Jogamos | Bacterian: Sokoban foi infectado e agora precisa de antibiótico | GameHall

Jogamos | Bacterian: Sokoban foi infectado e agora precisa de antibiótico | GameHall

4 minutos 27/09/2025

RumbleTech na espaço, aquele tiozão que já zerou jogo em fita K7 que demorava 20 minutos pra carregar e ainda falhava na última risca.

Agora aparece esse tal de Bacterian, da empresa Error 300 (sim, o nome já parece piada pronta: erro 300, servidor não encontrado, mas o jogo tá aí). E a proposta é simples: pegar Sokoban, misturar com vírus assassinos e jogar você no papel de célula imune ninja. Pronto, tá explicado.

História?

Você é basicamente um glóbulo branco bombado de ateneu, tipo o All Might versão microscópica, empurrando patógeno pra lá e pra cá enquanto tenta salvar o corpo humano. Não tem cutscene de Oscar, não tem Kojima explicando em 8 horas por que você existe — e ainda muito. O jogo olha pra você e fala: “cá tem germes, detona eles, ou morre tentando”.

É narrativa minimalista, estilo “manual de remédio”, mas com ação. E vou te falar: funciona. É direto, é prático, é uma vez que tomar dipirona sem receita.

Jogabilidade: Sokoban do inferno com monstros no cio

Pensa no clássico Sokoban: você empurrando caixinha, arrumando puzzle, tudo calminho. Agora imagine que as caixinhas se mexem, te atacam, se multiplicam e ainda riem da sua rostro. É isso que Bacterian faz.

Cada nível é um quebra-cabeça que dura pouco… mas a tensão é tanta que parece final da Libertadores com pênalti. Você precisa planejar movimento, mas também reagir rápido porque os micróbios não estão ali de enfeite. Eles se mexem, te cercam, e se você permanecer parado pensando demais, já era.

É tipo jogar xadrez contra um enxame de mosquitos dentro do quarto: a teoria é formosa, mas na prática você sai pleno de picada.

Estilo e visual: Pixel art honesta

O jogo tem rostro de indie que não tenta ser mais do que é. Pixel art direta, sem firula, mas charmosa. Tudo é evidente, você entende quem é você, quem é inimigo, e quem vai ferrar sua vida em dois segundos. Não tem cenário 4K pleno de revérbero, não tem RTX, mas sinceramente… quem precisa de RTX pra esmigalhar vírus?

A trilha sonora não vai virar hino de torcida, mas faz o trabalho de fundo: mantém você em modo alerta, tipo música de dentista misturada com techno.

Dificuldade: quando tudo vira Dark Souls bacteriano

No prelúdios, é tranquilo, você pensa “ah, facinho”. Aí o jogo dá aquela risadinha maligna e solta inimigos mais rápidos, mais chatos, e logo você tá apanhando mais do que o Sub-Zero em Mortal Kombat 1.

A curva de dificuldade é um tanto sádica: de repente, você não tá mais jogando puzzle, tá implorando misericórdia. É o tipo de jogo que ensina humildade: você passa cinco fases se achando Einstein e na sexta descobre que é só mais um otário com teclado.

Comparações inevitáveis (porque sou tiozão)

Sokoban: a base, mas cá é uma vez que se as caixas resolvessem formar sindicato e te processar.

Into the Breach: tem aquela vibe de prever movimentos, mas com menos classe e mais bactéria.

Pac-Man: lembra a corrida frenética nos corredores, só que sem as frutinhas de bônus e com micróbios querendo arrancar seu fígado.

Resident Evil (modo ironia): você também enfrenta vírus, mas cá o único item de tratamento é sua própria esperteza.

O que a galera do Steam tá dizendo?

Até agora, todo mundo batendo palma: 100% de análises positivas nas primeiras semanas. A galera curtiu a mistura de puzzle com ação e o clima caótico. Evidente, sempre tem uns comentários do tipo “pode permanecer repetitivo” ou “precisa de mais variedade”, mas no universal o povo saiu satisfeito.

E olha, considerando que é um indie pequenino, já trespassar com “Mostly Positive” e gente pedindo mais níveis é vitória. Melhor que muito AAA bugado que custa 400 narrativa e te entrega tela azul.

Desfecho do RumbleTech

Bacterian é aquele tipo de jogo que parece simples, mas esconde um coração cruel. É viciante, é direto, é desafiante, e às vezes é injusto. Mas sabe de uma coisa? Funciona. É indie feito pra quem gosta de tolerar com estilo — e por um preço justo.

Eu, que já soprei cartucho de Akernaak no MSX achando que isso expulsava espírito maligno, digo com tranquilidade: Bacterian é uma boa pedida pra quem curte puzzle com adrenalina.

E segura aí: em breve teremos a estudo completa de Bacterian, destrinchando cada pormenor desse delírio bacteriológico.

Fonte

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