Spaten Fight Game revive Popó, Wanderlei e Belfort em arcade

Spaten Fight Game revive Popó, Wanderlei e Belfort em arcade

4 minutos 22/09/2025

Novo jogo da Spaten traz lendas brasileiras das lutas em pixel art, recriando a magia dos arcades dos anos 90.

Se você nasceu antes da viradela do milênio, já tá caloso de ouvir um “Round 1… Fight!” ecoando no fundo da mente cada vez que pega o controle. Era assim nos botecos, nos fliperamas fedendo a cigarro e nos bares onde o possuinte sempre tinha um Marvel vs Capcom 2 travado no esquina. Agora, em 2025, a Spaten resolveu ressuscitar esse espírito com um troço que parece saído de uma veras paralela: o Spaten Fight Game, versão do dedo do Spaten Fight Night 2, trazendo zero menos que Popó, Wanderlei Silva e Vitor Belfort em pixel art, prontos pra trocar sopapo uma vez que se fosse 1994.

E, sim, meu dispendioso, isso é real. Não é meme, não é hack de MUGEN feito em lan house. É jogo solene. Brasílico. E com cheiro de nostalgia que faria até o Alex Kidd largar a motinha pra jogar.

O clima é arcade, mas a treta é real

Vamos combinar: o Brasil precisava disso. Enquanto a molecada de hoje fica discutindo qual skin novidade chegou no Fortnite ou se o passe de temporada do Call of Duty tá valendo a pena, a Spaten foi lá e trouxe o que importa: porradaria retrô com face de fliperama dos anos 90.

No game, você escolhe entre os ícones nacionais das lutas: Acelino “Popó” Freitas, mito do boxe; Wanderlei “Cachorro Louco” Silva, terror do Pride e possuinte de face mais fechada que o portão da fábrica na sexta-feira; e Vitor Belfort, o fenômeno que, nos anos 90, parecia personagem secreto desbloqueável de tão apelão.

Cada um tem golpes especiais inspirados na curso. O Popó solta soco mais rápido que cheque sem fundo dos anos Collor, o Wanderlei distribui ajoelhada uma vez que se fosse brinde de sarau junina e o Belfort… muito, o Belfort deve ter qualquer peculiar que envolve explodir a tela com testosterona.

Rivalidade que nem a romance das 8 conseguiu entregar

Um dos pontos mais gostosos (no bom sentido, calma) do jogo é poder botar Wanderlei contra Belfort no ringue. No mundo real, essa luta já foi adiada mais vezes que lançamento de jogo da Ubisoft. Mas cá não tem desculpa de lesão, contrato ou percentagem atlética: é só botar ficha e deixar o epiderme manducar.

Os cenários também são caprichados. Tem o paquete do Wanderlei, que parece saído de um clipe proibido do Titãs, e a colmado do Belfort, que tem tanta aura de “morada de retiro” que você quase espera comparecer o Ryu treinando no esquina. Isso sem falar no Popó, que chega no maior clima de revanche eterna, porque se tem uma coisa que brasílio gosta mais que cerveja gelada é ver bulha boa.

Onde jogar: no bar, no PC ou na quebrada

O jogo tá disponível de três jeitos:

  1. Online, direto no PC ou no celular — o que, convenhamos, é menos charmoso, mas quebra o galho.

  2. Arcades físicos, instalados em bares de São Paulo, porque a Spaten sabe que zero é mais anos 90 do que botar ficha enquanto segura o copo de cerveja.

  3. Evento na Faria Lima, no dia 25/09, com campeonato solene e ingressos pro Spaten Fight Night 2 no dia 27. A Faria Lima vai virar uma espécie de EVO com cheiro de chopp e suor.

E tem mais: quem permanecer no top 5 do ranking online ganha presença no evento principal. Ou seja, você pode ser só um tiozão gordo de 40 anos no PC da firma, mas ainda assim finalizar no mesmo rolê que Popó e Wanderlei. É ou não é um sonho boomer?

Marketing que sabe cutucar a memória

A Spaten não fez esse jogo só por diversão. Foi estratégia marota de marketing: transformar a expectativa pelas lutas reais em entretenimento alcançável. E conseguiram, porque além de invocar atenção, tocaram o ponto fraco de todo brasílio gamer com mais de 30 anos: a nostalgia dos arcades.

A diretora de Marketing da Spaten, Cinthia Klumpp, resumiu muito: “mais força, menos amargura”. Já o pessoal da filial Gut puxou a epístola da nostalgia, lembrando que essa rivalidade nasceu nos anos 90. Pois é, a idade em que a gente ainda achava que a internet era coisa de filme futurista e onde fliperama era o templo da masculinidade duvidosa.

Um tributo à era da ficha de 50 centavos

O Spaten Fight Game não é só uma ação promocional, é praticamente um tributo solene aos anos 90. A estética de pixel art, os cenários exagerados, os golpes especiais… tudo lembra aquele tempo em que você gastava a mesada inteira em um boteco com cheiro de cigarro só pra provar que o Blanka não era personagem de noob.

É engraçado: na idade, a gente brigava na porrada (virtual) pra mostrar quem era o melhor do bairro. Hoje, a molecada bulha no Twitter pra deliberar qual skin do Naruto combina mais com a M4 do Fortnite. Evoluímos? Talvez. Mas que era mais recreativo ver ficha voando e companheiro chorando porque perdeu no 2P, ah, isso era.

Desenlace do tiozão boomer

O Spaten Fight Game é uma daquelas ideias que parecem piada, mas funcionam melhor do que muito jogo triple A. Enquanto grandes estúdios lançam títulos bugados pedindo 100 GB de update no dia 1, cá temos alguma coisa simples, direto e recreativo: botar lendas brasileiras no ringue em formato pixelado e deixar a treta rolar solta.

É nostalgia com cerveja, é marketing com porradaria, é Brasil em sua origem: juntar futebol, luta e bar no mesmo pacote.

Portanto, meu companheiro, se você viveu os anos 90, prepara a ficha imaginária e entra nessa bulha. E se você nasceu depois, aproveita pra aprender uma vez que era a vida quando multiplayer era no sofá e ninguém chorava porque perdeu uma partida.

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