Silent Hill f abriu uma novidade tempo para a franquia da Konami. O capítulo inédito, ambientado no Japão, aposta na mistura entre “o belo e o aterrorizante” para fabricar uma experiência de horror distinta. Com Hinako Shimizu uma vez que protagonista, o jogo coloca o jogador em Ebisugaoka, uma cidade tomada pela névoa, mistérios e decisões que mudam destinos.
Enquanto a jornada explora escolhas duras, o projeto também impressiona pelos nomes por trás da obra. O roteiro leva a assinatura de Dragon Knight 07, as criaturas e os designs são de Kera, e a trilha reúne Akira Yamaoka e Kensuke Inage, entre outros colaboradores. Assim, direção de arte e som trabalham para sustentar uma atmosfera pesada, porém hipnótica.
A Konami anunciou que as remessas e vendas digitais globais de Silent Hill f ultrapassaram 1 milhão de unidades em três dias (dados de 26 de setembro de 2025). O desempenho supera o ritmo do remake de Silent Hill 2, que precisou de tapume de uma semana para atingir a mesma marca. O resultado indica gosto do público por novas propostas dentro da série, sem depender do revisitar do pretérito.
A façanha combina narrativa direta, ambientação histórica e horror corporal para erigir tensão manente. Portanto, cada passo de Hinako pesa. Os encontros cobram planejamento; os puzzles, reparo; e as escolhas, consequências. Uma vez que resultado, a experiência sustenta identidade própria, ainda que dialogue com temas clássicos da franquia.
Além do sucesso mercantil, o jogo estreou com óptimo avaliação: 86 no Metacritic. Cá no Combo Infinito, a nota foi 9/10, com destaque para a narrativa corajosa, a ambientação opressiva e a trilha sonora marcante. Em síntese, o spin-off chega com menos pressão que um remake e, justamente por isso, ganha liberdade para aventurar – sem carregar o peso de “emendar” uma obra clássica.
Remakes carregam expectativas específicas e suscitam comparações minuciosas. Já um spin-off, por outro lado, cria margem para invenção. Silent Hill f usa essa margem em prol: propõe estética própria, ritmo uno e simbolismos que conversam com o presente. Assim, a série respira novos ares sem renegar sua legado.
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Manadeira: Konami
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