Waterpark Simulator transforma gestão em comédia de ragdoll

Waterpark Simulator transforma gestão em comédia de ragdoll

3 minutos 16/09/2025

Sabe quando você vai naqueles parques aquáticos e pensa: “nossa, podia ter um tobogã que desse a volta no planeta e me jogasse direto no McDonald’s da esquina”? Pois é, Waterpark Simulator é isso, mas transformado em um videogame. Ele não quer ser sério, não quer competir com a sofisticação de um Planet Coaster 2 da vida — ele quer, simplesmente, te dar ferramentas pra gerar um parque aquático caótico, pleno de clientes que provavelmente vão processar você em menos de cinco minutos. E eu amei cada segundo disso.

O jogo foi lançado em agosto de 2025 no Steam, em Early Access, e já chegou com status de meme glorioso. A comunidade gamer parece ter adoptado a teoria com cloro, boias infláveis e um sorriso maroto. Aliás, eu já imagino a tagline solene: “venha pela simulação, fique pelos visitantes voando uma vez que bonecos de tecido.”

Construindo um parque… ou um pesadelo molhado

A primeira coisa que me chamou atenção foi o tino de liberdade. Você pode montar escorregas absurdos, decorar piscinas com flamingos gigantes, gerar praças de alimento que parecem saídas de um sonho febril pós-sol de 40 graus. Tudo funciona meio que no esquema “se você pode imaginar, você pode edificar” — mas também “se você pode edificar, alguém vai se machucar”.

E não é só sobre arquitetura, não! Você tem que gerenciar ingressos, limpar sujeira, salvar hóspedes que decidiram que não sabem nadar (spoiler: tem MUITA gente que não sabe) e até mourejar com aquele clássico pesadelo: cocô na piscina infantil. Sim, o jogo tem isso. E sim, é tão nojento quanto parece.

Física ragdoll: a estrela secreta

Se eu pudesse reunir o coração de Waterpark Simulator em uma vocábulo, seria: ragdoll. Esse bendito sistema de física transforma qualquer situação num incidente de Chaves. Visitantes tropeçam, saem voando, se esborracham em bordas de piscina, tudo com uma naturalidade que cercadura a arte contemporânea. É a prova de que a perdão da vida está no erro, no escorregão, no trambolhão de alguém que claramente não devia ter entrado no toboágua.

Eu renda que passei mais tempo rindo das quedas alheias do que administrando meu parque. Mas cá entre nós, rir do sofrimento do dedo dos outros é praticamente terapia.

Simulador ou playground caótico?

A formosura desse jogo é justamente não tentar ser o que não é. Ele não quer competir com simuladores hiperrealistas, cheios de gráficos 4K e planilhas dignas de Excel. Waterpark Simulator é um brinquedo gigante, um “sandbox aquático” onde o que vale não é fazer tudo patente, mas se divertir com o sinistro.

Simples, existe um mínimo de gestão: você precisa deleitar visitantes, manter o parque limpo, expandir áreas, contratar staff… mas zero disso é sufocante. Parece mais um tecido de fundo pra justificar o verdadeiro show: o caos aquático inteiro.

Pontos positivos que molham de alegria

Originalidade quase infinita: escorregas, piscinas e decoração doidona.

Física hilária que transforma qualquer erro em gargalhada.

Combinação de simulação e bobagem que te prende por horas.

Comunidade já apaixonada e enxurro de mods promissores.

Pontos que afundam um pouco

Visual simples, zero de gráfico fotorealista.

Algumas tarefas ficam repetitivas (socorrer hóspedes burros é rotina).

Ainda em Early Access: bugs, falta de polimento e promessas futuras.

Waterpark Simulator não é exclusivamente um jogo: é uma enunciação de paixão ao caos. Ele entende que a vida não é feita de planilhas perfeitas, mas de tropeços, gargalhadas e muito cloro queimando os olhos. É um invitação pra rir da desgraça do dedo e, de quebra, entreter de arquiteta de parques aquáticos insanos.

Se você quer um tanto sério e minusioso, volte pro Planet Coaster 2. Mas se você quer rir até engasgar com chuva imaginária, esse cá é o seu lugar. E eu vou te falar: nunca achei que limpar cocô de piscina do dedo pudesse ser tão satisfatório.

Fonte

Conteúdos que podem te interessar...