Review: Space Adventure Cobra – The Awakening

Review: Space Adventure Cobra – The Awakening

4 minutos 07/09/2025

Agora em forma de action-platformer estiloso, pleno de charme anime, tiros de Psychogun e alguns tropeços dignos de jogo de meio de geração.

Ofídio tá de volta, baby!

Se você nunca ouviu falar de Space Adventure Cobra, parabéns: você é jovem e provavelmente não sente dor no joelho quando levanta do sofá. Mas se reconhece o face de óculos escuros, charuto na boca e revólver psicodélica no braço, logo você sabe que estamos falando de um dos animes mais icônicos dos anos 80.

A desenvolvedora Magic Pockets, junto da Microids, resolveu ressuscitar esse clássico em Space Adventure Ofídio – The Awakening. A proposta? Juntar narrativa animezão raiz, gameplay de plataforma de ação e aquele charme cafona que só um pirata espacial fumando charuto consegue carregar sem parecer cringe.

E olha, no universal, eles entregaram um jogo risonho, estiloso e nostálgico. Mas porquê todo pirata, o rolê tem seus altos e baixos.

História: puro suco de anime anos 80

Cá você joga com Ofídio, o lendário pirata espacial com o braço mais famoso desde o Mega Buster do Mega Man. O face se mete numa treta com a Pirate Guild (basicamente a Yakuza espacial), ao mesmo tempo em que tenta deslindar o papel de três irmãs misteriosas nesse caça ao tesouro cósmico.

A narrativa é direta, rápida, enxurro de diálogos muito escritos e atuações dubladas com paixão. O destaque vai pros vilões caricatos – os chefões da Guilda parecem saídos de romance mexicana no espaço, e isso é um hosana. É tudo tão exagerado e teatral que fica perfeito.

O jogo tomada muito o espírito do anime: ritmo vertiginoso, reviravoltas divertidas e aquele ar pulp sci-fi que não se leva a sério. É entretenimento puro, e é isso que importa.

Gameplay: plataforma com adrenalina

No quesito jogabilidade, Ofídio – The Awakening é um action-platformer 2.5D que mistura combate intenso com momentos de exploração ligeiro. A pegada é clara: a história dita o ritmo da ação. Se Ofídio tá correndo por sua vida, você sente a pressão. Se ele tá puto e decide destruir tudo, o gameplay acompanha com chuva de inimigos na tela.

Enfrentando inimigos

  • Os capangas comuns começam fáceis: só uns tiozões com arma de mão, que caem com dois tiros.

  • Conforme avança, aparecem inimigos com escudos especiais, que exigem armas diferentes ou combate corpo a corpo.

  • O jogo graduação muito a dificuldade, sem nunca virar injustiça gratuita.

Mas é nos chefões que a coisa brilha: cada um é um espetáculo à segmento, exigindo estratégia e precisão. A luta contra um robô-esfera gigante, ladeado de miniesferas irritantes, é puro bullet hell meets arcade clássico.

O arsenal de Ofídio

Cá, a diversão é garantida. O Psychogun é a estrela, mas você também desbloqueia variações insanas:

  • Laser curvado em slow motion (apertando R1) que permite riscar a risco de ataque com o analógico.

  • Ataque cinematográfico (Triângulo + R1) que dispara um relâmpago devastador em todos os inimigos da tela – é tão exagerado que poderia ser fechamento de incidente do anime.

  • E uma terceira arma que… bom, melhor não estragar a surpresa.

Exploração

Além da pancadaria, há coletáveis espalhados pelos cenários: tesouros e fragmentos de memória. Eles adicionam uma classe de exploração light, quase porquê um “pós-crédito” do gameplay, mas zero que roube o protagonismo da ação.

Problemas: o pirata tropeça

Nem tudo é charme e Psychogun. Dois pontos pesam a mão:

  1. Inimigos repetitivos. Por mais que haja variedade de tipos, eles se repetem em quantidade. Lembra jogos de arcade porquê Rolling Thunder: risonho, mas eventualmente extenuante.

  2. Esquema de controle padrão horroroso. Sério, quem achou que botar o dodge no R2 foi boa teoria? É desconfortável e desorganizado. Felizmente existe uma Feitio 2, que troca funções e deixa o jogo muito mais procedente. Dica: já mude isso antes de debutar.

Técnica e estilo

Visualmente, o jogo é honesto: PS5 não sua a camisa, mas entrega gráficos que lembram animação anime digitalizada, com efeitos de luz e explosões competentes. A trilha sonora segura o clima retrô-futurista, e as cutscenes são puro fan service pra quem conhece o Ofídio original.

Não é AAA cinematográfico, mas também não é genérico. É aquele jogo que sabe o que é e não tenta fingir ser mais.

Prós:

  • História leal ao anime, divertida e muito dublada
  • Chefões criativos e desafiadores
  • Arsenal estiloso e variado (Psychogun é show à segmento)
  • Ritmo narrativo que dita muito o gameplay
  • Estilo visual que respeita o legado

Contras:

  • Inimigos comuns repetitivos
  • Controle padrão mal planejado (troque pra config 2 imediatamente)
  • Gráficos competentes, mas longe de explorar os recursos de verdade

Nota Final: 8/10

Space Adventure Ofídio – The Awakening é um daqueles jogos que não vão mudar a indústria, mas cumprem muito seu papel: resgatar um anime clássico com gameplay risonho, história leal e estilo único. Sim, tem falhas técnicas e escolhas de design questionáveis. Mas entre charutos, piratas espaciais e lasers que curvam, o saldo é positivo. É o tipo de jogo que mostra que dá pra misturar nostalgia com gameplay moderno sem desabar no sinistro. Um revival estiloso que diverte e entrega saudação às origens, mesmo com tropeços de design.

Fonte

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