Judas é o novo BioShock? Ken Levine promete revolução

Judas é o novo BioShock? Ken Levine promete revolução

4 minutos 02/10/2025

O fundador de BioShock vende Judas porquê revolução, mas até agora parece mais uma lição de PowerPoint sobre “narrativa emergente”!

Olha só quem voltou, meus amigos: Ken Levine, o varão, o mito, a mito do “prometo mundos e entrego só um planta meio quebrado”. Agora com Judas, o novo projeto que supostamente vai ser “comparável a BioShock” — mas também “radicalmente dissemelhante”. Sim, a frase é dele mesmo. Tradução: você vai sentir o cheiro de Rapture e Columbia em cada esquina, mas ele vai jurar que é outra coisa.

“É tipo BioShock, mas não é, mas é…”

Ken Levine já começou o marketing no modo stand-up de filosofia gamer:

“Tem armas e poderes ao mesmo tempo” – ah, formosura, logo igual BioShock.

“Tem hacking também” – nossa, inovação nível colocar ketchup na batata frita.

“Mas o mundo, os encontros e os caminhos são diferentes” – e aí entramos no bingo da entrevista de dev: “dissemelhante”, “único”, “ruptura criativa”. Aquele textinho pronto que você já ouviu em 200 conferências do E3.

O rostro até soltou que Judas é o maior rompimento da curso dele desde System Shock 2 para BioShock. Mas calma: ruptura mesmo foi a minha sanidade esperando o trailer prometer um pouco que não vira downgrade na prática.

O papo do “LEGO narrativo”

Ken Levine tá há uns 10 anos empurrando essa teoria de LEGO narrativo. A teoria: decisões granulares, personagens reagindo de formas únicas, narrativa emergente, blá blá blá. A prática: é aquele NPC que você trata muito e ele fala “obrigado” com entonação dissemelhante. Pronto, narrativa orgânica desbloqueada.

Sério, se esse LEGO narrativo funcionar de verdade, eu mordo meu teclado mecânico. Mas já tô vendo que vai ser tipo Cyberpunk 2077: “você pode escolher qualquer coisa, desde que seja apoucar F para respeitar”.

Sistema de “Vilania”

Dessa vez, a promessa é que os vilões não são fixos porquê em BioShock. Se você ignorar ou peitar um dos três personagens centrais, ele pode virar o grande inimigo da sua jornada. Parece lindo no papel, né? Mas vamos lembrar: IA reagindo organicamente às nossas ações é quase mito urbana. A chance maior é você virar inimigo do personagem porque esbarrou nele sem querer.

Imagine só: “Parabéns, agora o fulano é seu vilão porque você pulou cutscene sem querer.” Esse é o tipo de inovação que só o Ken Levine consegue vender porquê revolução.

Judas entre System Shock e BioShock

Segundo Levine, Judas é tipo aquele meio-termo entre System Shock e BioShock. Portanto espere:

Combate parecido.

Poderzinho na mão esquerda, arminha na direita.

Filosofia de bar universitário sobre livre vontade.

E simples, muito solilóquio sibilino no rádio.

Ou seja, se Judas é um meio-termo, provavelmente vamos ter o pior dos dois mundos: a interface complicada de System Shock com a pseudo-profundidade filosófica de BioShock.

Data de lançamento: o grande mistério

Take-Two já disse que Judas chega em 2026. Isso significa que em 2027 ainda estaremos recebendo patch de correção de bug. Aposto um SSD que o jogo vai lançar incompleto, com DLC vendida porquê “expansão narrativa emergente”.

E sabe o que é pior? Vou jogar no lançamento, óbvio. Porque o marketing do Ken Levine é tipo trailer da Marvel: você já sabe que vai se decepcionar, mas mesmo assim compra ingresso na pré-venda.

O verdadeiro legado de Ken Levine

Não me entenda mal, Ken Levine é gênio criativo. Só que também é o gênio de vender fumaça com perfume custoso. Cada vez que ele abre a boca, parece que vai reinventar a indústria. Mas quando o jogo sai, você percebe que é BioShock com maquiagem novidade.

E Judas tá gritando isso desde o início. “Armas e poderes”, “vilões dinâmicos”, “LEGO narrativo”… tudo lindo. Mas já ouvi promessas parecidas em Fable, Fallout, Cyberpunk, Mass Effect… e olha só, nenhuma entregou nem 10% do que o marketing falou.

Resumindo: Judas promete ser o novo BioShock, mas com adesivo “radicalmente dissemelhante” colado em cima. Até lá, vamos seguir o show de entrevistas do Ken Levine, que é quase melhor que o jogo em si.

Se entregar metade do que tá prometendo, já vai ser um milagre maior do que boss fight sem período extra. Mas enquanto não lança, eu continuo no meu PC rodando qualquer indie obscuro a 144 fps, porque pelo menos esses não me vendem LEGO narrativo — me vendem diversão de verdade.

E aí, Levine: menos PowerPoint, mais gameplay.

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