Octopath Traveler 0 Review: Uma prequel que superou seus antecessores

Octopath Traveler 0 Review: Uma prequel que superou seus antecessores

9 minutos 03/12/2025

Há sempre uma grande suspicácia quando obras apostam em prequels (racontar uma história de origem). Tanto no cinema quanto nos videogames, racontar eventos que antecedem alguma coisa é a fórmula para o fracasso. Dito isso, a Square Enix deixou de lado esses fatos cabais sobre histórias de origem e decidiu dar a Octopath Traveler um primícias.

Octopath Traveler 0 é o mais novo game da popular e aclamada franquia de RPG com visual HD-2D, que estreou em 2018 e evoca, através de seu visual, o espírito e a magia dos RPGs da era dos 16 bits.

Com lançamento previsto para o dia 4 de dezembro de 2025 nas plataformas PS5, PS4, Xbox Series, PC e Nintendo Switch 1/2, Octopath Traveler 0 mudou a fórmula ao focar sua história em unicamente um protagonista (ao invés de oito), criado pelo próprio jogador. Ou por outra, traz elementos de construção, refinamentos e adições às suas muito elogiadas mecânicas de combate.

Mas será que essa aposta ousada vai aprazer os fãs que amaram os dois jogos anteriores? Confira mais uma estudo do Combo Infinito e descubra se Octopath Traveler 0 é tudo isso mesmo!

Aprendendo com os erros

Uma das grandes críticas dos dois primeiros games da franquia era a construção narrativa dos personagens. O jogador tinha a possibilidade de escolher um dos oito e vivenciar, posteriormente, a jornada dos demais em seguida concluir a história do personagem inicial.

Esse excesso de narrativas mal desenvolvidas pelo excesso de personagens se tornou a grande nequice da franquia. Pois muito, com Octopath Traveler 0, a Square Enix absorveu essa sátira e decidiu fazer dissemelhante: criou uma narrativa para um único personagem, que o jogador irá gerar escolhendo ar (tipo de voz, cor dos olhos, incisão de cabelo) e trabalho, a classe que o protagonista exercerá.

Depois um longo prólogo que culmina em uma invasão à cidade de Wishvale, totalmente devastada, o jogador terá a opção de escolher qual caminho narrativo seguir — são três ao todo: Herminia, a “Feitiçeira da Ganância”, Tytos, o “Herói”, e Auguste, o “Dramaturgo”. Escolher um deles garante vantagem nos três tipos de influência (Riqueza, Poder e Glória, baseadas em reaproveitamento narrativo) dentro do jogo.

Por exemplo: ao escolher Herminia, você inicia com maior influência em Riqueza, o que gera vantagens em compras. Tytos favorece o Poder, e Auguste aumenta o status de Glória, facilitando interações com NPCs, obtenção de informações e recrutamento.

Arcos e histórias

Vale realçar que a narrativa de Octopath Traveler 0 se inspira em Octopath Traveler: Champions of the Continent, jogo mobile lançado em 2020, com a diferença de que lá você não cria seu personagem. Mas as inspirações não param por aí, e abordarei isso posteriormente.

Independentemente da risco narrativa escolhida, é provável concluí-las separadamente ou simultaneamente, respeitando o nível exigido por cada capítulo. O que nos é apresentado são três arcos muito muito desenvolvidos, cada qual com tiranos, suas motivações e planos de fundo macabros. Herminia, por exemplo, é obcecada por riqueza e fará o impossível para obter mais. Auguste procura sua obra perfeita, quebrando todos os limites da sanidade humana, enquanto Tytos fará de tudo pelo poder integral.

Vivenciar cada uma dessas sub-histórias mostra que a Square aprendeu com os erros e trouxe uma narrativa madura, pesada e emocionante. Não subestime o visual simples de Octopath Traveler 0: sua narrativa é implacável. Enquanto isso, nosso protagonista está rodeado de personagens profundos, muito desenvolvidos e com dilemas comoventes, tanto nas missões principais quanto nas secundárias.

A narrativa de Octopath Traveler 0 é o grande destaque desta novidade ingresso, e secção desse triunfo está na decisão da Square de focar em unicamente uma história desta vez, trazendo profundidade através das diferentes linhas narrativas. Para substanciar o tom dramático, há uma trilha sonora totalmente novidade, que transmite o sentimento de início de façanha e também o peso de um poder maligno. Cada vilão possui seu próprio tema, e há trilhas específicas para exploração e momentos fora dos holofotes dos antagonistas, é simplesmente incrível.

Sem PT-BR

Apesar do grande acerto na narrativa, Octopath Traveler 0 não possui suporte ao linguagem português do Brasil, um deslize da Square Enix ao desenvolver títulos de combate por turnos. Seja em remasters porquê Final Fantasy Tactics, seja em novos jogos porquê o remake de Dragon Quest 7, falta bom siso ou atenção da empresa para tornar suas IPs mais acessíveis. E somente a localização é a chave para isso.

Enfim, a carência do nosso linguagem fará leste supimpa título passar despercebido, a não ser que o jogador domine o inglês, já que nem espanhol está disponível.

Refinando o que já era bom

Uma das grandes novidades no sistema de combate é a possibilidade de até oito personagens participarem das batalhas. Nos jogos anteriores, o limite era quatro. A novidade, surgida em Champions of the Continent, retorna em Octopath Traveler 0, proporcionando mais dinamismo ao combate além do tradicional sistema “Quebra e Impulso”.

Agora é provável gerar duas linhas no campo de guerra: quatro personagens na risco de frente e quatro na retaguarda. E é cá que está o “pulo do gato”: ao contrário de outros sistemas que usam a retaguarda para reduzir dano, cá ela serve porquê estratégia. A qualquer momento, no seu vez, você alterna livremente entre frente e retaguarda, escolhendo quem deve estrebuchar com base nas fraquezas dos inimigos ou quem possui mais pontos de impulso para quebrar escudos rapidamente. Esse malabarismo na hora do combate traz uma classe a mais ao sistema tradicional das batalhas.

Conforme você vence confrontos e sobe de nível, pode desbloquear “Actions Skills”, que permitem trocar habilidades porquê se troca equipamentos. Também é provável desbloquear novas habilidades usando pontos adquiridos nas batalhas. Embora você escolha uma classe no início, há a possibilidade de trocar ou comprar novas classes ao longo da jornada. Dissemelhante dos jogos anteriores, que obrigavam o jogador a usar as oito classes, agora é provável explorar tudo em uma única trajetória.

Apesar de manter sua fórmula e trazer algumas adoções, o combate continua sendo um dos pilares da franquia. Porém, a forma porquê ele é usado traz consigo erros presentes nos títulos anteriores (mas também em todos os games que tentam replicar o gameplay da era de 16 bits). Falo dos confrontos aleatórios durante a exploração. Conforme você explora, estará sempre esbarrando em confrontos com inimigos que não aparecem no cenário – e isso não é um problema.

Mesmo com repetições

O grande problema é a frequência com que isso acontece. Muitas vezes, você só quer explorar, terebrar baús ou enfrentar criaturas lendárias, que aparecem claramente em pontos específicos do cenário, mas acaba sendo interrompido por batalhas aleatórias contra os mesmos inimigos que já derrotou várias vezes. Em alguns locais, você passa sem encontrar nenhuma luta, mas ao retornar, um combate surge do zero. Isso quebra o ritmo da exploração. Sério, não faz sentido.

De todo modo, mesmo com a opção de fugir desses incansáveis confrontos aleatórios, a sensação é que ficamos presos nos cenários por mais tempo por justificação deles, em vez de termos uma exploração mais dinâmica e menos cansativa. Segmento das horas que o game vai lhe proporcionar, chegando facilmente às 100 horas, certamente se deve a esses encontros aleatórios que acabam prolongando sua permanência nos cenários.

Fazendinha em meio ao caos

Introduzida ainda no prólogo, a mecânica faz você coletar recursos nos cenários enquanto explora ou completa outras missões. O grande diferencial é que você não é forçado a edificar incessantemente, já que existem missões específicas voltadas para isso, que aumentam seu nível e oferecem recompensas.

Ou por outra, reconstruir sua cidade natal permite gerar locais que geram benefícios em diferentes aspectos do gameplay. Por exemplo, edificar uma taverna pode liberar a compra de itens, enquanto erguer um campo de treinamento permite usar seus aliados para treinos que desbloqueiam novas habilidades. Portanto, mesmo trazendo para Octopath Traveler 0 uma ligeiro sensação de “game de fazendinha”, há um contexto simples para essa mecânica, e no termo das contas as recompensas realmente valem a pena. Você também pode recrutar NPCs para repovoar a cidade e torná-la habitável porquê antes, mas desta vez eles lhe oferecerão vantagens ao longo da jornada.

A simplicidade que encanta

O visual de Octopath Traveler sempre foi um destaque. Nos dois games principais da franquia e também na versão para mobile, é nítida a qualidade gráfica, mesmo adotando um estilo em pixel art. Porquê homenagem aos games de 16 bits, a estética HD-2D trouxe vida, carisma e magia ao visual da série. Apostando novamente na Unreal Engine 4, motor gráfico dos jogos anteriores, Octopath Traveler 0 não apresenta um salto visual ou alguma coisa que o diferencie drasticamente de seus predecessores. E, sinceramente, essa nem parece ser a intenção da Square Enix para a franquia.

A forma porquê os personagens, cenários e a cinematografia são apresentados segue um estilo minimalista, com poucas animações, mas suficientes para transmitir o tom de cada cena. Por outro lado, os efeitos visuais durante o combate receberam um refinamento e até certa ousadia. No universal, Octopath Traveler 0 não procura transformar sua identidade visual, até porque foi concebido no mesmo motor gráfico dos títulos anteriores.

Esta novidade ingresso unicamente reforça a estética já consolidada da franquia, e isso não é um problema. Segmento desse teimosia é evidente nas animações, que procuram transmitir momentos épicos com simplicidade.

Jogando na versão de PC, usando uma RTX 4070 Super em solução 4K a 60fps, com todas as configurações no supremo, não presenciei quaisquer bugs ou quedas bruscas de desempenho.

Mas por fim, Octopath Traveler 0 é tudo isso mesmo?

Octopath Traveler 0 traz uma história de origem com unicamente um protagonista, e isso é um dos grandes destaques desta novidade ingresso. Com uma narrativa muito desenvolvida, o jogo apresenta momentos épicos e de grande tarar. Ou por outra, a construção do elenco de personagens é incrível, acompanhando o jogador ao longo de toda a jornada. Sem muitas mudanças no visual, o combate ganhou uma novidade classe com a possibilidade de usar mais personagens durante os confrontos, além da inserção do modo “fazendinha”, que, por mais curioso que pareça, agrega muito à progressão do game.

Mas, minhas únicas ressalvas para Octopath Traveler 0 estão na carência de localização em português do Brasil. Ao menos a interface e as legendas deveriam estar disponíveis, era o mínimo a se esperar. Uma narrativa tão boa não conseguir o maior número provável de jogadores é um erro que a Square Enix parece disposta a concordar.

Por termo, os constantes combates aleatórios continuam sendo um ponto fraco da franquia. Essa escolha de design é inconveniente e acaba unicamente mantendo o jogador recluso nos cenários por mais tempo.

Resumindo, Octopath Traveler 0 é o melhor jogo da franquia e marca um novo ponto de partida, com uma história focada em um único personagem e adições que realmente enriquecem o gameplay.


Veredito:

Octopath Traveler 0 absorve as criticas relacionadas aos seus antecessores melhorando sua narrativa com uma jornada única e com adições que oferecem novas camadas ao já supimpa sistema de combate. Porém, seu game design influenciado pelos clássicos RPGS de 16 bits (baseados em encontros aleatórios) ainda são uma senão para jogos deste estilo.
João Antônio

von 10

2025-12-03T08:03:33-0300

Recebemos Octopath Traveler 0 gratuitamente para review e agradecemos à Square Enix pela crédito!

Fonte

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