The Lilliput Workshop é trenzinho mágico com descarrilamento

The Lilliput Workshop é trenzinho mágico com descarrilamento

3 minutos 30/08/2025

Sabe quando a gente abre uma caixinha antiga da infância e encontra aqueles brinquedos de madeira, cheirinho de guardado e sensação de abraço quentinho? Pois é mais ou menos isso que acontece ao jogar The Lilliput Workshop.

A proposta é simples, mas irresistível: construir caminhos para um trenzinho bonitinho num mundo que parece saído direto de um livro ilustrado. Só que, como em toda fábula, nem tudo é perfeitinho — às vezes o trem descarrila, ou melhor, o jogo tropeça em alguns detalhes técnicos.

A sensação inicial foi tipo abrir a caixa de brinquedos da infância: cada cenário parecia uma pintura feita com carinho, e a locomotiva soltava uma fumacinha que mais parecia suspiro de marshmallow. Eu juro, parecia que o jogo estava tentando me abraçar. E eu deixei. Quem não deixaria?

O jogo e sua mágica

The Lilliput Workshop, lançado em agosto de 2025, é uma experiência que mistura puzzle, construção e narrativa fofinha. Você guia um pequeno trenzinho por cenários que parecem pintados à mão, encaixando peças, ajustando o caminho e resolvendo desafios lógicos que, curiosamente, conseguem ser relaxantes e desafiadores ao mesmo tempo.

A arte é puro açúcar para os olhos: os cenários lembram aquarelas, as animações são suaves e cada detalhe foi pensado para parecer um brinquedo de verdade. É impossível não sorrir ao ver o vaporzinho escapando da locomotiva como se fosse uma chaleira animada. A trilha sonora, por sua vez, embala tudo como uma canção de ninar, tornando o jogo um espaço de conforto.

Outro destaque é o editor de fases, que permite criar e compartilhar seus próprios desafios com a comunidade. Essa função dá fôlego extra e transforma o jogo numa caixinha sem fundo de possibilidades, o que é um presentão para quem gosta de inventar e explorar.

A jogabilidade é um puzzle fofinho: você encaixa peças para guiar o trenzinho até o objetivo. É simples, mas tem aquele charme de “só mais uma fase” que faz você esquecer o chá esfriando na caneca.

O editor de fases foi tipo um convite: “vem cá, cria a sua bagunça também”. E eu criei, e testei, e vi que dá pra brincar de arquiteta de trenzinhos com uma comunidade inteira. É lindo pensar que alguém, em algum lugar do mundo, está jogando o trilho torto que eu inventei.

E a trilha sonora? Um mimo. É música de chá da tarde, de cochilo depois da aula, de “só mais um capítulo do livro e já durmo”.

Mas nem tudo são flores de papel colorido…

Então, querido diário, preciso confessar: o jogo também me irritou. Às vezes os controles fazem birra, como aquele carrinho de brinquedo que roda só numa direção. E teve uma ou duas vezes que o jogo simplesmente disse: “não quero mais brincar” e fechou sozinho. Foi tipo o primo que derruba a sua torre de blocos só porque sim.

Vi gente comentando no Steam que até o capítulo 2 foi tudo suave, sem bugs. Então parece que eu dei azar. Mas ainda assim, fiquei com aquela sensação de que a oficina da Lilliput precisava de mais uns ajustes antes de abrir os portões.

Prós:

  • Visual encantador, com estilo de conto de fadas
  • Trilha sonora relaxante e acolhedora
  • Editor de fases poderoso e divertido
  • Clima aconchegante, perfeito para relaxar

Contras:

  • Alguns bugs e crashes ainda atrapalham
  • Pequenas inconsistências de áudio e volume

Nota Final: 7/10

The Lilliput Workshop é aquele tipo de jogo que te dá vontade de tomar um chá com bolachinhas enquanto joga. Ele tem coração, tem fofura e tem criatividade, mas também carrega uns defeitinhos que impedem o trem de chegar na estação da perfeição. No fim, fica como aquele brinquedo antigo que você ama mesmo com a tinta descascando: um 7/10 cheio de carinho, recomendado para quem procura uma experiência aconchegante e criativa, mas que não se importe em lidar com pequenos tropeços técnicos.

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