Ubisoft cancela Assassin’s Creed por medo político

Ubisoft cancela Assassin’s Creed por medo político

4 minutos 12/10/2025
Ubisoft… A empresa que já fez a gente viajar pelo Egito, pela Grécia, pela Inglaterra e até pelo Japão — mas parece que agora teve pavor de encruzar a fronteira mais perigosa de todas: a da política. Segundo fontes internas, a Ubisoft teria cancelado um novo Assassin’s Creed ambientado nos Estados Unidos pós-Guerra Social, estrelado por um varão preto ex-escravizado, que enfrentaria, entre outras coisas, o surgimento da Ku Klux Klan.

Sim, você leu patente. Era um Assassin’s Creed sobre racismo, liberdade e justiça — mas aparentemente a Ubisoft achou “político demais”. Ou seja: queriam fazer um jogo sobre assassinos, mas fugiram da peleja.

Traduzindo do corporatês galicismo: “a gente teve pavor de trending topic no X.”

De congraçamento com os relatos, a sede da Ubisoft em Paris teria barrado o projeto por duas razões principais:

  1. A repercussão “divisiva” do samurai preto Yasuke em Assassin’s Creed Shadows;

  2. O “clima político instável dos EUA”.

Companheiro, instável é pouco. Os Estados Unidos hoje parecem um Battle Royale de opinião pública. Mas se a Ubisoft quer continuar vendendo Assassin’s Creed porquê se fosse National Geographic: o Jogo, talvez seja melhor comportar logo: não é pavor de instabilidade — é pavor de perder assinatura no Ubi+.

🎩 O jogo que não nasceu

A teoria era poderoso: um ex-escravizado, recrutado pelos Assassinos, voltando ao Sul dos EUA pra enfrentar injustiças e lutar contra o surgimento da KKK.

Isso é material pra um enredo poderoso, daqueles que fariam o Ezio Auditore levantar da tumba pra escadeirar palmas. Mas não. Preferiram engavetar o jogo e continuar apostando em fórmulas seguras, tipo:

  • “Assassin’s Creed: Agora na Escandinávia de novo, mas com mais DLC.”

  • “Assassin’s Creed: O Silêncio dos CEOs.”

  • “Assassin’s Creed: Não toque nesse tema.”

O estúdio parisiense parece ter esquecido o que fez a franquia grande: ousar. Nos anos 2000, Assassin’s Creed II falava de religião, poder e devassidão. Hoje, qualquer referência a “contexto histórico tenso” já desculpa reunião de emergência com o setor jurídico.

💬 Ubisoft: coragem vendida separadamente

Uma natividade interna resumiu muito a situação:

“Eles estão tomando cada vez mais decisões para manter o status quo político e não assumem nenhuma posição, nem criativa.”

E é isso mesmo. A Ubisoft virou aquele camarada que posta “neutralidade é sabedoria” no LinkedIn, mas fecha o chat quando o tema é desigualdade.

Evidente, o mundo tá sensível. Tudo vira polêmica. Mas, francamente, se a Ubisoft — uma empresa que te faz introduzir lâminas duplas no pescoço de templários — não consegue mourejar com assuntos delicados, quem vai?

A EA? A Activision?Essas tão ocupadas vendendo skins de guerra por 50 dólares.

🎮 O pavor da reação

A verdade é que a Ubisoft ainda vive com traumatismo de Twitter. Desde o pregão de Yasuke em Assassin’s Creed Shadows, o samurai preto, a empresa tem apanhado de todos os lados. De um, os extremistas histéricos gritando “lacração”. Do outro, os progressistas cobrando autenticidade e representatividade real.

E no meio disso, a Ubisoft — porquê todo bom diplomata galicismo — optou pela solução mais segura:
não fazer zero.

É o mesmo estúdio que já vendeu DLC de templário gay, mas agora tem pavor de tocar em temas raciais? Ah, o capitalismo é realmente o melhor editor de roteiro da história.

🧓 O tio Rumble avisa desde o PS2

Eu falei lá detrás, quando Far Cry 5 saiu: “a Ubisoft vai folgar tanto de não ser política que vai tropicar no próprio marketing.” E cá estamos.

A empresa tenta ser neutra num mundo em que até o menu de opções já divide opiniões. Quer fazer jogo histórico, mas sem história real. Quer simbolizar povos e culturas, mas sem incomodar o mercado.

Tá parecendo aqueles políticos dos anos 90 que diziam “não sou de esquerda nem de direita, sou do centrão gamer.”

💰 “Status quo” paga as contas, mas não faz história

Hoje a Ubisoft parece uma fábrica de Assassin’s Creed genérico: bonito, tecnicamente competente, e emocionalmente vazio. É o fast-food dos jogos AAA: você come, engole, esquece.

E enquanto o setor independente faz títulos porquê Pentiment, Black Myth e This War of Mine, com coragem pra cutucar feridas históricas, a Ubisoft prefere vender cosmético de pirata e fingir que ainda é ousada.

Mas não dá pra fingir pra sempre. Uma franquia que nasceu falando de liberdade e revolução não pode viver com pavor de um retweet.

⚖️ O veredito do Tio Rumble

Ubisoft, senta cá, vamos conversar. Você já fez história. Literalmente. Você botou a gente pra marchar por Jerusalém, renascer em Veneza, cruzar o Caribe e agora até visitar o Japão feudal. Mas tá com pavor de mostrar o que aconteceu no próprio quintal?

Se é pra continuar neutra, lança logo Assassin’s Creed: Suíça. Missão principal: lastrar o PIB, esconder moeda de templário e nunca tomar posição política.

💬 Resumo do Tio:

Ubisoft teve pavor de tretar com os EUA, cancelou o jogo mais ousado da franquia, e provou que o verdadeiro inimigo da liberdade…
…é o pavor de perder ação na bolsa.

Fonte

Conteúdos que podem te interessar...