RE Survival Unit quer provar que o horror funciona em mobile

RE Survival Unit quer provar que o horror funciona em mobile

4 minutos 14/10/2025
Foto: Matheus Santana

Durante a Brasil Game Show 2025, o GameHall conversou com Kye Dongkyun e Jay Park, representantes da JoyCity, desenvolvedora responsável por Resident Evil: Survival Unit. O título marca uma novidade abordagem para a clássica série de terror, levando sua atmosfera de suspense e tensão para o gênero de estratégia em tempo real no mobile. 

A dupla compartilhou detalhes sobre o processo criativo, as dificuldades técnicas da adaptação e porquê lastrar a nostalgia dos fãs veteranos com o apelo para uma novidade geração de jogadores.

Confira a entrevista:

GameHall: Resident Evil: Survival Unit adota um gênero dissemelhante para a franquia (estratégia em tempo real mobile), porquê vocês decidiram que esse novo formato poderia carregar a atmosfera de tensão, pavor e horror clássico da série sem perder sua identidade?

Kye Dongkyun: O principal duelo foi trasladar a experiência de um jogo tradicionalmente pensado para telas grandes, com som e ambientação mais ricos, para um formato mobile, que é naturalmente mais restringido. Apropriar o gênero de horror e sobrevivência para uma tela menor exigiu bastante zelo, principalmente porque Resident Evil tem uma identidade muito marcada. Trabalhamos bastante para preservar esses elementos e trazê-los para o celular de forma leal, mantendo a núcleo da franquia e garantindo que fosse viável dentro das características da plataforma.

GameHall: A ambientação parece reimaginar locais icônicos porquê a Mansão Spencer, além de envolver personagens clássicos da saga. Uma vez que vocês equilibram nostalgia com inovação para que veteranos se sintam em lar, mas novos jogadores também encontrem apelo?

Kye Dongkyun: Um bom exemplo é a teoria das mansões. Em Survival Unit, cada jogador terá sua própria mansão, que serve porquê quartel-general. O design desses espaços foi inspirado nas construções clássicas de Resident Evil, justamente para recordar a sensação familiar de segurança e mistério. Ao mesmo tempo, os jogadores novatos vão entender rapidamente que esse é o ponto mediano de suas operações, de onde partem para campanhas solo, competições ou cooperações com outros jogadores.

Foto: Matheus Santana
Foto: Matheus Santana

GameHall: Personagens porquê Leon, Claire, Jill, Ada Wong etc. estão confirmados no Survival Unit. Uma vez que foi o processo de redesenhar ou harmonizar esses personagens para caber no estilo visual e mecânicas de um jogo de estratégia mobile, sem que percam suas características que os fãs reconhecem?

Jay Park: Não foi necessário simplificar os modelos de personagem, mas houve um trabalho intenso entre a desenvolvedora e a Capcom para prometer fidelidade visual e respeitar a núcleo de cada um. O jogo contará com 17 personagens no lançamento, mas novos nomes serão adicionados em futuras atualizações. 

Uma vez que cada personagem possui habilidades próprias dentro do sistema de resguardo e combate, tivemos de estudar profundamente suas versões anteriores e suas personalidades para definir três habilidades únicas para cada um. Não podíamos simplesmente inventar poderes; precisávamos que fizessem sentido dentro do universo de Resident Evil. Foi um duelo técnico e criativo, mas também muito jocoso de desenvolver.

GameHall: Muitas franquias têm dificuldade de harmonizar seus controles para dispositivos móveis sem deixar a experiência cansativa. Uma vez que vocês abordaram a interface, os controles táteis e o design de missões para prometer que jogar no celular continue fluído e leal ao espírito de Resident Evil?

Jay Park: O controle em mobile naturalmente tem limitações, e seria inviável reproduzir a dificuldade dos comandos tradicionais da série. Por isso, o foco foi produzir uma experiência que combinasse acessibilidade e profundidade. Incorporamos elementos típicos dos jogos mobile, porquê modos de resguardo e arenas, mas também resgatamos sensações dos Resident Evil clássicos, principalmente dos primeiros títulos. O resultado é um jogo que oferece uma experiência familiar aos fãs e, ao mesmo tempo, alcançável para novos jogadores que estão conhecendo a franquia pelo celular.

GameHall: Um dos elementos mais interessantes de Resident Evil: Survival Unit é o foco em aprimorar bases e pontos de base. Uma vez que essa mecânica foi pensada para se encaixar no ritmo e na tensão que a série sempre teve?

Jay Park: A teoria foi mudar a perspectiva tradicional de Resident Evil, que sempre foi centrada na sobrevivência individual, para um pouco mais coletivo. Agora, o jogador pode formar grupos e guildas com amigos para sobreviverem juntos.

No início, você começa sozinho, tentando evadir de Raccoon City sob as instruções de Ada Wong, que o orienta a transformar uma lar em sua base. A partir daí, é verosímil expandir, invadir novas áreas e, com o tempo, produzir um verdadeiro tropa para enfrentar a Umbrella. Essa evolução mantém o sentimento de progressão e sobrevivência, mas dentro de uma graduação maior e mais estratégica.

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