Kizuna Encounter clássico da SNK chega ao Steam com rollback

Kizuna Encounter clássico da SNK chega ao Steam com rollback

4 minutos 11/10/2025

💾 Por RumbleTech, o tiozão que sobreviveu a controles de 6 botões, CRT de tubo e pizza fria na lan house.

Companheiro, segura o joystick porque o pretérito acabou de transpor do museu e caiu de paraquedas no Steam: Kizuna Encounter: Super Tag Battle chegou oficialmente à loja da Valve, provando que a SNK não só lembra dos velhos tempos — ela quer que você os reviva com lag zero e neon digitalizado.

E sim, é aquele mesmo jogo de 1996, aquele que fazia o fliperama feder a cigarro e fritura, mas te recompensava com o melhor sistema de troca de personagens antes de Marvel vs. Capcom ser tendência. Só que agora, ele vem com rollback netcode, modo online, jukebox retrô e uma promessa: “você vai morrer sorrindo”.

👊 “Dois contra dois, valendo a honra e as fichas”

Pra quem era pivete quando isso saiu, Kizuna Encounter foi a sequência de Savage Reign, um jogo que a SNK lançou quando achava que o mundo precisava de lutadores com armas e roupas que pareciam saídas de um carnaval de Tóquio.

Mas o diferencial cá sempre foi o sistema de tag: você escolhe dois personagens e pode trocar entre eles em tempo real — desde que esteja dentro da superfície de troca. Parece simples? Era um concepção revolucionário em 96, numa idade em que o supremo de inovação era ver o Sagat piscando no fundo do cenário.

Agora, com o relançamento no Steam, a SNK decidiu jogar o clássico no banho de loja do dedo e mandar ver:

  • Rollback netcode (sim, aquele que evita lag e salva amizades);

  • Lobbies pra 9 pessoas (porque todo mundo quer se encontrar o Terry Bogard da rodada);

  • Modo testemunha (pra ver o camarada recolher sem se comprometer);

  • Torneios automáticos (pra reviver as tretas da locadora, só que sem o cheiro de salgadinho velho);

  • E evidente, uma jukebox retrô, pra tocar a trilha e lembrar que sintetizador era o verdadeiro instrumento dos deuses.

Ah, e tá rolando 25% de desconto até o dia 18 de outubro, o que é ótimo — porque nostalgia barata é o único tipo de investimento emocional que ainda vale a pena.

💾 O que mudou (e o que continua cheirando a Neo Geo)

De rostro, o que labareda atenção é o polimento da Code Mystics, que anda cuidando das relíquias da SNK uma vez que quem lustra uma máquina de fliperama. A jogabilidade tá idêntica, mas agora roda suave, sem precisar de um técnico em 486 pra fazer funcionar.

Os personagens continuam bizarros no ponto manifesto:

  • O Sho Hayate, que parece um Power Ringir que se perdeu no metrô;

  • A Rosa, uma dominatrix que fugiu direto de um anime de VHS;

  • E o Gozu, um rostro que usa máscara de oni e é o pesadelo de qualquer controle genérico USB.

O charme do jogo é justamente isso: é exagerado, é estranho, é puro anos 90 em forma de sprite.

E o melhor: o jogo agora tem netcode decente. Isso significa que quando você errar o peculiar, não dá pra culpar o lag — vai ser pura falta de talento mesmo, meu placa.

🧠 A filosofia Kizuna: pancadaria com etiqueta

Kizuna Encounter não é sobre realismo, é sobre estilo. É aquele tipo de jogo que te dá uma gládio laser e fala “resolve com o vizinho”.

A cada round, o jogo te recompensa por dominar o espaço, prever o competidor e saber quando trocar de personagem. É um xadrez com socos, e quem inventou isso em 96 merece um prêmio de gênio subestimado.

Hoje, jogando no PC com 165Hz, você percebe o quanto esse sistema envelheceu muito. É quase terapêutico: enquanto metade dos games atuais te jogam loot boxes e microtransações, Kizuna te entrega só o substancial — revérbero, combo e honra.

🕹️ Impressões do tio que ainda tem ficha no bolso

Liguei o Steam, botei o controle arcade que já viu mais pancada que o Ken Masters, e… pimba! Logo de rostro, a intro gritou nos meus ouvidos com aquele áudio 16-bit que parece saído de um cartucho ditoso.

Dez minutos depois, eu já tava suando e xingando o monitor — o que é um ótimo sinal. O jogo é simples de aprender, difícil de dominar e pleno de momentos “WTF” que me fizeram rir cima.

O rollback? Suave. As partidas online estão estáveis, e eu consegui perder com lag de menos de 30ms, o que é quase uma bênção divina pra um velho que já jogou King of Fighters 2002 no servidor da lua.

A SNK acertou em pleno no estabilidade entre nostalgia e modernidade. Não tentaram enfeitar demais — e ainda muito. Tem jogo clássico que morre tentando ser jovem. Kizuna Encounter sabe que é velho e se orgulha disso.

Kizuna Encounter: Super Tag Battle é o tipo de relançamento que não tenta reinventar a roda — só põe pneu novo e joga na estrada do rollback.

É puro carisma SNK, com sprites cheios de estilo, combos que soam uma vez que batucada e uma jogabilidade que ainda brilha em 2025. Se você curte lutas técnicas, partidas em dupla e nostalgia em 1080p, é compra obrigatória.

Agora, se você nasceu depois de 2000 e nunca sentiu o desespero de ver “INSERT COIN” piscando, talvez ache estranho. Mas relaxa, moleque — isso cá é o Dark Souls dos fliperamas: cruel, direto e sem tutorial.

💾 Kizuna Encounter: Super Tag Battle já está disponível no Steam, com desconto até 18 de outubro.
E sim, o tio RumbleTech vai continuar testando até quebrar o controle arcade — depois volto com a estudo completa, enxurrada de sarcasmo, nostalgia e uma pitada de spray de contato eletrônico.

Fonte

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