Início » Towa and the Guardians é o novo épico roguelike da Bandai

🔮 Nem todo artefato precisa ser perfeito para sofrear magia — às vezes, é nas rachaduras que a luz sagrada entra.
Eu, Kazin Mage, vos trago nascente pergaminho de impressões, talhado com runas de experiência, envolvido no incenso da sabedoria RPGística, para vos guiar sobre esta jornada que arrebata corpo e espírito.
Na alvorada de um mundo ameaçado por Magatsu, um deus tombado cuja devassidão se alastra uma vez que miasma entre os mortais, a donzela sacerdotisa Towa ergue-se uma vez que o farol de esperança. Da vila de Shinju, que respira em ciclos atemporais, ela convoca oito Guardiões – almas escolhidas, encarnadas por antigos pactos. Estes são os Filhos da Reza, cuja missão não é exclusivamente o combate, mas o selamento do caos.
Porém, a traço do fado é curva. E quando Towa manipula as fibras do tempo para salvar seus companheiros caídos, cria fragmentos de realidades onde cada Guardião é provado em psique e corpo. Uma narrativa assim, forjada nas brasas do shintô avito, não se desenha com palavras simples. A cada conversa com aldeões, a cada cena revelada em cênarios desenhados uma vez que pergaminhos de aquarela, o jogo estende seu tapete de misticismo sob nossos pés.
Mas não é exclusivamente pela lira da história que Towa canta. Sua harpa ecoa também nos campos de guerra. Cá, o combatente não caminha só. Escolhe dois Guardiões por investida: o Tsurugi, o portador da punhal sagrada, que age com impetuosidade e reflexos de relâmpago; e o Kagura, rabi das danças arcanas e feitiçarias sutis, que caminha à margem do confronto direto, mas molda a maré da guerra com sabedoria.
As espadas do Tsurugi – Honzashi e Wakizashi – são suas extensões espirituais. Cada golpe, uma prece cortante; cada combo, uma invocação avito. Mas uma vez que toda lâmina, estas também se desgastam. O jogo, num gesto arcano de design, obriga o guerreiro a intervalar suas espadas, mantendo a dança viva e fugindo do marasmo dos mashing mortais. A guerra é fluida, sagrada, e pede ritmo, estratégia, coragem.
O Kagura, por sua vez, é a brisa que sussurra nas trevas. Suas magias ajudam, protegem, fortalecem. Mas sua realização é simples demais para o intensidade de profundidade que o Tsurugi exige. Jogando sozinho, o Kagura atua uma vez que sombra submisso; a dois, torna-se um companheiro ativo, mas ainda assim com papéis aquém de sua grandeza potencial. Fosse nascente um grimório de conjurações máximas, diria que lhe falta uma runa.
A estrutura é roguelite em seu cerne. Mas, ah! que temperos colocaram neste caldeirão! Cada sala conquistada concede uma Perdão, habilidades mágicas que se acumulam e moldam o Guardião ao longo da jornada. Algumas fortalecem o ataque de espadas, outras invocam ciclones ou efeitos que entrelaçam dano com venustidade. Mas, uma vez que todo encantamento, são efêmeros. Ao término da dungeon, ou com a morte, elas se desfazem uma vez que fumaça diante da aurora.
E mais cruel ainda: ao concluir uma dungeon, o Kagura escolhido será sacrificado. Leste gavinha perdido é removido do seu panteão de heróis, trazendo peso emocional e estratégico. Não basta vencer, é preciso tarar o dispêndio da vitória. Cada escolha é uma perda, cada progressão, uma cicatriz.
Entre uma invasão e outra, Towa repousa na vila de Shinju. Mas não para folga ocioso, e sim para desenvolvimento e conexão. O jogador pode visitar o Dojo, aprimorar atributos; ir à Forja, onde um minijogo desafia reflexos e timing para gerar espadas com fisionomia e poderes personalizados; ou pescar, edificar casas, fomentar aldeões.
A vila não é exclusivamente um hub: é um revérbero da psique de Towa. Quanto mais você avança, mais o tempo passa, mais a vila se transforma. NPCs comentam, reagem, evoluem. Porquê num bom RPG, cá reside o cerne da submersão. É o momento de quietude antes do trovão.
Ah, viajante… se há um momento em que um velho mago uma vez que eu suspende sua pena e contempla em silêncio, não é diante de um dragão tombado, nem mesmo quando as estrelas caem do fundamento — mas sim quando o mundo, ainda que feito de zeros e uns, revela-se tão belo que poderia ter sido pintado por deuses esquecidos.
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é um desses raros feitiços visuais, cuja estética não exclusivamente encanta, mas murmura segredos antigos a cada passo. A técnica usada é de uma delicadeza nunes: personagens renderizados em cel-shading, movendo-se com a leveza de pinceladas flutuantes sobre cenários em aquarela do dedo, uma vez que se os próprios pergaminhos das eras ancestrais tivessem ganhado vida.
Os salões sagrados da Vila Shinju, por exemplo, mais parecem páginas de um tomo ilustrado por qualquer monge iluminado pela luz do Entendimento Supremo. Há texturas lavadas, luzes suaves uma vez que a alvorada em campos de cerejeira, e detalhes que se desvelam aos poucos, uma vez que se cada quina do planta tivesse sido traçado para ser redescoberto a cada novidade invasão.
E todavia, nem tudo são pétalas ao vento.
Alguns campos de guerra — mormente aqueles próximos aos domínios dos Magaori — sofrem do mal da saturação exacerbada, uma vez que se o pincel do artista houvesse escorregado em uma poça de cor. Nessas horas, o excesso de partículas e efeitos pode fazer com que o jogador sinta-se não em combate, mas dentro de uma tempestade de tinta. A câmera, por sua vez, em certos recuos, comporta-se uma vez que uma águia desorientada, voando longe demais e dificultando a visão do que ocorre nos planos inferiores.
Mas eis que surge a salvamento, e ela vem na forma de música — e que música, ó deuses antigos!
O encantamento sonoro foi urdido pelo arquimestre Hitoshi Sakimoto, cuja lira mágica já encantou mundos uma vez que Final Fantasy XII e Dragon’s Crown. Suas composições cá são uma vez que orações que dançam entre o místico e o heroico. Os tons tradicionais do Japão avito misturam-se com arranjos que parecem ter sido colhidos do éter de outros planos.
Cada nota durante uma guerra é um chamado para a glória, enquanto os momentos de tranquilidade na vila são acompanhados por melodias suaves uma vez que vento entre bambuzais. E uma vez que olvidar o som que ecoa quando forjamos uma punhal novidade? Um tilintar que parece reverberar pelos ossos da serra. Uma memorial de que som e lâmina compartilham a mesma psique.
As vozes dos personagens, tanto em nipónico quanto em inglês, são encantamentos à segmento. Towa, com sua serenidade cortante, Origami com suas palavras cheias de sabedoria velada, e Shigin, que mais parece declamar seus ataques uma vez que haikais vingativos — todos possuem uma musicalidade na fala que transcende a simples atuação. Eles existem, eles vivem, e nos falam não exclusivamente com palavras, mas com o peso de seus passados e esperanças.
Em suma, o capítulo visual e sonoro deste tomo é digno de ser copiado em tapeçarias e cantado em tavernas. Apesar de alguns tropeços na transparência dos campos de guerra, o mundo de Towa and the Guardians of the Sacred Tree é um verdadeiro jardim sagrado: sarapintado, sonoro, místico e memorável.
Ah, quão doces são as ilusões dos jovens aventureiros, que acreditam que a jornada será reta uma vez que estrada de elfos! Mas em Towa and the Guardians of the Sacred Tree, não há traço reta, tampouco folga sem dispêndio. Pois cá, o tempo é uma serpente que morde sua própria rabo — e toda vitória traz consigo um preço que o coração nem sempre está pronto para remunerar.
Leste jogo, herdeiro dos antigos pergaminhos dos roguelikes, tece sua narrativa uma vez que um bordado com fios de dor e renascimento. A cada invasão nas terras amaldiçoadas pelos Magaori, Towa escolhe dois Guardiões: o Tsurugi, sua lâmina, e o Kagura, seu báculo. Juntos, enfrentam horrores que espreitam em ruínas esquecidas, cavernas malditas e templos onde até os deuses hesitam pisar.
Mas quando retornam…
…nem todos retornam.
Pois a psique do Kagura, ao término de uma jornada vitoriosa, é sacrificada no altar da perpetuidade. Um Guardião que te serviu com coragem, que te salvou no momento em que a lâmina falhou, será perdido. E com ele, também se vão suas magias, suas memórias — sua possibilidade de viver em futuras lutas.
🕯️ Cada vitória é também uma despedida.
Leste ciclo de perda e recomeço é o verdadeiro cerne da jogabilidade. A cada novidade runa, deves ponderar: qual Guardião posso perder? O que estou disposto a sacrificar? E isso, ó leitor prudente, não é exclusivamente mecânica — é narrativa. O jogo te obriga a amar e a deixar partir, uma vez que se quisesse ensinar a prelecção mais antiga da magia: zero é eterno.
E cá reside uma das maiores virtudes do título. Ele não quer exclusivamente que você vença monstros — ele quer que você se transforme. Cada perda molda quem você é. Cada retorno à Vila Shinju, com uma cadeira vazia à mesa, ecoa nas entrelinhas do roteiro. Os demais Guardiões sentem a falta. As conversas mudam. O clima pesa. E quando você sente isso, não uma vez que jogador, mas uma vez que companheiro de jornada… ah, portanto o manipanço está completo.
A repetição, nesse contexto, nunca soa uma vez que pena. Ela é reencarnação. Voltar não é tornar, mas sim refinar a psique, aprimorar espadas, forjar novos laços. A cada tentativa, tua vila cresce. Novos edifícios surgem. Novos fragmentos da história são revelados. E, com sorte (ou benção divina), novos heróis emergem das cinzas dos antigos.
O ciclo da morte e do renascimento em Towa and the Guardians of the Sacred Tree não é exclusivamente mecânico — é mítico. Ele evoca o eterno retorno de Nietzsche, o ciclo do Samsara budista, os contos dos xamãs que revivem para trazer sabedoria aos vivos.
E, se me permite o desabafo, nascente velho mago viu um pouco semelhante em sua juventude, quando percorreu os corredores de Darkest Dungeon, ou dançou com os espectros de Children of Morta. Mas nenhum destes ousou tornar a perda mecânica e narrativa num só ritual sagrado uma vez que Towa o faz.
Prepare-se, pois, para um jogo que não perdoa os fracos de espírito.
🕯️ Mas que recompensa os fortes com um pouco mais valedouro que loot: catarse.
Porquê todo tomo arcano — mesmo os selados pelas mãos de Archimagos — Towa and the Guardians of the Sacred Tree não é isento de falhas em sua costura cósmica. Porquê um elmo forjado às pressas por um homúnculo enamorado, há detalhes que poderiam ser polidos por martelos mais experientes. Todavia, suas qualidades cintilam uma vez que cristais de mana pura no coração de uma caverna esquecida.
Preparei aquém, uma vez que nos pergaminhos dos anciões, uma lista clara de virtudes e defeitos, para que tu, ó novel de herói, possas julgar o que esta jornada tem a oferecer.
🌳 Um mundo moldado pelos deuses do Shintoismo
A ambientação é de uma venustidade quase ritualística. Tudo — das máscaras dos Magaori ao design das espadas mágicas — remete a lendas ancestrais do Japão mítico. Um festim visual e místico.
🗡️ Dupla dinâmica entre Tsurugi e Kagura
O sistema de combate com dois Guardiões por vez, forçando trocas, alternância e sacrifícios, é um dos mais originais já vistos em roguelikes. Estratégia cá não é opcional, é rito.
🔥 Boss fights que testam tua psique e tua paciência
Lutas contra chefes são uma vez que duelos em altares profanos. Precisão, revérbero e coragem são exigidos. Cada vitória é um novo aro gravado no teu grimório pessoal.
🏘️ A vila Shinju: mais que um hub, um lar
Repleto de NPCs com histórias, costumes e progressão própria. Forja de armas, pesca, refeições rituais, construção de prédios… uma micro-gestão ligeiro e envolvente entre masmorras.
🎶 Trilha sonora de Hitoshi Sakimoto, o poeta supremo
Compositor de Final Fantasy XII e Vagrant Story, Sakimoto invoca cá melodias que alternam entre o sutil e o homérico com maestria. Cada nota é uma invocação emocional.
📜 Roteiro entrelaçado com mecânicas
O sacrifício de personagens em seguida conquistas não é exclusivamente uma mecânica roguelike. É metáfora narrativa. Cada decisão pesa. Cada morte ecoa. E cada repetição te ensina mais sobre si mesmo do que sobre os inimigos.
💔 Sistema de Kagura carece de profundidade
Enquanto o Tsurugi se banha em dinamismo e glória, o pobre Kagura parece um novel de segundo ano: útil, mas pouco envolvente. Em co-op, essa diferença é ainda mais gritante.
🔧 Forja de armas pouco intuitiva
A alquimia das espadas poderia ser mais clara. O sistema de geração, embora rico em possibilidades, carece de tutoriais ou feedbacks visuais para o jogador iniciante.
🔁 Biomas e salas se repetem com frequência
A venustidade aquarelada dos cenários começa a perder seu cintilação em seguida longas sessões. Mais variedade de ambientes teria ressaltado ainda mais o esplendor da jornada.
👁️ Combate exige mais precisão do que o controle oferece às vezes
Pequenas falhas de leitura entre ações e trocas de armas podem atrapalhar a fluidez em momentos decisivos. Não é metódico, mas quando ocorre, pode ser infalível.
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é mais do que um roguelite. É uma experiência místico interativa. Um pergaminho vivo que se reescreve a cada runa. É imperfeito, uma vez que todo bom artefato velho, mas repleto de magia, psique e coragem.
Para os aventureiros que buscam mais do que números crescentes, que desejam sentir o peso de cada psique perdida e o calor de cada fogueira acesa — nascente jogo é um ritual. E, uma vez que todo ritual, exige entrega.
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é mais do que um roguelite. É um rito de passagem. Uma oferenda ao altar dos jogos que ousam colocar coração, lágrimas e verso em sua estrutura. Se vosso espírito procura desafios que exigem mais que reflexos, se vossa psique anseia por uma história que respire entre as masmorras, e se vosso paixão por RPG pulsa potente, nascente é um caminho que vale a travessia.

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