Pacific Drive: Whispers in the Woods é terror sobre rodas

Pacific Drive: Whispers in the Woods é terror sobre rodas

5 minutos 23/10/2025

O novo DLC de Pacific Drive leva a vocábulo “passeio” pra outro nível: mais anomalias, mais sustos e o mesmo coche que te salva e te mata ao mesmo tempo.

Olha… eu já sobrevivi a Stalker, Alan Wake, e até Death Stranding com o Kojima me fazendo carregar geladeira nas costas, mas Pacific Drive: Whispers in the Woods conseguiu uma proeza rara: me deixar tenso só de ouvir o motor engasgar. A Ironwood Studios não lançou só uma expansão, lançou uma terapia em forma de DLC — e das caras.

Essa belezinha (ou maldição, dependendo do ponto de vista) te joga de volta pra Zona Olímpica de Exclusão, mas agora ela tá mais viva, mais traiçoeira e mais sinistra. As florestas sussurrantes são o tipo de lugar em que você entra jurando que vai só “dar uma olhadinha” e sai sem saber se ainda acredita em Deus.

E o coche? Continua sendo seu parceiro, seu escudo, seu bunker sobre rodas. Só que agora ele parece estar de TPM mecânica: qualquer estrondo estranho é sinal de que a floresta tá tentando te envenenar — ou te engolir.

A estrada da loucura — e da coragem

A expansão Whispers in the Woods traz uma novidade história de 8 a 12 horas, o que é o suficiente pra você aprender a amar e odiar essa Zona tudo de novo.

A Ironwood colocou um novo sistema chamado Artefatos — e, meu companheiro, isso é coisa de doido. São objetos misteriosos que você encontra pelo caminho e que te dão poderes ou te ferram completamente.

Você nunca sabe o que vai ocorrer. É tipo furar uma caixinha surpresa do inferno.

Quer um exemplo? Um Artefato pode aumentar sua proteção contra radiação, mas também atrair criaturas e eventos paranormais. Outro pode te dar velocidade, mas faz o coche se comportar uma vez que se tivesse tomado moca demais. É um jogo de risco regular, e o resultado é um caos delicioso.

E tem também a tal da Maré Sussurrante, um novo sistema que faz a floresta literalmente se voltar contra você.
Quanto mais tempo você passa lá, mais perigoso tudo fica.

Sabe aquele momento em que você acha que pode explorar “só mais um pouquinho”? Pois é, o jogo vai rir da sua faceta quando a floresta te engolir e te esputar de volta pra garagem todo falido.

A ambientação é o verdadeiro chefão

O que a Ironwood faz com o clima e som nesse jogo é sacanagem. Você não precisa ver um monstro pra sentir pânico — basta o estrondo de vento atravessando o mato, ou um farol piscando no fundo da estrada.

É um tipo de terror ambiental que lembra Blair Witch, mas com o volante tremendo.

As árvores murmuram, o rádio chia, a luz nequice, e o coche range uma vez que se tivesse espírito. Tudo colabora pra aquela sensação de que você não devia estar ali, e ainda assim não consegue parar de encaminhar.

E quando a música da trilha de Wilbert Roget II entra, meu companheiro… parece que a floresta respira junto com você.

E sim, o jogo agora roda melhor — até no Steam Deck e nos ROG Ally da vida. Dá pra jogar no sofá com o controle na mão e fingir que é um “passeio tranquilo”, até o primeiro grito no rádio te fazer largar o controle no soalho.

Mais upgrades, mais dor de cabeça

A secção boa é que agora dá pra melhorar ainda mais sua perua: novas estações de garagem, modificadores de rota e cosméticos.

Quer pintar o coche de azul elétrico e colocar antena de marciano? Vai fundo. Mas, uma vez que bom jogo da Ironwood, cada novidade peça vem com seu preço: combustível, tempo e um pouco da sua sanidade.

As rotas também ficaram mais complexas.

Planejar o caminho virou secção importante da experiência — e se você escolher inexacto, prepare-se pra uma road trip diretamente pro inferno. É aquela velha história: o planta tá ali, mas a estrada muda toda hora.

E o GPS? É você e sua coragem.

O tio Rumble e o coche das trevas

Depois de umas boas horas de DLC, posso expressar que Whispers in the Woods é o tipo de jogo que separa os motoristas dos passageiros.

Quem já patroa Pacific Drive vai se deliciar com a sensação de estar sendo perseguido por uma floresta viva.
Mas quem esperava um teor “mais ligeiro” vai ter um choque.

Teve momento em que eu parei o coche só pra respirar. Sim, eu, RumbleTech, veterano dos arcades, precisei fazer pausa de velho. O vento balançava as árvores, o rádio sussurrava uma música que eu não lembrava de ter posto, e o pintura piscava mensagens que eu renda que não existiam. É o tipo de terror que te atinge vagarosamente — igual conta de luz.

Veredito do velho RumbleTech

No termo das contas, Pacific Drive: Whispers in the Woods é o DLC que o jogo precisava. Ele não muda as regras, mas deixa o jogo base mais profundo, mais terrífico e mais viciante.

É uma expansão que entende o que o jogador quer: mais mistério, mais repto e mais pneu cantando no meio da trevas.

O sistema de Artefatos é criativo pra caramba, a novidade extensão é linda e assustadora, e o som… bom, o som vai morar na sua cabeça por um tempo. O único perversão? Ainda rola uma certa repetição em algumas viagens, e às vezes parece que você está rodando em círculos — mas ei, quem nunca, né?

Se você é fã do jogo base, mergulhe sem pânico. Se nunca jogou, talvez esse seja o empurrão perfeito pra entrar na estrada e deslindar o charme de morrer tentando consertar um coche que odeia você.

O melhor simulador de road trip sobrenatural que existe. Um passeio lindo, terrífico e absurdamente viciante.

Fonte

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