Switch 2 já tá na rua, mas free-to-play segue no banco

Switch 2 já tá na rua, mas free-to-play segue no banco

4 minutos 09/09/2025

Três meses em seguida o lançamento do Switch 2, estúdios F2P ainda tão esperando kit de desenvolvimento. Enquanto isso, Mario já tá rodando 4K e UFL continua aquecendo no vestiário.

Switch 2 chegou, mas não pra todo mundo

O Switch 2 já tá aí, esgotando em loja, quebrando recorde de venda e deixando até o PS5 com rosto de peso de papel de luxo. Três meses depois do lançamento, já tem Zelda rodando a 60 fps, Mario fazendo parkour em 4K e até Bicho Crossing virou benchmark de ray tracing com sombra em pixel de formiga.

Mas se você é estúdio de free-to-play? Pode sentar no banco, irmão. A Nintendo continua segurando os dev kits porquê se fossem ingresso de show da Taylor Swift.

Quem soltou o desabafo foi Eugene Nashilov, CEO da Strikerz, estúdio do tal do UFL, o “anti-FIFA” que prometia rivalizar com o EA Sports FC. Ele mandou a real: “Ainda não temos Switch 2 pra desenvolver. Nintendo não tá muito ativa em mandar kit pra estúdios F2P.”

Tradução: se o teu jogo não custa 70 dólares no cartucho, a Big N não tem pressa nenhuma.

UFL: o FIFA killer que tá só no aquecimento

O UFL já tá disponível no PS5, no Xbox Series X|S, e a versão de PC chega até o termo de 2025. Mas no Switch 2? Nem uniforme o time conseguiu ainda.

É porquê chegar na final da Champions e desvendar que o patrocinador esqueceu de mandar chuteira. Tá todo mundo jogando globo no gramado, e a Strikerz tá lá, olhando pela grade do estádio.

E olha que ironia: enquanto o UFL fica na fileira, a Nintendo tá vendendo Mario Strikers Deluxe 2.0, que basicamente é o mesmo jogo de 2006 com um modo online que cai mais que goleiro de várzea. E ainda vende que nem chuva.

Nintendo e sua tradição de segurar dev kit

Não é novidade. A Nintendo sempre teve esse jeitinho “meu tempo é o tempo manifesto” de mourejar com terceiros.

  • Switch original (2017): vários estúdios passaram meses desenvolvendo no escuro, sem kit, quase programando na fé.

  • Wii U (2012): dev kit até existia, mas a documentação parecia manual de micro-ondas em nipónico. Resultado: flop histórico.

  • 3DS (2011): muita gente só recebeu kit depois do console já ter estourado.

É quase política da empresa: primeiro encher o catálogo com Mario, Zelda e Pokémon, e depois, se sobrar espaço, deixar terceiros galhofar também.

Free-to-play: o patinho mal-parecido da Big N

A secção mais engraçada é que o free-to-play é o padrão que mais rende hoje em dia. Fortnite, Genshin Impact, até Candy Crush tão nadando em piscina de moeda. Mas a Nintendo olha e fala: “Cá não, guerreiro. Cá a gente vende cartucho a preço de rim e DLC de 25 dólares.”

Enquanto as gigantes do F2P fazem bilhões, a Big N prefere apostar no padrão premium raiz. E sabe o que é pior? Funciona. O fã da Nintendo paga feliz 70 dólares num remake de jogo de 2004 com textura polida.

É quase porquê se a empresa dissesse: “Se você não é Mario, você não entra no clube.”

Os boatos da Gamescom

Na Gamescom 2025, a fofoca rolou solta: até estúdios grandes ainda não tinham disposto as mãos no Switch 2. A Nintendo estaria empurrando universal pra lançar no Switch 1 e incumbir na retrocompatibilidade.

Ou seja, a lógica é simples:
– “Manda pro Switch velho, relaxa. Depois a gente dá um jeitinho de rodar no novo.”

É tipo sua vó falando que roupa de 1999 ainda serve. Serve? Serve. Mas vai parecer cosplay de tio do churrasco.

Quem ganha e quem perde

Pra Nintendo, segurar dev kit tem lógica: controla o fluxo, garante que no lançamento só tenha jogo “solene” polido e impede flood de jogo free-to-play mal otimizado.

Pra estúdios menores, é um pesadelo: cada mês sem kit é tardança no port, tardança no marketing e tardança na possibilidade de faturar. Enquanto isso, a janela do hype fecha e o jogo acaba esquecido.

Foi assim com dezenas de indies no Switch original, que só chegaram na plataforma quando já estavam velhos no PC. No Switch 2, a história parece se repetir.

E o jogador nessa história?

Pra nós, jogadores, a treta é até engraçada. Porque no fundo a gente só quer jogo rodando barato e sem dor de cabeça. Se a Strikerz não lança UFL no Switch 2 agora, formosura, a gente continua jogando Mario Kart 9 até o volante pegar queimada.

Mas o ponto é: sem free-to-play, o Switch 2 perde aquele cardápio variado. Você até pode remunerar 70 dólares em Zelda e 60 em Mario, mas cadê aquele joguinho gratuito que você baixa só pra zoar no pausa do almoço?

Nintendo sendo Nintendo

O comportamento da Big N já virou folclore:

  • Não liga pra tendência.

  • Ignora padrão de negócio moderno.

  • Segura kit até os parceiros chorarem.

E ainda assim, vende console que nem chuva. O Switch 2 já passou de 15 milhões de unidades em 3 meses, e todo mundo tá feliz. Até quem não recebeu kit. Porque no fundo, trabalhar com a Nintendo é tipo ser convidado pra mesa da realeza: você espera, você sofre, mas quando entra, é um status.

Globo paragem no Switch 2

Três meses em seguida o lançamento, o Switch 2 é sucesso integral. Mas pros estúdios free-to-play, ainda é jogo de paciência. UFL e outros seguem no banco, esperando dev kit que não chega.

Nintendo continua firme no seu estilo: “joga no meu ritmo, não no seu”. E os jogadores? Continuam comprando Mario e Zelda sem reclamar, porquê sempre.

No termo, só resta repetir a máxima: a Nintendo pode atrasar dev kit, pode ignorar F2P, mas quando ela fala, o mercado escuta.

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