INDIKA chega ao Switch com freira, diabo e filosofia

INDIKA chega ao Switch com freira, diabo e filosofia

3 minutos 06/09/2025

A madre que é amiga do tinhoso!

Em INDIKA, você não controla um herói com gládio flamejante nem um mercenário pleno de cicatriz. Não, senhor. Cá você joga porquê uma madre tentando sobreviver à vida monástica chata e, no meio do caminho, faz amizade com… o próprio diabo.

Sim, você leu patente. É tipo “As Aventuras de Tintim”, só que versão Dostoiévski com Lúcifer de sidekick.

A Odd Meter descreve porquê “um indie que não tem temor de misturar o sagrado e o temporal”. Traduzindo: é um jogo que provavelmente deixaria sua vó benzendo o Switch com arruda se visse a tela.

Filosofia russa meets gameplay estrambólico

A ambientação é uma Rússia do século XIX reimaginada. Ou seja: você tem neve, sofrimento, camponeses ferrados e, simples, muito existencialismo. É quase um livro do Dostoiévski, só que em terceira pessoa e com puzzles bizarros no meio.

Exploração atmosférica? Tem.

Humor sombrio? Tem.

Mini-games em pixel art revelando pretérito traumático? Tem também. Porque zero diz “diversão” porquê mourejar com o próprio traumatismo em 16 bits.

Mas e no Switch, porquê vai ser?

A pergunta é sempre essa: vai rodar?

No PC, INDIKA roda liso, com gráficos estilosos.

No PS5 e Xbox, roda lindo, dá até pra ver a sentença de desespero da madre em 4K.

No Switch… bom, talvez a madre apareça com serrilhado na batina e o diabo com queda de FPS.

Mas isso é segmento do charme. Switch é aquele console que pega jogo pesado e faz parecer arte abstrata.

Física da fé: puzzles e escolhas

O jogo é pleno de enigmas e dilemas, mas não no estilo Resident Evil de repuxar caixote. Cá o puzzle é existencial. Você e o diabo discutem moralidade, escolhas, a vida, o universo e tudo mais. É tipo jogar videogame e ao mesmo tempo fazer terapia existencialista.

E o melhor: o diabo não é só tentador, ele é companheiro de viagem. Um sidekick sarcástico que faria inveja até ao Claptrap de Borderlands.

O toque indie insano

O que deixa INDIKA peculiar é que ele é dissemelhante de tudo:

Não é RPG de loot.

Não é shooter genérico.

Não é jogo de fazendinha.

É simplesmente uma madre descobrindo a vida com o diabo ao lado. É tão aleatório que só podia ser indie mesmo. E pra completar, o jogo foi feito por um estúdio que saiu da Rússia e foi pra Cazaquistão. Sim, Cazaquistão, a pátria do Borat. Isso já garante +10 pontos de autenticidade cultural.

Física + fé + filosofia = GOTY?

Não é jogo de tiro, não é soulslike, não é clone de Zelda. INDIKA é dissemelhante. E sabe o que é engraçado? Esse tipo de jogo, estrambólico e filosófico, costuma marcar. É aquele que você lembra daqui 10 anos:
“Lembra daquele indie da madre que andava com o diabo no Switch?”

Edição física com trilha sonora

Se você quiser bancar o fanático, vai ter versão física com trilha sonora solene. Porque zero melhor do que rezar ouvindo OST de madre existencialista.

INDIKA no Switch é a prova de que a Nintendo aceita qualquer maluquice, desde que caiba num cartucho. E vamos ser sinceros: se você já joga Pokémon em console que engasga, por que não jogar uma madre filosofando com o diabo no busão?

É bizarro, é filosófico, é indie, é INDIKA. E se não for GOTY, pelo menos garante uns memes maravilhosos.

Fonte

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