Início » Hotel Barcelona é um banho de sangue divertido e doido

💾 Por RumbleTech, o tiozão que jogou ALIENS no ZX Spectrum, quando o verdadeiro pavor era o fragor da fita cassete travando no meio do load. O inferno boutique que só o tio Rumble sobreviveria.
Você aí que acha que conhece jogo estranho porque jogou Control ou Alan Wake II, deixa eu te narrar: HOTEL BARCELONA é o tipo de game que parece ter sido escrito por dois japoneses geniais (Suda51 e SWERY, simples) depois de um moca com LSD servido num cinzeiro de motel.
É gore, é confuso, é estiloso, e — pra alegria do meu coração gamer envelhecido — é pleno de serras elétricas e culpa existencial.
Você joga uma vez que Justine, uma agente federalista que sofre um acidente e acorda possuída por um serial killer chamado Dr. Carnival. Sim, parece roteiro de romance mexicana dirigida pelo Tarantino, e é por isso mesmo que funciona.
O hotel? Um limbo dimensional pleno de assassinos, cultistas e psicopatas armados com motosserras.
Sério, parece o lobby do Reddit às três da manhã.
Entre um galeria ensanguentado e outro, Justine tenta entender o que tá acontecendo, enquanto você tenta entender quem achou que esse enredo fazia sentido.
O jogo é um side-scroller de ação com espírito de roguelite e coração de trevas. E o sistema mais insano cá é o dos Phantoms — cada vez que você morre, uma sombra sua aparece refazendo tudo que você fez.
Quer proferir, o jogo basicamente cria seu próprio clone pra trabalhar de perdão. É tipo capitalismo místico: morre, volta e continua o serviço sem salário.
Mas, piadas à secção, o sistema é genial. Morreu dez vezes? Venustidade, agora você tem dez fantasmas lutando contigo. É o único jogo em que falhar é literalmente aglomerar experiência — e mão de obra.
A Justine é uma mistura de Ripley com Dante de Devil May Cry, só que com menos carisma e mais problemas internos. Ela bate, pula, gira, desvia e ainda solta um peculiar digno de show pirotécnico de churrasco.
O Skull Gauge — a barra de peculiar enxurro de sangue — é o tipo de mecânica que o gamer raiz respeita.
Você precisa matar, tomar dano e suar pra encher o medidor… e, quando usa, limpa a tela uma vez que se tivesse invocado a Dilma com um lança-chamas.
O combate é fluido, brutal e às vezes até bonito, uma vez que presenciar a um balé de desmembramento.
Mas confesso que até pegar o ritmo morosidade — nas primeiras horas, Justine parece estar empunhando um liquidificador sem botão turbo.
O tal Hotel Barcelona parece um intercepção entre o Overlook de O Iluminado e o porão do Resident Evil 7.
Tem monstros saindo das paredes, portas trancadas com mistério e um bartender que parece saber mais que todo mundo.
Dá pra trocar itens por orelhas humanas (sim, orelhas — porque moeda é coisa de jogo momice). E ainda tem um monstro no armário que faz upgrade nas suas habilidades. Ou seja, o quarto do hotel é basicamente uma startup de mutilação.
Mas o tio cá tem que ser justo: o design é lindo, com iluminação intensa e cores de boate dos infernos.
Tem vibe de VHS arranhado e trilha sonora de pesadelo com sintetizador.
Meu maior problema com o jogo é que ele morosidade pra pegar no tranco. Nas primeiras horas, o combate parece um beat ‘em up preguiçoso. Mas depois que você desbloqueia umas armas novas e junta uns Phantoms, o jogo vira um festival de chacina e caos — tipo feriado prolongado na UERJ.
E, olha, a curva de aprendizagem é brutal. Você vai morrer mais que o Kenny de South Park, mas pelo menos seus fantasmas vão te simbolizar muito no pós-vida.
Dá pra jogar cooperativo com até três pessoas, mas você tem que remunerar pra isso. Sim, o jogo que literalmente te faz trabalhar com clones ainda quer cobrar taxa sindical.
Quer invadir o jogo de alguém e matar a Justine alheia? Pode. Mas vai custar mais dispendioso que a diária do próprio hotel.
Eu sei que é piada de mau paladar, mas cobrar pra jogar em modo cooperativo num jogo que gira em torno de clones gratuitos é de uma ironia poética.
Visualmente, o jogo é um mimo. As animações são rápidas, as partículas de sangue voam uma vez que fogos de artifício do inferno, e os chefes têm design digno de No More Heroes — o que faz sentido, já que o Suda51 tá envolvido.
Só que, sinceramente, faltou o toque de insanidade que a gente esperava. O jogo é do Suda e do SWERY, mas tem menos loucura que Deadly Premonition num domingo de sol.
A trilha sonora é top — mistura jazz macabro com riffs de guitarra que parecem saídos de um clipe do Danzig. E o som do Skull Gauge enchendo é quase sensual. Se o fragor do motion tracker em Alien Isolation te dava nervoso, esse cá vai te dar gastrite.
HOTEL BARCELONA é o tipo de jogo que você joga, morre, ri, morre de novo e pensa: “esse cá, se fosse dos anos 80, virava mito de fliperama.” Ele tem o DNA da velha guarda — reptador, pleno de personalidade e completamente sem vergonha de ser bizarro. Não é perfeito, nem tenta ser. É violento, confuso e absurdamente risonho. É o tipo de jogo que te dá um tapa, pede desculpa, e te dá outro só pra prometer. É tipo aquele hotelzinho barato que você suplente achando que vai dormir — e acaba fugindo de um serial killer com uma serra elétrica. É sujo, barulhento e completamente doente — mas caramba, que delícia de bagunça pixelada.

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