Morre Tomonobu Itagaki, criador de Ninja Gaiden e DOA

Morre Tomonobu Itagaki, criador de Ninja Gaiden e DOA

4 minutos 16/10/2025

Adeus, Tomonobu Itagaki — o samurai dos games de ação!

Sabe aqueles nomes que moldaram o que a gente entende por “jogo de ação”?

Pois é. Um deles acaba de partir. Tomonobu Itagaki, o varão que colocou sensualidade, técnica e brutalidade na mesma tela, faleceu aos 58 anos. E com ele, se vai um pedaço importante da história dos videogames — e, principalmente, da nossa juventude gamer.

🎮 Um instituidor com espírito de lutador

Pra quem viveu os anos 90 e 2000 grudado no joystick, o nome Itagaki sempre teve peso.

Ele era o tipo de desenvolvedor que não fazia jogos — fazia manifestações de estilo. E quem jogou Dead or Alive ou Ninja Gaiden sabe do que estou falando.

Em Dead or Alive, lançado em 1996, Itagaki reinventou o gênero de luta 3D com o famoso “sistema triângulo”, uma mecânica simples e claro que transformava cada combate em um duelo de reflexos e estratégia.

Enquanto outros jogos da idade tentavam ser realistas, DOA era sobre ritmo, impacto e carisma.
Cada golpe tinha peso, cada personagem tinha atitude.

E o Itagaki era assim também — pleno de atitude. De óculos escuros, jaqueta de pele e uma crédito que faria até o Kazuma Kiryu cruzar a rua.

⚔️ Ninja Gaiden — o inferno na ponta dos dedos

Mas foi com Ninja Gaiden (2004, Xbox) que o varão atingiu o auge. Se você sobreviveu ao primeiro director sem quebrar o controle, parabéns: você é um veterano da velha guarda.

O jogo era um banho de técnica e punição. Tudo respondia rápido, fluido, e exigia precisão quase cirúrgica. Era o tipo de título que te fazia suar, mas te recompensava com uma sensação de maestria que poucos jogos conseguem até hoje.

Ninja Gaiden Black (2005) e Ninja Gaiden II (2008) elevaram ainda mais o nível — e tornaram Ryu Hayabusa um ícone.

A combinação de combate hostil, trilha sonora insana e dificuldade impiedosa criou uma geração inteira de jogadores que aprenderam que “difícil” podia ser “risonho”.

E é curioso pensar que isso vinha de um varão que via a vida porquê uma sucessão de batalhas.

🥋 O guerreiro por trás dos jogos

Em sua mensagem final — intitulada “Últimas Palavras” — Itagaki escreveu porquê viveu: direto, honesto e sem arrependimentos.

“A minha vida tem sido uma série de batalhas. Eu estava sempre a lucrar.
Também causei muitos problemas.
Orgulho-me de manifestar que segui as minhas convicções e lutei até ao término.
Não me arrependo de zero.”

Pouca gente poderia assinar uma despedida assim. Itagaki foi um samurai moderno dos games, um rostro que não seguia tendências — ele as criava.

E mesmo quando o mundo dos jogos mudou, com microtransações, battle passes e marketing corporativo, ele continuou sendo um espírito livre, leal às próprias crenças.

Sim, Devil’s Third (2015) não foi o retorno triunfal que ele sonhava — mas ainda assim, o rostro tentou alguma coisa novo. E isso, por si só, é mais corajoso do que repetir fórmulas seguras.

🌸 Um legado que o tempo não apaga

É engraçado — enquanto o mundo hoje fala em remakes e reboots, é impossível não pensar que Itagaki foi o primeiro a provar que recriar um clássico podia ser arte.

Ninja Gaiden no Xbox não era unicamente uma releitura: era uma reinvenção totalidade. Ele pegou um nome lendário dos anos 80 e o transformou num símbolo de vantagem técnica e design de combate.

E com Dead or Alive, mostrou que jogos de luta não precisavam ser frios e técnicos — eles podiam ter robustez, personalidade e até sensualidade. A série foi, e ainda é, lembrada pela mistura única de carisma e dificuldade, alguma coisa que só um instituidor esperançado e destemido poderia ter feito.

💬 Homenagens de quem o conhecia

Logo que a notícia foi confirmada, nomes grandes da indústria reagiram. James Mielke prestou homenagem no Bluesky, e Katsuhiro Harada (Tekken) expressou tristeza e surpresa.

Harada, aliás, era um dos poucos que falavam com Itagaki de igual pra igual — dois veteranos, duas lendas, dois rivais que se respeitavam profundamente.

🎸 O “tiozão do pele e óculos escuros” que inspirou uma geração

Itagaki não era unicamente um instituidor de jogos — era um personagem da própria indústria. Ele tinha aquele jeitão de rockstar dos anos 80: falava o que queria, vivia intensamente e acreditava que o jogo bom é aquele que faz o jogador suar e sorrir ao mesmo tempo.

E quer saber? Ele tava manifesto. Porque todo mundo que pegou o controle pra jogar Ninja Gaiden ou Dead or Alive lembra de uma coisa: O momento em que o duelo virou diversão.

Esse era o poder dele. Transformar dificuldade em prazer, caos em precisão e frustração em estágio.

🙏 Descanse em silêncio, rabi

A indústria dos games perdeu um dos seus grandes artesãos da ação. Mas os jogadores ganharam alguma coisa eterno — um legado que não se apaga.

Os reflexos que ele ensinou, as lições de design que aplicou e a filosofia de nunca jogar no automático continuam vivos em cada novo jogo que tenta replicar aquela velha sensação:
de vitória conquistada no suor e na insistência.

Descanse em silêncio, Tomonobu Itagaki. E obrigado por nos lembrar que o verdadeiro guerreiro é aquele que joga até o último “Continue?”.

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