Super Robot Wars Y: uma ode ao mecânico espectáculo

Super Robot Wars Y: uma ode ao mecânico espectáculo

7 minutos 28/08/2025

Olá meus queridos guerreiro das engrenagens e dos circuitos emocionais, se prepare para invocar os poderes ancestrais da estratégia tática misturada com pura catarse de anime: Super Robot Wars Y voltou dos confins da biblioteca mística da minha memória, e eu, Kazin Mage, estou aqui para lançar meus feitiços de palavras e desvendar esse épico eletrônico como se folheasse um grimório antigo escrito com tinta de óleo de mecha.

Super Robot Wars Y — O que é?

Nível de energia estimado: 90% nostalgia, 10% lógica fria de SRPG — mas com aquele brilho nos olhos resoluto que só um mago dos mechas sabe conjurar.

Antes de tudo: Super Robot Wars Y é um BAITA de um ritual. Um grande círculo de invocação onde você, arcano dos botões, convoca as mais lendárias máquinas de guerra do Japão animístico para lutar lado a lado, ou contra, em batalhas táticas que fariam Sun Tzu chorar em posição fetal.

Em outras palavras, é jogo que tem conteúdo para um C$¨#@!@, seguimos agora com mais explanações de forma mais educada…

Legado e contexto — uma epopeia que brota de 1991

A série Super Robot Wars surgiu em 1991 como grito de guerra aos fãs de mechas, reunindo franquias diversas sob um mesmo comando tático, Y carrega esse espírito, sudando mecha revival e fanservice refinado. Diferente de remixes rasos, este último capítulo se mantém fiel ao que veio antes — com ganhos visuais e narrativos dignos de encher os olhos.

Este capítulo específico da saga, lançado originalmente no longínquo Nintendo DS, se tornou um daqueles grimórios esquecidos por muitos, mas venerado por aqueles que saboreiam a verdadeira alquimia entre anime mecha e RPG estratégico. E não, não estamos falando só de levantar o punho e gritar “Tengen Toppa!”, aqui, estratégia vale tanto quanto estilo. E estilo, meus caros, esse jogo tem de sobra.

Mecânica estratégica — simples, funcional e com um toque novo

  • O combate segue a tradição SRPG: grid, turnos e movimentação cuidadosa, com Spirit Commands, encorajando planos táticos típicos da série.

  • A novidade, entretanto, é o Assist Link, uma joia estratégica. Personagens de apoio (sim, até o mascote do anime junta-se à guerra) agora participam com buffs ou cura, subindo de nível e ganhando diálogos especiais. Essa camada enriquece batalhas sem complexidade excessiva, abre espaço para interação e fortalece laços com a narrativa.

Você começa com opções que podem parecer banais, mas logo está decidindo entre formar alianças entre os garotos problemáticos de Nadesico, os cavaleiros espaciais de Gundam SEED Destiny (belo anime aliás, supér indico), ou mesmo com os encapuzados filosóficos de Fafner. O elenco é vasto, heterogêneo, e cada unidade carrega em si uma alma, que, dependendo do roteiro, pode ser tragicamente destruída, resgatada ou sacrificada com lágrimas pixeladas e música dramática.

O que mais me encanta, e que poucos RPGs táticos modernos conseguem replicar — é o cuidado com a narrativa interdimensional. Super Robot Wars Y mistura linhas do tempo, reinterpreta arcos inteiros dos animes e cria um multiverso robótico que deixaria a Marvel com inveja. As interações entre os personagens são tão absurdamente fanservice que beiram o transcendente. Já imaginou o Shinji (sim, o do EVA) trocando ideias com o Kira Yamato enquanto o Mazinger Z enfrenta um inimigo de Betterman? Pois é, aqui isso é terça-feira.

A jogabilidade, por sua vez, é aquela deliciosa mistura de xadrez explosivo e RPG de tabela: unidades em grade, terreno importando, energia espiritual para ativar habilidades definitivas, e os combos de amizade que ativam golpes especiais. Como bom arcano, sou fã de calcular cada movimento com precisão e ver a dança das animações gloriosas, que mesmo em 2D pixelado, carregam uma energia shonen que transforma qualquer místico cansado em criança de novo.

Mas não sejamos cegos pelos brilhos da nostalgia. Há limitações — e aí é onde entra o sarcasmo do mago. A interface é mais travada que a socialização de um hikikomori, os menus são labirínticos e a dificuldade oscila mais que o humor de um protagonista adolescente de anime. E, para os menos iniciados, o excesso de referências pode ser mais confuso que tentar traduzir a língua dos anjos.

Universo narrativo — um seriado dramático de mechas com alma

Sinal verde para a originalidade! O enredo protagonizado por Echika e os irmãos Tsukinowa oferece profundidade. Pequenas cenas de liderança, crises existenciais e um senso de responsabilidade global (A. Advent fornecendo energia, não apenas lutando) constroem um núcleo narrativo bem mais sofisticado do que esperado. O clima anti-guerra é palpável — um diferencial que traz maturidade e serenidade em uma grade repleta de explosões.

Agora, uma palavra sobre nosso querido RumbleTech, aquele druida do silício e evangelista do PC Master Race. Ah, irmão de circuitos, permita-me gargalhar num tom respeitoso: sei que você curte GUNDAM E MECHAS, mas você não vai conseguir acompanhar essa série direito no seu altar de RGB. Aqui, o templo é portátil, o grimório está no DS (ou quem sabe em outras vias discretas que os magos do emulador conhecem), e a experiência é feita para se jogar com os dedos sujos de pão de queijo e não com teclado mecânico caríssimo. Sim, você vai precisar descer do seu trono e aceitar que nem toda magia é 4K.

O elenco crossover — um desfile emocional de nostalgia

Simplesmente mil rostos, quase que um festival de memórias ochasaradas: amante de mechas reconhece o elenco assim que pisa no campo. Y não é bagunçado, é homenagem com respeito. Os personagens de várias franquias se encaixam de forma coesa e recebem interações sutis que evocam afinidades reais (sobreviventes de guerras rivais agora lado a lado). A fórmula funciona, e funciona bem.

Retornando à essência: a história de Super Robot Wars Y é densa, cheia de reviravoltas, clones, amnésias seletivas, sacrifícios que doem e redemptions que arrepiam. Uma mistura de jornada do herói, melodrama cósmico e uma ode aos clichês que a gente ama. Há algo sagrado nisso. Algo que vai além da simples nostalgia, é como abrir um baú selado e reencontrar um velho robô de brinquedo que ainda sabe os nomes dos seus sonhos.

Se você é um iniciado na série, já sabe o caminho. Se é um neófito, esteja pronto: haverá sofrimento, haverá glória, haverá cutscenes longas com pouca animação mas com dublagem tão potente que faz até o coração de um lich pulsar.

E o melhor: esse tipo de jogo não exige pressa. Super Robot Wars Y é o tipo de aventura que se saboreia como um vinho envelhecido em barris feitos de peças de Zaku. Você escolhe o seu time, sente cada missão, assiste às animações com a paciência de um elfo milenar e mergulha fundo no poço sem fundo da guerra emocional que é o universo dos mechas.

Visual cinematográfico — transformação de nostalgia em arte

Se tudo estivesse limitado a texto, seria triste. Mas não. Y entrega animações de batalhas deslumbrantes, cortes dignos de série OVA, traços e luzes que te fazem suspirar em pixel e CG. No PS5, cada faiscar, explosão ou sequência de combinação parece uma fita perdida restaurada na melhor forma. Um verdadeiro presente aos olhos.

Som que remete ao épico — trilha e vozes do coração

O áudio respira nostalgia. Explosões estouram com a potência dos clássicos, personagens conhecidos retornam com suas vozes originais, e temas icônicos disparam sempre que o robô favorito entra em cena. É música e voz que acaricia o coração do fã.

Acessibilidade e polimento — novo UI e modos facilitam a entrada

Não é só músculo visual. O game apresenta interface mais limpa e menus redesenhados para clareza, além de modos casuais para novos pilotos conhecerem o universo sem fossilizar o cérebro. Se você é veterano ou novato, pode embarcar nessa.

Pontos a lapidar

  • O SRPG aqui é leve. Se você deseja garras estratégicas como Fire Emblem, aqui é tática com cola; fácil demais em dificuldades médias.

  • Trechos de visual novel com textos densos e sem voz podem entorpecer — deve ter Magic Resist contra exposição técnica.

  • A ambição de incluir muitos universos gera excesso de exposição em diálogos, exigindo familiaridade prévia para acompanhar com fluidez.

Técnica com alma de mago

Super Robot Wars Y não é apenas um tactical RPG, é uma homenagem cinematográfica ao gênero mecha, com coração, luzes e explosões. É leve mas bem equilibrado, familiar mas com conteúdo original, visualmente marcante e audível como uma sinfonia gigante de metal. Se você ama mechas, me oferece estratégia sem desespero e tem nostalgia pulsando nas veias… este é o jogo.

Prós:

  • Roteiro que honra e reinventa histórias clássicas do anime.
  • Fanservice elevado à forma de arte arcana;
  • Estratégia tática com profundidade, upgrades e personalização;
  • Combina franquias lendárias em uma única narrativa coesa e épica;

Contras:

  • Pode ser excessivo para quem não tem intimidade com o universo mecha.
  • Algumas missões exigem mais paciência do que uma invocação de 7 dias;
  • Interface datada e menus labirínticos;

Nota Final: 8/10

Se você gosta de drama, estratégia e robôs gritando antes de explodirem coisas, esse jogo é um ritual que precisa ser feito. E assim fecho este pergaminho com as runas da saudade e da admiração. Super Robot Wars Y é mais do que um jogo: é uma constelação de memórias robóticas que continuam brilhando no céu dos RPGs táticos. Que os deuses do pixel te acompanhem, guerreiro. E que você tenha energia espiritual suficiente para enfrentar as longas campanhas — e as lágrimas inevitáveis.

Fonte

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