Início » Lost in the Open é o roguelike tático da velha guarda

O roguelike tático que me fez lembrar porque eu sofro com jogos desde o Amiga 500!
Tem jogo que parece te olhar no fundo da psique e perguntar: “você veio pra se divertir ou pra suportar?”.
Lost in the Open, da Black Voyage Games, é exatamente isso. Um roguelike tático medieval com clima de “sério demais pra ser só um jogo, mas bugado demais pra ser levado a sério”.
E eu, porquê um velho veterano da era Amiga 500, que já salvou o mundo em Shadow of the Beast e morreu miseravelmente em Dungeon Master, obviamente caí nessa insídia de novo.
A história começa com você, um rei chamado Nrvesk, levando uma facada metafórica e literal nas costas.
O faceta sobrevive a uma emboscada e precisa encruzar terras hostis, juntando aliados e tentando não morrer de novo — tipo um Darkest Dungeon medieval com política e sem o charme do narrador sombrio.
Mas sabe o que me ganhou? O clima. Tem aquele peso de Mount & Blade misturado com a solidão de Battle Brothers. O mundo parece vivo, mas hostil — tipo o Windows 95 quando você clicava em “Executar” e rezava pra não travar.
Cada decisão carrega um dispêndio. E não é metáfora. Você quer recrutar um guerreiro novo? Custa comida. Quer repousar? Custa tempo. Quer lutar? Custa a sua sanidade.
É o tipo de jogo que te lembra, com uma cutucada no ego, que heróis também erram, e o erro cá custa o trono.
“Mas e a gameplay, RumbleTech?” Irmão, se você curte jogos que te obrigam a pensar antes de clicar, Lost in the Open é o paraíso — ou o inferno, depende do dia.
Tudo é fundamentado em grade (grid), estilo Final Fantasy Tactics e Tactics Ogre, mas com uma pitada de “cada passo pode ser o último”. O posicionamento é tudo.
Ataque pelo flanco, defende as costas, prepara contra-ataque. O jogo até tem um sistema de “ataques de oportunidade”, que basicamente é o jeito elegante de expor “você moveu falso, toma uma espadada”.
E aí vem a segmento roguelike: o planta é procedural. Cada run é dissemelhante, com nós de caminho, eventos aleatórios, armadilhas emocionais e aquele loop de “só mais uma tentativa” que te destrói socialmente.
Sabe o que ele me lembrou? FTL: Faster Than Light — só que em vez de lasers e aliens, cá você tá tentando sobreviver a mongóis e febre tifoide. Cada nó no planta é uma escolha moral disfarçada:
Ajudo os camponeses e gasto suprimento?
Roubo o mercante e proveito XP, mas perco moral?
Tento negociar com o bandido ou meto a lança primeiro?
As respostas são quase sempre erradas. E é isso que deixa o jogo luzidio.
O combate é difícil. Não “ah, só precisa treinar” — difícil tipo “o inimigo crita três vezes e você perde seu guerreiro nível 8 com nome e história”. E o jogo ainda te dá aquela piscadinha de sadismo, dizendo: “Você quer carregar o save?” Mas é roguelike, meu companheiro. Cá, o sofrimento é pedagógico.
A progressão de personagens é decente — dá pra escolher perks, melhorar habilidades e ajustar formações.
Só que a IA inimiga é meio bipolar: uma hora te flanqueia com precisão cirúrgica, outra hora corre pra dentro de uma insídia porquê se tivesse bebido hidromel vencido.
Ainda assim, o sistema de combate tem aquele charme de quem governanta tática à voga antiga, onde cada vez é uma xícara de moca insensível e cada vitória vem com o palato de “não acredito que deu claro”.
Visualmente, Lost in the Open não vai lucrar nenhum prêmio de arte. Mas tem personalidade — meio Baldur’s Gate 1 com shaders repentista. Os retratos são sombrios, as animações são duras e o planta parece ter saído de um manuscrito medieval rabiscado por um monge entediado.
E, honestamente? Adoro isso. Me lembra dos tempos do Amiga 500, quando o charme vinha do improviso.
Agora… bugs. Ah, os bugs.
Tem item que some, personagem que trava na parede, som que para do zero. Mas é early access, né?
O jogo ainda tá sendo lapidado, e a comunidade da Steam é tipo aquele grupo de RPG de mesa que vive reclamando, mas não larga o osso.
E não dá pra negar: os devs da Black Voyage Games parecem ouvir o povo. As atualizações estão frequentes e o balanceamento tá melhorando — o que, pra um indie tactical RPG, é praticamente milagre.
Jogar Lost in the Open é concordar que você vai morrer mais vezes do que o Mario caindo no caimento do World 1-1. Mas dissemelhante dos roguelikes sem psique, cá cada guião parece fazer segmento de uma narrativa maior. Você sente o peso de cada decisão, o cansaço de cada marcha e a perda de cada coligado porquê se fosse o cachorro do Fable II.
A trilha sonora é sutil — cordas, tambores, aquela melancolia de taverna prestes a fechar. O som das espadas, o repercussão das orações, o ringir dos passos no deserto. Tudo colabora pra fabricar uma submersão suja, real, quase tátil.
E quando o jogo te entrega um momento de glória, tipo vencer uma emboscada com unicamente dois soldados mancos, parece que você zerou Dark Souls usando o controle do Atari.
Battle Brothers na vibe de sofrimento
Darkest Dungeon no tom de desespero
Tactics Ogre no sistema de turnos
FTL no planta de escolhas
E Bokosuka Wars… só pela dor
É porquê se todos esses jogos tivessem ido pra uma taverna, bebido até desabar, e de lá nascesse Lost in the Open.
Lost in the Open é aquele tipo de jogo que te faz sentir inteligente e palerma ao mesmo tempo. Um verdadeiro teste de paciência, estratégia e nostalgia. Se você, porquê eu, sobreviveu aos tempos de disquetes e monitores de tubo, vai amar esse caos medieval que mistura fé, ferro e frustração. É cru, é difícil, é bugado — mas também é fidedigno, provocador e referto de psique.
Em breve teremos uma estudo completa, com mais horas jogadas, mais mortes épicas e, quem sabe, um patch que não faça meu arqueiro vanescer no meio da guerra.

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