Xbox Series terá novo reajuste de preços nos EUA em outubro

Segundo aumento em cinco meses!

A Microsoft confirmou que a partir de 3 de outubro de 2025 o Xbox Series vai permanecer mais dispendioso nos Estados Unidos. A justificativa solene? “Alterações no envolvente macroeconômico.” Traduzindo do corporativês: “a economia tá ruim, mas nosso caixa tá muito, obrigado.”

E esse pormenor importa: esse já é o segundo reajuste em exclusivamente cinco meses. A última vez que vimos preços de console subirem tão rápido foi quando o câmbio resolveu recrear de montanha-russa em alguns mercados.

Novos preços nos EUA

Xbox Series S 512GB: de US$ 379,99 para US$ 399,99

Xbox Series S 1TB: de US$ 429,99 para US$ 449,99

Xbox Series X Do dedo: de US$ 549,99 para US$ 599,99

Xbox Series X: de US$ 599,99 para US$ 649,99

Xbox Series X 2TB Galaxy Edition: de US$ 729,99 para US$ 799,99

Ou seja: dependendo do protótipo, o salto chega a US$ 70.

E vale lembrar que em 2020 o Series X custava US$ 499,99 e o Series S US$ 299,99. Em cinco anos, a subida acumulada já passa de 30% no X e 33% no S. Nem aluguel sobe tão rápido assim.

O oração e a veras

A Microsoft diz que a decisão é “desafiadora” e tomada com “cautelosa consideração”. Só que, ao mesmo tempo, a própria empresa revelou em julho que:

• Receita trimestral aumentou 18%, chegando a US$ 76,4 bilhões.

• Ramificação de games cresceu 13% só em conteúdos e serviços.

Ou seja, o Xbox até vai muito de grana — principalmente porque o Game Pass continua engordando os números. Mas enquanto a receita engorda, o preço do hardware segue a dieta da inflação com whey protein.

📊 Evolução de preços do Xbox Series (EUA)

💡 Em cinco anos, o Series S subiu 33% e o Series X, 30%.

Olha o nível da loucura: em cinco anos, o Xbox Series X valorizou 30% e o Series S, 33%. Ou seja, tá mais rentável comprar um console no lançamento e deixar guardado na caixa do que colocar grana na poupança ou até na bolsa. Quem diria que o verdadeiro investimento gamer não era em criptomoeda ou ações da Microsoft, mas sim no console que prometia ser “conseguível” e hoje parece ativo de renda fixa com retorno guardado.

O problema da percepção

O aumento de preço tem mais efeito psicológico do que prático em limitado prazo. A base instalada já é grande e a maioria dos compradores de console hardcore já fez sua escolha entre Xbox e PlayStation.

Mas pro consumidor médio, a matemática é simples: “se tá mais dispendioso e não tem individual espalhafatoso no horizonte, vou esperar ou pegar outro.”

Esse tipo de percepção é perigosa num cenário em que a rival Sony já prepara terreno para o PlayStation 5 Pro, enquanto a Nintendo deve lançar o Switch 2.

Piadinha no meio da planilha

Simples que todo aumento vem embalado em justificativas sérias, mas é impossível não imaginar o Phil Spencer olhando a planilha e dizendo:

— “Gente, estamos faturando 76 bilhões. Porquê mostramos que a macroeconomia é dura? Ah, já sei: aumenta o preço do Series S em 20 doletas. A galera entende.”

O lado positivo (se é que existe)

Pelo menos a Microsoft confirmou que headsets e controles não terão aumento. Ou seja, o gamer pode continuar comprando controle extra sem precisar fazer financiamento. Pequenas vitórias.

E, porquê sempre, no PC Master Race esse papo é exclusivamente curiosidade: cá a inflação se labareda “placa de vídeo novidade todo ano”.

O reajuste mostra que o Xbox Series já não é mais o console conseguível de 2020. A promessa de “mais poder por menos preço” vai ficando no pretérito, e o porvir parece cada vez mais dependente de serviços porquê o Game Pass para justificar o investimento.

A grande pergunta é: até onde o consumidor vai engolir aumentos sem receber uma contrapartida clara em exclusivos e suporte de software?

Por enquanto, o saldo é um só: quem já tem o console respira aliviado. Quem tava pensando em comprar em outubro… talvez seja hora de esperar a Black Friday.