Jogamos | Noble Legacy: aldeões burros e caos medieval

Jogamos | Noble Legacy: aldeões burros e caos medieval

4 minutos 02/10/2025

Virei senhor feudal e descobri que camponês é mais preguiçoso que eu em segunda-feira!

Olha só, meus nobres! Noble Legacy, do pessoal da Studio 369, chegou em agosto de 2025 no Steam em Early Access prometendo a fantasia que todo gamer já teve um dia: largar o tarefa, assumir um fortaleza caindo aos pedaços e mandar nos aldeões porquê se fosse o Roberto Justus medieval. Só que cá, em vez de “você está exonerado”, o bordão é “você está com lazeira, má sorte o seu”.

E sim, eu testei. Construí, sofri, mandei camponês plantar cenoura e ele resolveu permanecer parado olhando pro zero, provavelmente pensando em quem inventou imposto feudal.

A tal “história”

A lore é essa: você volta das guerras pra reclamar seu pedaço de terreno antigo em Greenwood. Só que, surpresa: é um lixão de vilarejo falido, estrada esburacada e camponês com rosto de “vai dar ruim”.

É o famoso “pega essa explosivo e transforma em reino próspero”. Basicamente, o dev jogou SimCity, curtiu, botou roupinha medieval e pronto.

E ó: até que funciona. A ambientação é formosa, solzinho batendo nas cabanas, aldeões fofocando na terreiro, aquela vibe de romance da Record com figurino de cavaleiro. Só que às vezes parece mais romance das seis que RPG heróico: o drama nunca explode de verdade.

Jogabilidade: o sonho e a veras! Construindo o poderio (ou tentando)

Você pode edificar casinhas, oficinas, plantações… tudo bonitinho. De repente sua vila começa a parecer alguma coisa decente. Mas aí o bug vem: camponês recluso na parede, penosa atravessando o soalho e rachador que esquece que machado existe.

É Early Access, ok. Mas tem hora que dá pra jurar que os devs estão testando minha paciência medieval.

A terceira pessoa “imersiva”

A sacada boa: você não só fica olhando o planta lá de cima. Dá pra entrar em terceira pessoa e marchar na sua cidade, conversar, ouvir o povo reclamar que não tem pão. É lítico… até você perceber que seu personagem anda mais travado que boneco de PS1.

Mas admito: ver o pôr do sol entre telhadinhos de palha dá uma vibe relax que nenhum Call of Duty entrega.

IA dos aldeões (ou a falta dela)

Os devs juram que a IA é “dinâmica”. E é mesmo: dinâmica pra fazer burrada. Um camponês feliz colhendo trigo de repente desiste, deita e morre de lazeira porque não encontrou a cozinha… que tava do lado.

Reputação? Sim, existe. Se a galera não curtir sua gestão, eles somem da vila. O que me deixou na incerteza: será que eles foram embora ou ficaram bugados dentro da parede da taverna?

O Workshop que salva

Planos futuros incluem Steam Workshop, prefabs e tudo aquilo que a comunidade vai usar pra fazer fortaleza da Hello Kitty no meio da floresta. Aí sim vai ser recreativo.

O que a galera tá falando no Steam

“Gostei do visual, mas falta teor.” Tradução: joguei 3 horas, gostei, mas depois ficou mais repetitivo que ouvir a mesma música na rádio.

“Os aldeões são carismáticos.” Tradução: até o bug do camponês atravessando parede tem personalidade.

“Desempenho cai em PCs médios.” Tradução: se o seu PC rodar Minecraft a 30 fps, cá você constrói até a colmado e trava.

“Precisa de mais progressão.” Tradução: quero parar de plantar batata e principiar a dominar o mundo, mas o jogo ainda não deixa.

Minhas impressões (a secção em que eu sofro)

Teve um momento lindo: minha vila prosperando, cabanas todas alinhadas, camponeses felizes… até que um surto de lazeira bateu porque esqueci de edificar moinho. Resultado: metade da vila foi pro saco e fiquei olhando minha “sublime legado” virar um bairro fantasma.

Outra vez, tentei conversar com um camponês e ele simplesmente ignorou. É o verdadeiro simulador de vida real: ninguém liga pro seu título, colega.

Mas olha, quando funciona, funciona muito. Caminhar pela vila, ver a galera colhendo, ouvir martelo batendo… é imersivo. Melhor que muito AAA vazio.

Vale a pena?

Se você curte city-builder medieval, gosta de testar coisa novidade e tem paciência pra bug de Early Access, vale sim. É recreativo, bonito e promissor. Mas ainda falta tempero: mais teor, mais segurança, mais sensação de evolução real.

Se você quer jogo pronto, polido e referto de features, espera mais. Senão, vai concluir porquê eu: xingando camponês que morreu de lazeira a 2 metros da panificação.

⚔️ Aviso final: Esse foi só o JOGAMOS. Em breve teremos estudo completa de Noble Legacy, com recta a nota, comparações, e talvez até review do bug do camponês filósofo que para no meio da rua pra pensar na vida.

Fonte

Conteúdos que podem te interessar...