Silent Hill f é chocante e marca um retorno triunfal da série | Review

Silent Hill f é chocante e marca um retorno triunfal da série | Review

12 minutos 22/09/2025

Silent Hill f despertou bastante curiosidade em seu proclamação. A mais novidade ingresso da franquia em mais de uma dez não seria ambientada em uma cidade fictícia no Oeste. Desta vez, o jogo se passaria no Japão, durante a dez de 1960. Entre surpresa, expectativas e desconfianças, principalmente pelo estúdio responsável pelo projeto, a Neobards Entertainment, conhecida por títulos pouco memoráveis porquê Resident Evil Re:Verse (2022) e Resident Evil: Resistance (2020), Silent Hill f conquistou aos poucos a atenção dos fãs saudosistas da franquia e também dos amantes de survival horror.

A grande espera acabou: Silent Hill f chega ao mercado em 25 de setembro de 2025 para PS5, Xbox Series e PC, com a imensa responsabilidade de marcar o retorno inédito da franquia, que passou tanto tempo no esquecimento.

Será que Silent Hill f atenderá às expectativas e honrará o legado da série?

A resposta é: sim. Silent Hill está de volta, e f conseguiu não somente resgatar o terror característico da franquia, porquê também elevou o nível do que significa ser um jogo de horror dentro do gênero. Mas vamos por partes.

Névoa no Japão?

Silent Hill f

A história de Silent Hill f se passa na pacata e isolada cidade de Ebisugaoka. A protagonista, Hinako, sai de sua morada para ir ver seus amigos, a qual tem uma possante relação de amizades há anos. Porém, uma névoa misteriosa invade toda a cidade e coisas misteriosas e aterrorizantes começam a surgir. Assim, Hinako se separa de seus três amigos: Shu, Sasuko e Rinko, e secção em uma jornada para encontrá-los e sobreviver aos acontecimentos sobrenaturais presentes na cidade.

Uma vez que um grande fã da franquia e quem jogou todos os jogos, Silent Hill 2, na minha humilde opinião, é o melhor jogo da franquia, inclusive sua narrativa. O enredo por trás do que está acontecendo na cidade ser materializado em traumas, arrependimentos e desejos de James, revérbero de sua mente perturbada, é alguma coisa genial. Porém, vou revelar que mudei de opinião.

Silent Hill f conseguiu me tiranizar, me impactar e deixar apreensivo do prelúdios ao término. Embora sabendo da potência narrativa de SH2, SHf conseguiu adentrar em terrenos tão sensíveis e cruéis sem pânico de mostrar as consequências de uma veras tão tangível em nosso cotidiano.

Em sua narrativa, Silent Hill f usa a figura tão importante dentro da franquia, a névoa, porquê uma desculpa ou uma distração para externar tabus que ainda hoje tem seus vertigios.

Silent Hill f quase foi ambientado na “cidade real”, mas um detalhe mudou tudo

De roupa, há muito mais sendo exposto, é alguma coisa “sem papas na língua”. Assim, Silent Hill f é corajoso em explorar a repressão feminina, assédio, injúria e o machismo (alguma coisa bastante persistente no período em que o jogo se passa), tudo apresentado da forma mais chocante provável. Você não está prestes para o que Silent Hill f vai te entregar narrativamente. A história é chocante e de partir o coração, com muitas cenas gráficas e mortes sensíveis.

Um terror culturalmente nipónico

Assim porquê em Silent Hill 2, onde os inimigos refletiam os desejos e traumas de James (porquê as icônicas enfermeiras), Silent Hill f vai além ao materializar as visões distorcidas de Hinako sobre os homens da quadra.

Um exemplo marcante é um inimigo que possui diversas cabeças no corpo e uma sinceridade em forma de boca na região da cintura, cuspindo sangue ácido em movimentos sugestivos. É grotesco, incômodo e proposital, mostrando a visão de Hinako sobre porquê as mulheres eram vistas: objetos sem voz ou direitos, destinados somente ao casório e à servidão.

Sob a escrita de Ryukishi07, sabido por visual novels que alternam entre cenas macabras e humor de estudante. Para ele (Ryukishi07), uma história deve ser porquê uma montanha-russa. “Antes de redigir uma cena realmente cruel, tenho que vangloriar o ânimo do povo, por exemplo, com uma cena divertida … antes de redigir uma cena de puro desespero, devemos passar por cenas de esperança.” 

Silent Hill F terá locais opcionais e puzzles desafiadores

E Silent Hill f herdou todo oriente DNA. A mais novidade ingresso da franquia vai entreter com seu psicológico e emocional, enquanto revela detalhes que as cinemáticas não abordam e nem se preocupam em explicar. Pelo contrário, de forma proposital você estará se perguntando, refletindo e tirando conclusões. Mas, de forma engenhosa e respeitando os princípios da franquia, Silent Hill f utiliza dos elementos secundários da narrativa, os documentos, porquê informações relevantes para te dar contexto. Outrossim, Hinako possui um caderno onde registra cada novidade invenção sobre monstros, locais e personagens.

Um terror culturalmente nipónico

Silent Hill fSilent Hill f

O que mais me impressionou em Silent Hill f foi a forma porquê ele conecta os temas pesados da narrativa à cultura japonesa, transformando Silent Hill em alguma coisa mais que uma cidade amaldiçoada. Agora, é um fenômeno, um estado mental, ao invés de ser somente uma cidade onde se cultua o capiroto. Assim, se você patroa as tradições, os mitos e a cultura em si, Silent Hill f será uma viagem cultural aterrorizante. 

Em soma, a trilha sonora é impecável. As notas trazem um tom agonizante e desesperançoso que chegam a incomodar. De roupa, temos cá um trabalho óptimo do time da Neobards. E, além da trilha sonora, o design de som complementa a atmosfera, tornando até a decisão de decorrer arriscada, pois o ronco das criaturas são um alerta de que você poderá ser surpreendido.

Apesar de não relatar com dublagem em português do Brasil, o jogo possui legendas e interface em PT-BR, além de alguma coisa vasqueiro: algumas das músicas dos créditos finais também foram legendadas, ajudando a compreender a narrativa. Uma lição de acessibilidade e localização, em contraste com títulos recentes que ignoraram esse desvelo – não é mesmo, South of Midnight?

Silent Hill f é o primeiro jogo da franquia para maiores de 18 anos no Japão

No universal, Silent Hill f entrega a melhor história já contada na franquia e se consagra porquê uma das narrativas mais marcantes do ano. Se ainda existia incerteza sobre o retorno do terror, prepare-se: você não estará pronto para o que vem pela frente. E, caso consiga chegar ao final, haverá motivos de sobra para revisitar o jogo. A trama de Silent Hill f tem o poder de instigar, de fazer você querer desvendar o que permanece oculto.

Não é um Souls, mas você não terá vida fácil

Um grande debate surgiu na internet quando as prévias de Silent Hill f revelaram que ele teria um sistema de combate com elementos Souls, gênero criado pela FromSoftware. Adotar elementos não é ser igual, mas sim apropriar esses aspectos populares ao contexto do seu game. Esse é exatamente o caso de Silent Hill f.

Hinako possui ataques leves e pesados, esquiva e corrida, todas essas ações consumindo estamina, alguma coisa característico do gênero Souls. Porém, Silent Hill f está longe de ser um Soulslike ou mesmo um Soulslite, porquê muitos pregaram. Ele é mais reptador!

Dissemelhante dos títulos anteriores da franquia, com exceção de The Short Message (2024), o jogador terá à sua disposição somente armas brancas, sejam elas cortantes ou contundentes, porquê canos e marretas, por exemplo. Esse simples pormenor já torna o combate reptador, pois, dependendo da arma escolhida, Hinako sentirá o peso dela. Seus ataques são mais rápidos com uma foice ou uma faca, mas a mesma desembaraço não se aplica quando se utiliza uma marreta ou um machado. Outrossim, Hinako ainda pode potencializar seus golpes ativando o foco e, com esse mesmo recurso, contra-atacar os inimigos.

Silent Hill f é Souls-like ou não? – Opinião

O combate de Silent Hill f é cadencioso e altamente estratégico. Se você tentar abordá-lo no estilo Souls, abusando de esquivas e ataques constantes, será rapidamente submetido pelos inimigos. Esse tino de desvelo e vulnerabilidade é o que torna o sistema de combate tão único e pessoal para a protagonista.

A estratégia é a chave

Se Silent Hill f não tivesse o consumo de estamina, perderia grande secção de seu charme, já que a tensão e o desvelo em cada golpe ou esquiva seriam anulados. A cada ataque é provável sentir o peso do impacto e ouvir o som dos golpes, o que torna a experiência extremamente satisfatória ao varar as criaturas do jogo.

Enquanto a premissa do combate se destaca, algumas decisões acabam prejudicando a experiência. O sistema de luta de Silent Hill f não é perfeito, mas poderia ter sido. Em um jogo onde cada ação consome estamina, o balanceamento entre o gasto de vigor e o tempo de recuperação precisa estar em sintonia, caso contrário, as próprias ações do jogador se tornam sua pior punição.

E é exatamente isso que o combate de Silent Hill f entrega ao jogador. O cima consumo de estamina ao esquivar, somado à morosidade excessiva para a regeneração, soa arcaico e acaba prejudicando de forma desleal, mormente em momentos cruciais, porquê confrontos contra chefes ou inimigos que desferem sequências de golpes.

Por fim, porquê desviar de cinco ataques de um inimigo se em duas esquivas a estamina acaba? E porquê tentar evadir do próximo golpe se a barra de estamina é uma perpetuidade para regenerar? Uma vez que evadir ao ser atacado por mais de uma indivíduo?

Silent Hill f tem duração da campanha revelada

Essas situações acabam manchando o combate de Silent Hill f. O dispêndio excessivo de estamina até pode ser contornado com o aumento do vigor ao longo do jogo. Porém, a decisão de retardar a recuperação dessa barra prejudica o gameplay e se tornou a principal nascente da minha frustração durante os combates.

Uma selecção para sossegar essa sensação em determinados momentos é o uso do foco, que potencializa os ataques e permite contra-atacar os inimigos. Dissemelhante da estamina, essa mecânica consome a barra de sanidade, e é justamente cá que o sistema brilha. Mesmo com os problemas já citados, o foco se mostra um destaque positivo quando o jogo não força o jogador a enfrentar situações inviáveis com as condições limitadas que oferece.

Em resumo, o combate de Silent Hill f é uma mistura entre satisfação e frustração. Funciona muito em certos momentos, mas em outros simplesmente não deveria viver da forma porquê foi implementado.

 A venustidade no horror

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Uma citação continuamente mencionada pelos desenvolvedores de Silent Hill f é: “A venustidade no horror”. Essa frase não foi escolhida por possibilidade. O terror nipónico, dissemelhante do ocidental, é amplamente reconhecido por tratar o pânico de forma mais artística do que somente explorar o gore em tela.

Silent Hill f incorpora esse DNA com uma ambientação espetacular, tornando impossível não se encantar com o horror presente em Ebisugaoka. Ao contrário dos títulos anteriores da franquia, marcados por cenários sujos e agonizantes nas realidades alternativas, cá não há uma atmosfera claustrofóbica. O horror se manifesta na construção detalhada do envolvente, que continua sendo tenso e perturbador, mas ao mesmo tempo belo e marcante

Mas não se engane: Silent Hill f sabe ser grotesco e terrífico quando necessário. Os momentos de susto aparecem na medida certa, e os cenários existem para potencializar a submersão e se destacarem visualmente. O jogo alterna entre a cidade e um santuário, ambos oferecendo contexto narrativo e direções de arte impressionantes – mormente no santuário, onde a cultura, os mitos e as lendas japonesas ganham mais espaço.

Outrossim, há inimigos específicos para cada sítio. Ainda que o jogo recicle algumas criaturas entre cidade e santuário, a variedade apresentada é suficiente para manter o jogador engajado.

Santuários

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Toda essa ambientação bela e marcante se desenrola em um planta da cidade mais crédulo, que oferece uma boa ração de exploração, incluindo a visitante a casas e bifurcações espalhadas pelo cenário. Já no santuário, a proposta é mais linear. Explorar é precípuo em Silent Hill f, pois cada esquina pode esconder um item valioso ou até mesmo a chance de salvar seu progresso em mini santuários.

Esses santuários não somente funcionam porquê pontos de salvamento, mas também são fundamentais para o propagação da protagonista, permitindo aumentar atributos porquê vida, vigor, sanidade e até a quantidade de slots para equipar amuletos úteis no combate. Outrossim, o jogador pode realizar oferendas vendendo itens raros encontrados no cenário e usar a moeda do jogo, chamada Fé, para comprar novos amuletos.

Construído na Unreal Engine 5, Silent Hill f apresenta um visual impressionante. Cada personagem é retratado de forma realista e suasório, com expressões faciais que transmitem perfeitamente o horror e o desespero. Oriente review foi feito na versão de PC, rodando em uma RTX 4070 Super, em solução 2K (1440p) a 60fps, com todas as configurações no sumo. Embora o jogo se beneficie bastante dos recursos da UE5, também sofre com algumas limitações do motor gráfico da Epic.

O título apresenta episódios de stuttering, mas zero que tenha comprometido minha experiência. Consegui reprofundar nesse universo e considerar todo o seu visual sem maiores problemas.

E os puzzles?

A franquia Silent Hill contém puzzles criativos e desafiadores, que variam de consonância com a dificuldade escolhida. Quem não se lembra do quebra-cabeça de Silent Hill 3, no modo difícil, que envolvia os livros de Shakespeare? O famoso “Quebra-cabeça da Selecta de Shakespeare” exigia que o jogador organizasse cinco obras do responsável em uma prateleira, baseando-se em citações retiradas de suas antologias. Em outras palavras, para solucioná-lo era necessário saber previamente esses livros reais (ou logo recorrer a uma boa pesquisa na internet).

Em Silent Hill f, tive uma experiência semelhante à que vivi em Silent Hill 3. Sem entrar em muitos detalhes, há um puzzle que me levou a pesquisar sobre o vocabulário Leet — um sistema de escrita que substitui letras por números e símbolos semelhantes. Por exemplo: C0m80 1nf1n170 (Combo Infinito). Acredito que, quando um puzzle consegue te fazer buscar soluções além da tela, é um sinal extremamente positivo. E nesse paisagem, Silent Hill f honra o legado da franquia com seus enigmas criativos. No jogo, é provável escolher a dificuldade dos puzzles entre três opções: Narrativa, Difícil e Perdida na Névoa.

Joguei na dificuldade Difícil e perdi horas queimando meus neurônios. Mas valeu a pena. Além de criativos, os puzzles exigem atenção redobrada aos documentos encontrados pelo caminho. Nesse ponto, o jogo foi bastante talentoso. Durante a tela de solução dos enigmas, é provável acessar de forma prática todas as informações necessárias, sem precisar transpor do puzzle. Essa decisão de design é uma verdadeira qualidade de vida dentro dos desafios de Silent Hill f.

Mas enfim, Silent Hill f é tudo isso mesmo?

Silent HillSilent Hill

Depois de 16 horas, Silent Hill f é a prova de que a franquia e seu terror tão influente estão de volta em uma novidade trajes. O trabalho da Neobards Entertainment, que até logo não tinha em seu currículo zero realmente memorável, agora se consolida com uma obra digna dos grandes títulos da série.

Com uma narrativa pesada e sensível, ambientação esplendente e trilha sonora marcante, o jogo entrega uma das experiências mais impactantes de 2025. Apesar de o combate ainda ser um ponto de divergência, o conjunto da obra é simplesmente espetacular.

Silent Hill está oficialmente de volta, e muito muito representado.


Silent Hill f:

Silent Hill f entrega um retorno impactante, com narrativa pesada, ambientação belíssima e puzzles criativos. Mesmo com um combate frustrante em alguns momentos, é um dos jogos mais marcantes de 2025 e um renascimento digno da icônica franquia.
João Antônio

von 10

2025-09-22T04:00:12-0300

Fonte

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