Palworld cruza linha? Ex-Capcom critica, fãs ironizam

Palworld cruza linha? Ex-Capcom critica, fãs ironizam

4 minutos 02/10/2025

Palworld “cruzou a risca”? Ex-Capcom fala mal do jogo que já virou meme solene do plágio risonho

Okamoto diz que Palworld passou dos limites, mas esqueceu convenientemente que Street Fighter não nasceu sozinho na fileira do fliperama.

Segura essa treta, Brasil: Yoshiki Okamoto, ex-Capcom, o rostro que já trabalhou em Resident Evil, Street Fighter, Mega Man e Dino Crisis (sim, tudo jogo que te traumatizou na puerícia ou no fliperama), resolveu penetrar o coraçãozinho gamer e meter o dedo na ferida:

“Palworld cruzou uma risca que não deveria ser cruzada”.

Tradução livre: “A Nintendo tá brava, e eu não quero que ela galanteio a luz da minha mansão”.

Palworld, o “Pokémon com fuzil” que virou febre

Pra quem ainda tava recluso no modo caverna de Platão: Palworld é basicamente Pokémon, só que com armas automáticas, exploração survival e uma pitada de “Minecraft meets GTA Online”.

Você tomada criaturas fofinhas chamadas Pals, mas ao invés de só mandar usar “Choque do Trovão”, você equipa o bicho com uma AK-47 e manda ele penetrar caminho. Pikachu nunca foi tão útil numa troca de tiro.

E simples, o sucesso foi tão grande que até a Nintendo olhou e falou: “peraí, esses coelhinhos parecem familiares demais”. Resultado: processo na mesa, advogados esfregando as mãos e criadores tremendo mais que joystick genérico no vibrar sumo.

O sermão do Okamoto

No vídeo, Okamoto não só disse que Palworld “passou dos limites”, mas também pediu pra galera não comprar o jogo. Isso vindo de um rostro que fez secção de uma indústria onde todo jogo de luta dos anos 90 era transcrição descarada de outro.

É tipo o padeiro reclamar que a concorrência também vende pão francesismo.

E aí a galera na internet foi rápida: lembraram que o próprio Street Fighter chupou teoria de Karate Champ, que Resident Evil não nasceu sem Alone in the Dark, e que Mega Man não era exatamente o noção mais original do planeta.

Ou seja, o rabi puxou a régua de moralidade agora, mas esqueceu da cola no pretérito.

Nintendo no modo “processa e vence”

A treta ficou séria em setembro de 2024, quando a Nintendo processou a Pocketpair, alegando violação de patentes. O mais irônico? Até as mods criadas pelos jogadores foram usadas uma vez que “provas” na recontro, e a Big N disse: “isso não conta uma vez que resguardo, bebê”.

Já deu resultado: algumas mecânicas sumiram, uma vez que a de invocar indivíduo com esfera (cof cof, Pokébola). Agora em Palworld você basicamente convence o monstro no grito e na troca de chumbo.

Pocketpair no modo debochado

E mesmo com o processo rolando, a Pocketpair não tá nem aí. Já anunciou que a versão 1.0 de Palworld chega em 2026 e, de quebra, revelou um spin-off de fazendinha chamado Palfarm.

Sim, onze dias depois da Nintendo anunciar Pokémon Pokopia, que é… enigma? Um jogo de fazendinha no Switch 2, feito em parceria com a Koei Tecmo.

É um crossover de deboche: Pocketpair tá basicamente dizendo “se é pra roubar, a gente rouba até a teoria do próximo projeto de vocês”.

A risca cruzada e o siso de humor perdido

Okamoto pode até estar notório quando fala que Palworld é um plágio descarado. Mas, sinceramente, o mundo dos games sempre viveu de transcrição.

Doom inventou o FPS? Venustidade, mas depois teve clone até no celular da tia.

GTA criou o sandbox? Tá referto de “cidade oportunidade com delito” por aí.

Fortnite copiou PUBG que copiou DayZ que copiou Arma 3.

No término das contas, a risca que Palworld cruzou foi a da ousadia: pegou o maior ícone fofo da Nintendo, deu um rifle e falou “corre”.

O verdadeiro motivo do pranto

Vamos ser francos: se Palworld tivesse flopado, ninguém estaria falando zero. Mas o jogo vendeu horrores, virou meme, dominou a Twitch e fez muito mais fragor do que qualquer spin-off solene de Pokémon nos últimos anos.

E aí bateu aquela dorzinha: a Nintendo não gosta de concorrência e veterano de indústria sempre aparece pra dar a moral.

Mas cá entre nós: o mundo ficou mais risonho com Pals de AK-47 do que com mais um Pokémon sem dublagem e com grama bugada.

Palavras finais do RumbleTech

Palworld cruzou uma risca? Sim.
Foi incorrecto? Provavelmente.
Mas foi engraçado? Demais.

E se a Nintendo realmente se incomodou, que lance logo um Pokémon +18 onde o Charmander solta molotov e o Squirtle invade banco com máscara de coelho. Aí sim a gente conversa.

Até lá, o verdadeiro terror não é a transcrição, é a hipocrisia seletiva da indústria.

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