Início » Islands & Trains é o simulador de trenzinhos mais fofo
O sandbox relaxante que mistura modelismo, blocos e originalidade num oceano de calmaria. Leia as impressões da Magali!
Ai, gente… vocês já jogaram um pouco tão fofo, tão pacífico, tão absurdamente deleitável que, no meio da jogatina, vocês se pegaram sorrindo pra tela sem motivo nenhum? Pois é. Foi exatamente isso que aconteceu comigo com Islands & Trains, esse simulador de trenzinhos minimalista da Mesh Media que parece ter sido feito sob medida pra quem precisa desligar o cérebro, respirar fundo e erigir coisinhas bonitinhas em blocos até o sol se pôr — e talvez nascer de novo.
Mas calma: isso não quer manifestar que o jogo é perfeito. Aliás, ele tem umas manias que dariam nos nervos até do mais zen dos budistas. Mas, sabe aquela filosofia TDAH de “ai, eu tô irritada, mas olha essa casinha, que fofa”? Pois é. Eu fiquei horas nesse ciclo.
Logo de face, o jogo já te entrega um mar sossegado e infinito. Você começa num espaço vazio, porquê uma tela em branco, e o jogo diz: “Vai lá, cria o teu mundo.” E aí pronto. Eu surtei. 😂
Você pode erigir ilhas conjunto por conjunto, tipo LEGO do dedo, e depois enchê-las de casinhas, florestinhas, castelinhos e — simples — os trilhos por onde seu trenzinho vai desfilar, majestoso, porquê se dissesse: “Olha, eu posso não ser um simulador hardcore, mas tô desfilando na passarela da fofura!”
É um sandbox sem pressa, sem objetivo, sem placar e sem inimigos. Só você, o som das ondas, e uma locomotiva que aceita ser pintada de roxo (sim, eu fiz isso, e ficou linda).
Tá, agora vem a secção que me fez querer chorar e rir ao mesmo tempo. Islands & Trains usa um sistema de construção em grade, blocozinho por blocozinho, sem utensílio de pincel, sem imitar e grudar, sem “desfazer” (sim, sem Ctrl+Z, gente!).
Portanto imagina eu, toda empolgada, tentando fazer um arquipélago em formato de coração… e acidentalmente colocando uns cinco blocos errados porque a câmera girou na hora errada. 😭
E o pior: não dá pra desfazer. Você tem que ir lá, manualmente, deletar conjunto por conjunto. É tipo fazer crochê e perceber que errou um ponto 20 minutos detrás.
Mas o jogo é tão bonitinho que, ao invés de jogar o controle na parede, eu só suspirei e pensei: “Tá bom, universozinho, você venceu. Eu vou arrumar tudo.”
Agora, cá vem a secção que mais divide opiniões (inclusive a minha, rs): você só pode ter UM trem por planta.
Sim, o nome é “Islands & Trains” — no plural — mas na prática é Island & One Train. 😅
Não me entenda mal, o trenzinho é um amorzinho. Ele anda direitinho pelos trilhos, faz barulhinhos suaves, e até solta fumaça fofinha que parece algodão. Mas ai, porquê eu queria ver DOIS trens se cruzando num viaduto, tipo “Uau! É o caos organizado!”
Essa limitação deixa o jogo um pouquinho mais solitário do que deveria. Seria tão legítimo ver o meu trem lilás cruzando com outro azulzinho, tipo dois melhores amigos se cumprimentando em meio às colinas pixeladas.
Além da limitação dos trens, tem uns outros detalhezinhos que me deixaram dividida. Por exemplo: nem todos os trilhos são espelháveis (isso complica demais quem tem toque de simetria, tipo eu 😭). E certas peças, tipo arcos de forte, não deixam você passar trilhos por inferior — o que, pra mim, é um perversão arquitetônico.
Mas o engraçado é que, apesar desses pequenos dramas, Islands & Trains nunca me fez sentir “presa”. Ele tem aquele jeitinho terapêutico de jogo lento, que recompensa paciência e imaginação. Eu esquecia da hora enquanto construía uma floresta inteira só pra ver o trenzinho passar no meio dela.
Gente, o som desse jogo é tipo ASMR embuçado de trilha sonora. Tem o fragor suave das ondas, o clack-clack dos trilhos, os sininhos das estações, e uma musiquinha que parece ter sido feita pra te dar pescoço.
É impossível não sentir uma pontinha de sossego jogando isso. Às vezes eu só deixava o trem rodar sozinho e ficava olhando, tipo “olha só que bonitinho o revérbero do pôr do sol na chuva”.
E o visual é um charme à secção — uma mistura de maquete de modelismo com diorama do dedo. As cores são pastéis, o luz do mar é cintilante, e os efeitos de luz mudam conforme o horário do dia. Sério, eu tirei mais screenshots do que em qualquer RPG da Square Enix.
Talvez o que mais me marcou em Islands & Trains seja que ele não tenta te desafiar. Ele não quer te vencer. Ele só quer ser companhia. É um jogo sobre montar, desmontar, contemplar e reencetar.
E sabe o que é mais bonito? Ele me fez pensar em quando eu era gaiato e ficava montando trilhos de brinquedo no pavimento da sala, conectando pedaços até o tremzinho de rima dar a volta inteira.
Islands & Trains é isso: uma missiva de paixão à originalidade sem pressa. Um lembrete de que às vezes tudo que você precisa é de um lugar seguro pra recrear — mesmo que o “recrear” seja do dedo.
Se eu pudesse pedir uma coisa pros devs da Mesh Media, seria só: “Gente, deixem eu ter dois trens, por obséquio.” 😭
Mas também adoraria ver novas peças, automatizações e climas diferentes. Imagina erigir ilhas com neve, ou fazer um trem fantasma passando por um túnel escuro? Ai, eu pago o DLC sorrindo!
Mesmo com suas limitações, Islands & Trains é um daqueles jogos que a gente guarda na livraria e volta quando o mundo tá pesado demais.
Islands & Trains é um jogo sobre a formosura da calma. Sobre o prazer de montar um pouco só porque é bonito, não porque vai te dar XP ou troféu. É um daqueles títulos que não precisam de um “final”, porque o próprio processo de jogar já é a recompensa. Sim, ele tem limitações. Sim, às vezes é meio quadro demais. Mas ele é também um lembrete de que o mundo precisa de mais trens… e menos pressa. 🚂💭
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