

O Game Pass Premium é basicamente o projecto “pague, mas espere sentado”. O Ultimate é o projecto “pague o duplo, receba Fortnite e Assassin’s Creed vetusto porquê brinde”.

No final, o jogador sai perdendo, porque a Microsoft pegou o que era simples, justo e direto e transformou numa salada de marketing. E pior: sem vergonha nenhuma de inflectir o preço.

E eu digo: se a teoria era tornar o Game Pass menos atrativo, parabéns, missão cumprida. A grande veras é que o FINADO Game Pass era bom demais pra ser verdade, não é mesmo?

Agora, se me dão licença, vou jogar meu backlog infinito da Steam, porque lá ninguém me diz que vou precisar esperar um ano pra acessar o que já comprei.

Fonte

Conteúdos que podem te interessar...