Início » THRASHER: Análise Old-School da Enguia Psicodélica

Introdução: quando um tiozão que sobreviveu a Deus Ex Machina encontra uma enguia cósmica!
Eu, uma vez que digno representante da velha guarda — aquele que viveu a era do ZX Spectrum, do MSX, do “carregando… não mexa no gravador” e do traumatismo eterno de Deus Ex Machina que vinha em fita K7 com trilha narrada — achei que zero mais me surpreenderia no mundo dos videogames. Mas aí chega THRASHER, da Puddle, um jogo onde você controla uma enguia espacial monumental, atravessando reinos psicodélicos uma vez que se estivesse pilotando um sonho pós-ácido dos anos 80.
E olha… eu já joguei coisas estranhas. Já enfrentei aliens em Xenon 2, já tentei entender o design de Ecco the Dolphin, já pilotei dragões voadores que pareciam renderizados no Paint. Mas zero — absolutamente zero — te prepara emocionalmente para a sensação de guiar uma enguia gigantesca ao som de uma trilha que faria o Kraftwerk levantar da tumba de 8 bits e manifestar: “ok, isso é interessante”.
THRASHER não só abraça o estranho — ele passa o rodo, joga glitter, instala neon, liga o ventilador e te empurra na rave cósmica. E eu, rabugento por natureza, dei risada de nervoso… e continuei jogando.
Com THRASHER você percebe rapidamente que não está diante de um jogo tradicional. Cá não tem “marchar, pular e combater”. Cá tem rodopiar, impulsionar e circunvalar, tudo ao mesmo tempo, controlando trajetória uma vez que se estivesse empurrando um fio de macarrão vivo e luminoso num túnel lisérgico.
A movimentação da enguia funciona em pequenas rotações com o mouse ou analógico, e isso dá ao jogo uma personalidade própria: um pouco entre “pilotando um míssil vivo” e “tentando controlar uma minhoca rabugenta na rave da meia-noite”. O sistema de combos circulares — onde você literalmente dança em volta dos inimigos para aumentar o multiplicador — me fez lembrar dos velhos arcades de Tempest, misturado com aquele caos organizado de Rez, tudo com o ritmo frenético de Thumper.
É quase uma lição de design psicossensorial, só que ministrada por alguém que claramente tomou moca demais e dormiu de menos.
E uma vez que tiozão gamer, admito: funciona absurdamente muito.
Para quem viveu a era em que efeito de explosão era um quadro piscando em vermelho e amarelo, os visuais de THRASHER são uma vez que olhar para um VHS gravado em 1992 e deslindar que tem 8K escondido na fita.
Os reinos psicodélicos são maravilhosamente exagerados — camadas, partículas, nebulosas pulsantes, criaturas geométricas que parecem ter saído de uma convenção de arte do dedo de 1987 — tudo gritando neon no seu rosto.
Enquanto isso, a trilha sonora de Brian Gibson (Lightning Bolt) martela na sua cabeça uma vez que se você tivesse posto o CD falso no Discman e sincero uma passagem dimensional.
E eu adoro tudo isso. Porque THRASHER tem aquela espírito retrô que não tenta imitar gráficos velhos — ele tenta imitar a sensação de jogar coisas estranhas no pretérito.
Lembra de quando você jogou Deus Ex Machina e pensou: “eu não sei o que está acontecendo, mas não consigo parar”? É isso. Mas agora com mais cor, mais ritmo e mais enguia.
THRASHER segue uma estrutura de evolução em que você começa uma vez que um verme espacial franzino, depois vira uma enguia parruda, depois vira… Um tanto.
Um tanto enorme. Um tanto que provavelmente exigiria a classificação indicativa “para maiores de 16 anos” se fosse exibido em uma lição de ciências.
A sensação de progresso é autêntica: cada tempo (são 27 no totalidade) te transforma de um pedaço de fio luminoso em uma entidade cósmica digna de boss final de Panzer Dragoon.
Cada upgrade tem impacto real — velocidade, tração, dano, relâmpago de ataque — e a sensação de controle totalidade vai crescendo até você perceber que domina o movimento uma vez que se estivesse pilotando um sabre de luz aquático.
Se você acha que é habilidoso porque fechou Hades duas vezes — parabéns, vencedor. Cá as regras são outras.
THRASHER exige precisão cirúrgica. Exige revérbero. Exige foco. Exige paciência de velho rabugento que já jogou R-Type sem save state.
Os inimigos surgem com padrões rítmicos. Os corredores são estreitos. Os bônus aparecem rápido demais. E você vai morrer com frequência — não porque é ruim, mas porque THRASHER é indiferente e te olha nos olhos dizendo: “eu avisei”.
É difícil? Sim.
É frustrante? Sim.
É viciante a ponto de destruir seu sono? Sim, e aí está o charme.
Nem tudo é perfeito. Nem todo neon brilha igual. Alguns jogadores relatam quedas de FPS, efeitos visuais exagerados demais, caos gráfico que às vezes esconde inimigos.
E honestamente? Eu senti tudo isso. Mas fiquei de boa. Talvez porque minha barra de tolerância tenha sido calibrada jogando jogos do ZX Spectrum que travavam só porque você respirou falso.
Ainda assim: É bom avisar — THRASHER poderia ser um pouco mais suave em hardware mediano.
THRASHER não tenta ser normal. Não tenta ser simpático. Não tenta ser conseguível. Ele é puro caos psicodélico retrô embalado em moderno — e isso, para quem viveu as bizarrices dos anos 80 e 90, é quase verso do dedo. Se você gosta de jogos de ritmo, trilhas intensas, reflexos rápidos e aquela sensação de estar jogando um pouco que seu eu de 1991 nunca imaginaria, THRASHER é obrigatório. Se você quer jogo tranquilo… Meu companheiro, procure uma fazendinha.

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