Little Nightmares III Review: Não é a mesma coisa sem a Tarsier…

Little Nightmares III Review: Não é a mesma coisa sem a Tarsier…

7 minutos 09/10/2025

Um dos grandes desafios de Little Nightmares III desde seu pregão era manter ou superar a qualidade dos jogos anteriores da franquia, sob os cuidados da Tarsier Studios, que deixou a Bandai Namco em seguida ser adquirida pela Embracer Group.

Sob a direção da Supermassive Games, conhecida por trabalhos uma vez que Until Dawn, The Dark Pictures Anthology, The Quarry e o vindouro Directive 8020, a franquia retorna com um novo capítulo que encerra a trilogia. A desenvolvedora, que também teve contato com Little Nightmares II ao fabricar sua versão Enhanced, agora assume o protagonismo da série.

No entanto, o lançamento chega envolvido em incertezas, tanto pelo histórico recente da Supermassive, que vem sendo criticada por sua queda de qualidade no gênero de terror narrativo, quanto pela pouquidade da criadora original do universo, cuja visão única sempre foi o coração desse mundo tão marcante e carismático.

Com lançamento previsto para o dia 10 de outubro de 2025 nas plataformas PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, PC e também nos consoles Switch 1 e 2, fica a incerteza: será que o novo capítulo da franquia conseguirá invadir os fãs e preservar a núcleo que transformou a série em um sucesso tão marcante?

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Little Nightmares nunca mais será o mesmo

Vamos tirar o elefante da sala? Vou inaugurar abordando a incerteza de muita gente que é fã e adorou os dois primeiros jogos da série: Little Nightmares III mantém a núcleo dos jogos anteriores? Infelizmente, o receio que eu tinha desde que a Tarsier Studios foi adquirida e a franquia ficou nas mãos da Bandai Namco era que Little Nightmares nunca mais fosse o mesmo. E isso se concretizou com Little Nightmares III.

Toda a magia e o carisma, características da série, deixam de subsistir nesta novidade ingresso. A Supermassive até tentou, mas o que experienciei está longe de ser um pouco digno ou que toque o que a Tarsier Studios criou anteriormente. Embora o clima dos cenários te faça sentir que isso é Little Nightmares, os elementos que tornaram a experiência da franquia única e marcante deixaram de subsistir.

Levantado sobre os pilares de uma narrativa enigmática, em que cada cenário servia uma vez que uma fagulha de significado e uma pista do que cada façanha pretendia revelar, a Tarsier despertava nos jogadores um siso regular de curiosidade e tradução (um pouco semelhante ao que a FromSoftware faz em seus jogos do estilo Souls). Seus ambientes, símbolos e personagens estranhos e marcantes criavam uma atmosfera única, onde até as teorias formadas durante a jornada faziam sentido ao final da experiência.

Genérico e superficial

Tudo em Little Nightmares III soa genérico e superficial. Zero provoca pavor, pânico, susto ou sequer uma mínima tensão. É uma pena, e um pouco que eu já temia, pois isso acaba descaracterizando tudo o que foi construído com tanto desvelo nos jogos anteriores. A pouca variedade dos cenários e a pouquidade de nuances unicamente agravam uma experiência que antes era densa e enxurro de significado, mas que agora parece rasa e distante da narrativa profunda que o estúdio original sabia relatar tão muito.

Os inimigos grotescos e as perseguições, que antes eram o grande destaque da série, agora se tornaram elementos secundários, raros e sem o mesmo magnetismo. Falta mistério, falta o libido de entender quem são e qual papel desempenham dentro dessa história. Se você espera um pouco próximo do que vimos em Little Nightmares com a Lady e Six, ou em Little Nightmares II com o Varão Magro e o retorno de Six, prepare-se para uma logro. Little Nightmares III é um verdadeiro soco no estômago pela pouquidade de impacto de suas criaturas e pela repetição de cenários genéricos.

Durante toda a minha experiência, em nenhum momento me senti acuado ou envolvido pela narrativa. O que predominou foram o tédio e a frustração ao perceber no que a franquia se transformou — e no que ainda pode se tornar, caso sobreviva em seguida leste lançamento. Faltou ousadia, faltou coragem para inovar. Na verdade, faltou a Tarsier Studios. Little Nightmares III é o espelho de sua pouquidade e a prova de que a série dificilmente voltará a ser o que um dia foi. Uma pena.

Repetitivo e frustrante

Em soma, Little Nightmares III sofre com uma progressão repetitiva. Com pouca presença de puzzles, o gameplay se resume a cruzar cenários e fabricar dutos de ventilação. Há até áreas abertas, porém com o mínimo de interação.

A novidade ingresso manteve o uso de armas, um pouco que estreou em LN2. O protagonista e seu companheiro possuem um roda e uma chave de frincha, que serão utilizados em puzzles e na interação com os cenários. O problema está na introdução do roda: o uso dele em uma perspectiva 2D (que às vezes alterna sutilmente para 3D) dentro de um cenário tridimensional é problemático, pois às vezes é difícil saber se estamos mirando na direção certa do escopo. O jogo até avisa quando estamos mirando corretamente com a vibração do controle, mas, na maioria dos casos, é confuso e frustrante.

Ou por outra, mesmo com a presença do co-op, o modo não estava disponível durante o review. Vale lembrar que Little Nightmares III terá Passe de Colega no lançamento, possibilitando, assim, unicamente a compra de uma imitação do jogo para jogar com um camarada em co-op online. Infelizmente, não há co-op lugar, o que é um erro. Minha experiência no modo single-player foi divertida, pois a IA do companheiro está melhor e mais intuitiva, avisando onde ir ou o que fazer em certas ocasiões. Mas, em outras, a IA lentidão a interagir com o cenário, prejudicando a experiência, uma vez que aconteceu comigo na secção final do game.

Maior acessibilidade

Minha estudo aconteceu na versão de PC do jogo, utilizando uma placa RTX 4070 Super da Nvidia. Todas as configurações gráficas estavam ajustadas no sumo, mantendo uma taxa regular de 60 FPS em solução 2K (1440p). Durante todo o tempo de jogo, não presenciei quedas de desempenho ou stuttering, o que é um ponto positivo, mormente considerando que o título foi desenvolvido na Unreal Engine 5. Isso se destaca ainda mais pelo roupa de o game ter recebido versões para a geração anterior de consoles, que naturalmente apresentam uma evolução visual mais limitada.

Por término, notei uma maior atenção à acessibilidade. LN3 dispõe de muitas opções, tanto em textos quanto em formas de detectar o que se deve fazer nos cenários. Uma das características da franquia é o duelo de seus puzzles, pois Little Nightmares te mostra muitas coisas de forma visual, e você deve estar sisudo aos detalhes para realizar um puzzle ou seguir para o próximo cenário.

Ou por outra, não há mais aquelas manchas brancas ou amarelas para indicar os pontos de interação. Agora, você terá a opção de destacá-los, muito uma vez que os colecionáveis presentes no jogo, o que facilita a coleta em uma primeira jogada.

Nem precisei teorizar para entender a história

Em Little Nightmares III você acompanha dois novos personagens, Low e Alone, em uma jornada pelo “Lugar Nenhum”, um reino desolado e aterrorizante que só pode ser acessado dormindo. Uma vez que nos jogos anteriores, o protagonista desperta e secção em uma jornada pelo incógnito, enquanto tenta evadir de criaturas.

A diferença em LN3 está na forma uma vez que a narrativa (um pouco tão importante na série) se constrói e se desenrola. Em nenhum momento me senti recluso, imerso ou induzido a tentar interpretá-la. Os cenários e seus inimigos enigmáticos, que antes eram uma extensão da história, não agregam em zero e nem trazem impacto visual. Portanto, os pilares que compunham o núcleo da série inexistem; restou unicamente um universo sem psique e sem o charme da Tarsier Studios.

Do início ao término, sua narrativa é previsível. E, embora haja planos para duas DLCs, não há impacto nesta novidade história. Não há o que teorizar, não há personagens marcantes. Continuar Little Nightmares em seguida a saída da Tarsier Studios foi um grande duelo que sem triunfo.

Mas por fim, Little Nightmares III é tudo isso mesmo?

Little Nightmares III é o revérbero da pouquidade da Tarsier Studios. E Little Nightmares unicamente por carregar o terceiro jogo da franquia, mas está longe de ser e ter o que os dois anteriores possuíam. Cenários em sua grande secção vazios e sem design marcante, personagens zero impactantes e uma história previsível são algumas das características que tornam o terceiro capítulo o mais destoante da série.

Por término, se você é um grande fã, embarque sabendo o que lhe aguarda: um jogo muito aquém, mas muito aquém, dos anteriores da franquia. Faltou horror, tensão e o tom misterioso, deixando evidente que somente a Tarsier Studios soube fazer.


Veredito:

Little Nightmares III é o revérbero da pouquidade da Tarsier Studios e o trabalho da Supermassive Games descaracteriza todos os pilares estabelecidos nos games anteriores. Sem horror e tensão, somada a uma narrativa previsível, o pesadelo, desta vez, não foi tão terrificante assim.
João Antônio

von 10

2025-10-09T11:52:56-0300

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