Nekurogahara: Psycho Ronins é um samurai cyberpunk brutal

Nekurogahara: Psycho Ronins é um samurai cyberpunk brutal

4 minutos 02/11/2025

Samurai, sangue e delírio do dedo dignos de um Cine Trash das antigas!

Ah, meus amigos… se o Zé do Caixão tivesse nascido no Japão feudal e ganhado um PC gamer da NASA, o resultado seria alguma coisa tipo Nekurogahara: Psycho Ronins.

A geração da misteriosa ExoticaMachina é um festival de aço, tripas e filosofia de boteco de dojo — do jeitinho que a gente gostava de ver no Corujão, com os olhos ardendo às 2h da manhã, um pacote de pipoca murcha do lado e a esperança de que o herói sobrevivesse até os créditos finais.

Esse jogo é tipo um Cine Trash feito em Unreal Engine: tem violência estilosa, samurais surtados e uma atmosfera que cheira a fita VHS recém-alugada na sexta-feira. E, simples, muita gládio, muita honra e zero paciência pra quem não sabe desviar de um golpe vertical.

🗡️ O enredo — ronins, vingança e existencialismo de boteco

“Nekurogahara” é o tipo de nome que você fala lentamente, com reverência, pra não invocar nenhuma maldição japonesa daquelas que o Zé do Caixão teria orgulho.

A trama gira em torno de um ronin enlouquecido — o tipo de espadachim que resolve o estresse da vida na base do fio da lâmina. Ele vaga por terras devastadas, perseguindo um pretérito que fede a sangue e contrição, enfrentando guerreiros insanos, máquinas possuídas e até o próprio ego.

É Kurosawa se encontrasse com Mad Max e Tetsuo: The Iron Man em um beco iluminado por neon.

Não espere cutscenes bonitinhas ou lições de moral: cá, o “código de honra” é percutir primeiro e perguntar depois.

⚔️ Jogabilidade – Samurai Shodown com crise de identidade cyberpunk

Faceta, lembra de quando a gente ficava horas no Super Nintendo tentando decorar o timing de resguardo no Bushido Blade e xingando o jogo porque um golpe incorrecto te matava? Pois é. Nekurogahara é esse mesmo tipo de tortura deliciosa.

A movimentação é fluida, a câmera dança com você, e o combate é técnico o suficiente pra fazer o Sekiro parecer tutorial de iniciante.

Cá, não tem botão de “ataque ligeiro, ataque pesado” — é tudo na base do revérbero, precisão e frieza. Cada gládio tem peso, cada golpe tem consequência, e o fragor do aço batendo é tão visceral que parece saído direto de um Corujão com “Samurai X: O Retorno do Sangue no Concreto”.

E tem mais: você pode carregar até quatro espadas e intercalar entre elas sem delay. É tipo um Devil May Cry pra quem usa hakama e não tem tempo pra falar de sentimentos. E se errar o golpe? O inimigo te pune. Sem perdão, sem misericórdia.

É o tipo de gameplay que te faz pensar:

“Talvez eu não precise zerar isso. Talvez só sobreviver já seja vitória.”

💀 Atmosfera — um pesadelo bonito demais pra viver

Os cenários são um show à secção. Parece que alguém pegou os filmes do Takashi Miike, misturou com um álbum do Nine Inch Nails e serviu o resultado em 4K, com filtro de sujeira de VHS e cheiro de ferrugem.

O mundo de Nekurogahara é distorcido, decadente e lindo. Um Japão distópico que lembra aqueles filmes que a gente via escondido no Super Cine — meio erótico, meio violento, meio poético.

E a trilha sonora? Ah, é o tipo de som que faria o John Carpenter largar o sintetizador e pegar uma katana.
Industrial, pesada e hipnótica. Dá vontade de botar o fone, extinguir as luzes e deixar o ronin te guiar pro inferno.

🕹️ Técnica e suor – o dojo do dedo

Mesmo em chegada antecipado, o jogo já mostra um trabalho de física e colisão de reverência.

Os hitboxes seguem o formato exato das espadas — zero de golpe fantasma, zero de “iframe de patranha”. Cá, se o golpe pegou, é porque você errou. E se você acertou… pode preparar o replay cinematográfico.

A performance ainda precisa de uns ajustes, mormente nas sombras e no pós-processamento, mas o conjunto é sólido. É uma vez que testemunhar Blade Runner passando em fita pirata no domingo à tarde: você sabe que tá tudo meio bugado, mas tá maravilhoso mesmo assim.

🧛‍♂️ O charme do grotesco

O mais louco é que Nekurogahara: Psycho Ronins não tenta ser bonito — ele quer ser memorável.

Os personagens são distorcidos, as animações às vezes tremem, e o sangue jorra uma vez que num filme do Coffin Joe dirigido pelo Tarantino. E é justamente isso que o torna incrível: ele não tem temor do mal-parecido.

Ele abraça o excesso, a estética suja, o desconforto.

É um jogo que olha pra você e diz:

“Sente o peso da lâmina, mortal. E se trinchar, a culpa é sua.”

🧩 Desfecho do velho samurai do Cine Trash

Nekurogahara: Psycho Ronins é um pesadelo estiloso com psique de fliperama e coração de samurai.
É cru, é técnico, é punk. Não é jogo pra todo mundo — e ainda muito.

É pra quem cresceu vendo o Zé do Caixão esputar filosofia, pra quem acordava com os créditos do Corujão passando e pensava “caramba, o que foi que eu acabei de ver?”.

A ExoticaMachina pode ter criado o equivalente moderno àquela fita misteriosa que a gente achava na locadora e que, de alguma forma, mudava a nossa cabeça.

Ainda falta polimento, simples — mas o espírito tá lá. O sangue, a honra e o caos também.

⚙️ Veredito (provisório):

  • 🎮 Gameplay: brutal e técnico, uma vez que um duelo real.

  • 🩸 Visual: sujo, visceral, rememorável.

  • 💀 Dificuldade: cruel, uma vez que toda boa tragédia samurai.

  • 🕰️ Vibe: 100% Cine Trash com cheirinho de neon e vingança.

💬 Em breve teremos estudo completa, com recta a decapitações poéticas e filosofia de dojo embebida em sangue pixelado.

Fonte

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