Início » Japoneses enfrentam OpenAI: Sora 2 e o roubo criativo

Sora 2, copyright e o déjà-vu do dedo: o Japão perdeu a paciência (e com razão)!
Olha… se eu ganhasse um iene toda vez que uma empresa de IA usa material alheio “sem perceber”, eu já teria comprado a SEGA inteira e ainda sobrava troco pra uns fliperamas de Virtua Fighter.
Mas o que rolou agora foi digno de romance cyberpunk: as gigantes japonesas — Square Enix, Bandai Namco e Kadokawa — resolveram retirar a ouvido da OpenAI, exigindo que o padrão de vídeo generativo Sora 2 pare de “se inspirar demais” em teor nipónico.
E não é pouca coisa. A denúncia veio com selo solene da CODA (Content Overseas Distribution Association), uma entidade criada a pedido do próprio governo nipónico pra proteger a cultura do país e combater pirataria. Traduzindo: o bicho pegou.
Segundo a CODA, Sora 2 anda cuspindo vídeos e imagens que lembram, digamos, um pouquinho demais certos trabalhos japoneses.
Eles afirmam que uma “grande porção” do teor gerado pela instrumento é claramente derivada de obras nipônicas — de estilos de arte até composições e personagens — e que isso sugere o uso de material protegido por copyright nos dados de treinamento.
Ou seja: a IA tá pegando o DNA do Japão, jogando no liquidificador do algoritmo e vendendo uma vez que smoothie criativo.
Parece uma sequência opção de Ghost in the Shell, mas é só mais uma terça-feira no mundo do aprendizagem de máquina.
E pra piorar, a OpenAI ainda teria respondido que os detentores de direitos podem “optar por transpor” do treinamento da IA.
O Japão, sempre metódico, basicamente respondeu:
“Opt-out o caramba. Cá, precisa pedir permissão antes, não depois.”
Touché.
O problema é macróbio: IA aprende com tudo o que vê. Mas quando esse “tudo” inclui décadas de arte, mangá, jogos e animações japonesas, a risco entre influência e plágio tecnológico fica mais fina que o traço de Akira Toriyama.
E convenhamos — o Japão é o país mais obcecado com propriedade intelectual do planeta.
Estamos falando de um povo que registra até a sombra do Pikachu.
Logo encontrar que ia passar vencido um padrão de IA cuspindo um tanto que parece um trailer de Final Fantasy XVI com o filtro “feito no Paint” é no mínimo… ingenuidade.
Não é uma vez que se o Japão não tivesse avisado: a indústria cultural de lá é o motor da economia criativa do país, e mexer com isso é cutucar um vespeiro de advogados com katanas.
Tem um tanto quase poético (ou trágico) nisso tudo. O Japão foi o princípio de praticamente toda a estética futurista e tecnológica que moldou a cultura pop — Akira, Evangelion, Ghost in the Shell, Metal Gear Solid, Cyberpunk 2077 (sem o Japão, esse jogo seria só “Polônia com neon”).
E agora esse mesmo Japão tá vendo o porvir — no caso, a IA — usar suas criações uma vez que combustível, sem crédito, sem licença, sem nem expressar “arigato”.
Dan Houser, ex-Rockstar, diria que “não funciona”. Mas no caso da OpenAI, funciona até muito demais — e esse é o problema.
A discussão cá é maior que o Japão.
Todo o mercado criativo tá tentando entender onde termina a inspiração e começa o roubo automatizado.
Modelos de IA uma vez que o Sora 2 são capazes de gerar vídeos tão convincentes que parece que saíram direto da Bandai Namco ou da Ufotable — mas se a base desses vídeos foi o trabalho original dessas empresas, a moradia cai.
E vamos ser sinceros: se Sora 2 tivesse aprendido tudo com produções ocidentais, provavelmente só sairia coisa tipo “varão genérico com barba e arma em cenário cinza chorando por traumas de guerra”.
Mas não. Ele aprendeu com o Japão. Resultado? Formosura, emoção, drama, e um toque de weirdness que só o oriente consegue entregar.
Ou seja: roubou o tempero da cozinha e ainda quer vender o prato uma vez que “cozinha de fusão”.
As editoras envolvidas não são qualquer zé-ninguém:
Square Enix, guardiã dos cristais, dos moogles e dos cabelos aerodinâmicos.
Bandai Namco, que basicamente imprime verba com Tekken e Dragon Ball.
Kadokawa, a editora que domina metade do mercado de anime, light novels e adaptações de isekai que ninguém pediu.
Essas três juntas fazem mais fragor que Sephiroth descendo da escada com a trilha de corais.
E se elas resolverem restringir o cerco lítico, pode apostar que a OpenAI vai precisar de mais que advogados — vai precisar de um Phoenix Down jurídico.
Enquanto o Japão coloca limites, outros estúdios estão testando as águas.
A Krafton, de PUBG e Subnautica 2, já declarou ser uma “AI-first company”. Ou seja, enquanto uns puxam o freio de mão, outros estão pisando fundo no acelerador do carruagem sem volante.
E o resultado vai ser o quê? Um acidente de proporções metaversianas.
Phil Spencer, da Microsoft Gaming, já tentou acalmar o público dizendo que o uso de IA da empresa é “principalmente para segurança e moderação do Xbox Live”.
Mas sabemos uma vez que isso começa: hoje é pra banir tóxicos, amanhã é o CortanaGPT roteirizando Halo 8.
O que tá acontecendo agora me lembra o que vivi lá detrás, quando o pessoal trocava jogos em disquete e dizia: “não é pirataria, é compartilhamento”. Pois é. O problema é o mesmo — só mudou a solução da tela.
Antes eram bits, agora são datasets.
No fundo, a IA é o Napster da arte moderna: irresistível, genial e completamente problemática. E o Japão, que sempre levou sua cultura a sério, tá dizendo o óbvio que o resto do mundo finge não entender:
“Se você vai aprender com a gente, pelo menos pede licença antes, caramba.”
Sora 2 é lustroso, terrificante e inevitável — tipo aquele colega de laboratório que sabe tudo de programação, mas “esquece” de referir as fontes.
O porvir é lítico e tudo mais, mas se até os caras que criaram Final Fantasy VII estão reclamando, é sinal de que talvez o “progressão tecnológico” tenha pretérito da risco do bom siso.
E sinceramente? Se Sora 2 iniciar a gerar um novo Chrono Trigger com gráficos de PS6… eu vou ver, mas com culpa no coração.

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