Hollow Knight: Silksong finalmente chegou e parou a internet. Não teve loja que não travou, não teve gente no mundo dos games que não ficou sabendo. Mas junto com o lançamento veio também a chuva de reclamações. E aí a incerteza aparece: será que elas fazem sentido mesmo.
Em um recente vídeo em nosso meato do YouTube, comentamos justamente sobre isso. A dificuldade virou tarifa principal, mas eu também aproveitei para dividir minhas primeiras impressões depois de muitas horas com o jogo no Switch 2. Foram de 12 a 15 horas até agora – talvez até mais, já que o jogo nem mostra recta o tempo. E eu confesso que estou esgotando cada esquina do planta antes de subir para a segmento de cima da história.
O jogo é sim difícil, ninguém pode negar. Só que, ao menos para mim, até agora ele está em um nível admissível, mesmo que em alguns momentos pese um pouco a mão. O problema é que ele já começa jogando na rosto do jogador situações que assustam, uma vez que chefes que tiram duas máscaras de vida com unicamente um toque logo no prelúdios. Isso faz muita gente desistir cedo demais. Tanto que no PC já existem mods para diminuir esse impacto, mas eu, sinceramente, acho que isso quebra a experiência.
Silksong não foi feito para pegar ninguém pela mão. Ele exige paciência, reparo e, principalmente, exploração. Quem não entendeu isso logo de rosto está sofrendo muito mais. Eu mesmo, por exemplo, comprei uma chave simples logo no início e abri uma porta que me deu um brasão importante. Esse pormenor mudou completamente a forma de brigar a Hornet e facilitou até os saltos nas flores – justamente uma das partes que mais gente está reclamando.
Agora, se você nunca jogou alguma coisa uma vez que Hollow Knight ou títulos parecidos, a experiência pode realmente assustar. O jogo não perdoa, seja nas batalhas contra chefes, seja na plataforma. E sim, enfrentar chefes com minions é cruel, confunde e bagunça a cabeça. Mas também abre oportunidades, porque é justamente nesse caos que você encontra janelas de evolução uma vez que jogador.
Eu ainda não cheguei nos trechos mais falados da comunidade, uma vez que o tal guardião, mas até agora tenho visto um padrão: toda dificuldade pode ser superada se você parar, respirar e aprender os movimentos. Simples, às vezes a intervalo entre um banquinho e o sítio do dirigente é exagerada e cansa refazer o caminho. Esse talvez seja o único erro de design até agora.
De resto, a experiência é tudo o que eu esperava. Explorar cada bioma, cada cenário, cada inimigo traz aquela sensação de invenção jacente. É o tipo de jogo que sempre te faz querer jogar “só mais um pouquinho” para ver o que tem na próxima espaço. E essa é a magia de Silksong.
Mas uma coisa precisa permanecer clara: esse não é um jogo para relaxar. Ele é feito para testar seus limites, irritar, forçar você a ter paciência. Se você não tiver tempo ou disposição para isso, provavelmente não vai curtir. A Team Cherry deixou evidente que não quer penetrar mão dessa visão criativa. E, sinceramente, eu acho que é justamente aí que está o valor do jogo.
Silksong é difícil, mas não injusto. É duro, mas recompensador. E, no termo, só quem admitir esse pacto com a dificuldade vai realmente aproveitar tudo o que ele tem a oferecer.
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