Twins of the Sun entrega aventura leve cheio de charme

Twins of the Sun entrega aventura leve cheio de charme

8 minutos 03/12/2025

MAGALI PIXEL subiu no martelo de pedra, ajeitou a mochila de aventureira e se jogou numa selva de pixels — porque hoje o jogo da vez é Twins of the Sun, da Commando Panda — e vou te racontar tudo o que vi: o que brilhou, o que rangia, os sustos de alegria e os tropeços de “ah, podia ser melhor”. Prepara o suquinho, segura a dual-stick com firmeza, que a jornada tá longa. 🎮🌞

🧭 A premissa — irmãos, selvas e um martelo de pedra contra o caos

Twins of the Sun te coloca no controle de dois irmãos gêmeos — estilo “Heróis Saídos da Mito”, com past behind them, lei na psique, e uma irmãzinha sequestrada pra resgatar. Sim, o clichê é simpático, e funciona: a motivação é simples e humana: família, urgência, coragem.

A jornada atravessa cenários animados e variados: selvas densas, vilas esquecidas, minas traiçoeiras, templos antigos e ruínas místicas. O estilo visual é tingido, cartunesco, quase uma vez que se tivesse saído de um figura entusiasmado — o que, para mim, lembra bastante aquele clima de “proeza infantil” com um pé no lúdrico e outro no homérico (um pouco uma vez que se o espírito de um figura da puerícia tivesse determinado virar hack-and-slash).

E o arsenal? Um Martelo de Pedra para combate corpo a corpo, e uma Varinha dos Deuses para magias e ataques à intervalo — sim, magia e martelo juntos, porque por que não? Dá pra jogar sozinho, alternando entre os gêmeos, ou com um companheiro em cooperativo lugar.

A proposta me fisgou rápido: era “ação ligeiro, coop divertida, proeza colorida e risadas garantidas”. Mas, uma vez que todo romance, tem seus altos e baixos. Vamos destrinchar.

⚔️ Jogabilidade — martelo pesado, ritmo ligeiro… às vezes vagarosamente de mais

Twins of the Sun bebe da natividade dos beat-’em-ups, mas com uma pegada atingível. Controles simples: stick esquerdo anda, stick recta dá o golpe, botão de pulo, arma, esquiva. A simplicidade é bem-vinda para quem quer entrar no jogo sem dor de cabeça — perfeito pra passar uma hora de boa, sem farm pesado, sem tutorial infinito.

O combate costuma se desenrolar em ondas de inimigos: você bate, desvia, recolhe power-ups, avança. O jogo distribui orbs de vida e itens de trato generosamente. O ritmo é atingível, a curva de aprendizagem suave — ótimo para jogar com amigos, com irmãos, com primos, com quem estiver por perto. Inclusive, o cooperativo lugar brilha: dividir a tela e vadiar entre marteladas e feitiços funciona muito muito, dá aquela sensação de “equipe velha escola”, de gargalhada no sofá, de “põe ponto de salvamento, pega a pipoca, vamo nessa”.

Só que… a praticidade às vezes é arma de dois gumes. Alguns pontos pesam contra: os golpes faltam impacto, os confrontos viram um “enche barra, mata universal” repetitivo. A repetição se torna presente com pouco tempo de jogo, mormente se você estiver sozinho — o combate solo faz as ondas de inimigos parecerem que conspiram pra te matar.

As fases são 25 no totalidade, divididas em cinco blocos de envolvente dissemelhante. A progressão artística até agrada: cada superfície tem identidade visual própria, inimigos novos, mecânicas que saltam um pouco da mesmice. Mas mesmo com essas mudanças, as estruturas repetem: velejar, testilhar, encher barra, seguir, repetir. Há momentos de pausa com puzzles leves e minigames discretos, o que traz um sopro de frescor — mas o combate ainda é o núcleo.

Para quem espera um hack-and-slash profundo, detalhado, com combos mirabolantes, talvez se decepcione um pouco. Mas para quem quer “lirismo de martelada + risada + clima de proeza ligeiro”, TwS acerta no intuito.

🎨 Visual e atmosfera — charme gráfico, cores fortes e vibração nostálgica

Um dos maiores acertos de Twins of the Sun é sua apresentação gráfica e estética. A arte cartunesca, os cenários coloridos, os cenários variados (selva, vila, minas, templos) e estilos visuais simplórios, mas charmosos, tornam o jogo bastante convidativo. A paleta de cores, os traços, a animação fluida, tudo contribui pra submersão. Dá vontade de “printar” tela uma vez que se fosse pôster de proeza.

Os inimigos têm um design simpático e um tanto caricatural — ideal para o tom mais ligeiro/familiar do jogo. A transição entre fases, a construção de atmosfera, a ambientação sonora ligeiro (embora não memorável) ajudam a sustentar o clima de “proeza tranquila para coração ligeiro”.

Para quem curte jogos com estilo gráfico nostálgico, tipo aqueles brinquedos antigos em figura entusiasmado ou “era de ouro” dos platformers coloridos, TwS traz um conforto visual que muitos jogos modernos de grande produção não têm mais.

Porém… a simplicidade também se revela uma vez que limitação. Em lutas mais caóticas, com muitos inimigos, efeitos de luz, partículas, tudo junto, pode ter aquela confusão visual — golpes se sobrepõem, explosões tomam a tela, tudo vira um borrão de martelo, corpo e confete. Para quem joga no modo solo, visualizar tudo e reagir a tempo pode virar tarefa ingrata.

📦 História, narrativa e o sentimento de “jornada de irmãos”

O enredo de Twins of the Sun é simples, uma vez que uma fábula de sábado de manhã: irmãs sequestradas, irmãos determinados a resgatar, jornada por selvas/templos/minas, monstros, obstáculos, boss final.

Essa simplicidade pode deleitar bastante quem quer um pouco direto, sem firulas, sem drama pesado, sem reviravolta filosófica — só coragem, união e marteladas muito dadas. Para mim, essa pegada lembra aquelas aventuras de puerícia: pegar gládio de madeira, traçar planta no quintal, fingir que escapa de dragões com o primo no sofá.

Mas há quem critique: a narrativa é rasa, os personagens pouco aprofundados, a motivação é padrão e o final entrega pouco. Fica aquele gostinho de “achei que ia ser homérico, mas foi morno”.

Para quem procura um pouco com profundidade emocional, enredos complexos, dilemas morais, reviravoltas impactantes — Twins of the Sun pode decepcionar. Mas para quem procura leveza, diversão imediata e coop para dar risada? Ele acerta bonito.

🎭 Comparações com cultura pop, jogos antigos e nostalgia

Enquanto jogava Twins of the Sun, meu cérebro não parava de fazer relação com referências de cultura pop e videogame:

  • Ele me lembrou Mega Twins (1990) — aquele clássico com dois irmãos lutando para salvar a terreno, plataformas coloridas, coop e martelos mágicos. Até a proposta dos gêmeos resgatando um pouco me pareceu homenagem involuntária.

  • Também senti uma vibe “cartoon de sábado infantil dos anos 90” — tipo Legend of Zelda: The Minish Cap misturado com Castle Crashers: tingido, exagerado, mas com psique de proeza ligeiro.

  • E na vaga moderna: se você governanta jogos cooperativos casuais uma vez que Streets of Rage 4, Scott Pilgrim vs The World: The Game, Cuphead (na secção coop e estética) — Twins of the Sun é uma vez que a versão “domingo de tarde com pizza e companheiro no sofá”.

Essa mistura de nostalgia com design moderno e atingível serve uma vez que um coquetel gostoso: não é sofisticado, não é profundo, não é sofisticado… mas é contente, descomplicado e agrada o coração gamer que cresceu com controles retangulares e sonhos de martelo de pedra imaginário.

🔥 Momentos altos — onde Twins of the Sun realmente brilha

  • Boss fights: quando o jogo decide transpor da vaga de “vaga de inimigos + martelo” e introduz mecânicas mais complexas — pattern recognition, momentos de esquiva, ataques de superfície, timing certeiro — o jogo brilha. Essas lutas entregam adrenalina, chegam a lembrar chefões de jogos clássicos de ação.

  • Co-op lugar: sem sombra de incerteza, jogar com companheiro melhora tudo: a sincronia, a separação de tarefas, a risada, as táticas para derrubar hordas. Jogo casual que vira nostalgia coletiva em poucos instantes.

  • Ambientes e design artístico: cada cenário tem identidade, atmosfera e detalhes simpáticos. Cenários coloridos, inimigos carismáticos, variedade visual — ótimo para quem gosta de “viajar com os olhos” antes de esmigalhar martelo.

  • Facilidade de ingresso + ritmo atingível: ideal para quem está começando no gênero, para quem joga casualmente, para quem tem pouco tempo. Não exige revérbero de samurai nem memória de combinação de botões — só aperta e diverte.

⚠️ Limitações — os espinhos no martelo

  • Combate repetitivo: fora os chefes, a sensação de “espalhar marteladas até encher barra” cansa rápido. Repetição demais de padrão acaba ficando monótona.

  • Falta de profundidade narrativa e emocional: personagens genéricos, história simples demais, sem desenvolvimento marcante ou cenas que façam você pensar “nossa, que plot twist!”.

  • Jogabilidade limitada no solo: o jogo brilha com coop — sozinho, o peso das ondas e a quantidade de inimigos pode tornar a experiência frustrante.

  • Visual às vezes confuso em telas cheias de inimigos: efeitos, inimigos, partículas e golpes se misturam, e a nitidez se perde — o que dificulta reação, resguardo e pode gerar mortes injustas.

  • Falta de variedade de armas e estilos: o martelo e a varinha dão seus momentos, mas faltam opções para quem gosta de customização ou estilos variados de combate.

🏁 Martelo, risadas e leveza: vale o resgate?

Twins of the Sun não é o jogo revolucionário do ano. Não vai redesenhar paradigmas, não vai te fazer chorar de emoção, não vai reinventar o hack-and-slash.

Mas, minha nossa senhora dos pixels felizes — ele é exatamente o que ele promete ser: uma proeza ligeiro, colorida, cooperativa, com visual simpático, risadas no sofá e martelos batendo em pedras e monstros.

Se você está de saco referto de jogos pesados, de gráficos ultrarrealistas, de decisões morais profundas, de enredos sofridos e de dor de cabeça — não procure profundidade em Twins of the Sun. Procure diversão honesta, coração ligeiro, risada fácil e nostalgia de puerícia com martelo de brinquedo.

Prós:

  • Visual charmoso, tingido e cartunesco
  • Combate atingível, fácil de aprender
  • Coop lugar que realmente faz diferença — jogar com companheiro vale demais
  • Chefes e momentos de orgasmo que brilham, com mecânicas interessantes
  • Ritmo ligeiro, tom amigável, diversão descomplicada

Contras:

  • Combate repetitivo e com sensação de “marteladas sem psique” às vezes
  • Falta de profundidade na história e nos personagens
  • Jogar sozinho pode permanecer difícil e frustrante em certas fases
  • Variedade de armas e estilos limitada
  • Em lutas caóticas, nitidez visual e precisão podem falhar

Nota Final: 7/10

Eu me diverti. Tomei umas marteladas erradas, morri umas vezes injustamente no solo, xinguei no sofá com companheiro rindo do lado — e amei. Twins of the Sun é uma daquelas aventuras que você vai lembrar com carinho, tipo primo distante que a gente encontra de vez em quando e dá boas risadas. Logo, sim — recomendo com alegria. Pegue seu controle, chame um companheiro, e bora salvar a mana sequestrada com martelo, risadas e paixão nos botões. 🛠️💛

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