Jogamos Davy x Jones preview hilário de um pirata sem cabeça

Jogamos Davy x Jones preview hilário de um pirata sem cabeça

4 minutos 30/08/2025

Lá nos anos 80, quando eu gastava ficha em Monkey Island e depois ficava quebrando a cabeça em King’s Quest num PC que parecia mais uma caixa de sapato com barulho de secadora, eu nunca imaginei que em 2025 eu estaria jogando um game onde o protagonista é… um pirata sem cabeça, sendo ajudado pelo próprio crânio falante. Pois é, meu amigo, se isso não é evolução da indústria, eu não sei o que é.

E digo mais: Davy x Jones não só abraça a galhofa, como ainda consegue ser divertido pra caramba. Tipo aquele churrasco em que o tio começa a contar a mesma piada pela quinta vez, mas você ri de novo porque a entrega é perfeita.

A maldição do pirata sem cabeça (e com muito carisma)

Você joga como Jones, um pirata amaldiçoado que perdeu a cabeça – literalmente, não no sentido de gastar grana com loot box, calma. Sua caveira, chamada Davy, fica flutuando do seu lado, arremessando insultos e dicas, tipo aquele amigo mala do grupo do zap que fala demais, mas você não larga porque no fundo ele salva a resenha.

A ambientação é o Locker, uma espécie de purgatório dos piratas, cheio de navios fantasma, docas assombradas e selvas amaldiçoadas. Parece sombrio, mas aí entra o humor: a caveira fala tanto que dá vontade de colocar um durex na boca (se tivesse boca).

O contraste é massa: um cenário que parece capa de vinil de heavy metal dos anos 80, mas com diálogos dignos de sitcom de quinta categoria.

Combate – Doom Eternal de tapa-olho

Aqui é onde a coisa fica boa: o jogo é rápido, frenético e não deixa você respirar. Espada, pistola, gancho e… sua própria cabeça como arma. Isso mesmo: você pode tacar seu crânio nos inimigos. Eu, que já perdi ficha batendo no joystick achando que ia dar soco na tela, finalmente encontrei um jogo que recompensa o auto-flagelo.

As lutas parecem uma mistura de Devil May Cry com Doom Eternal, mas no mar. Você dá dash, atira, corta, engata combo e ainda arremessa o próprio coco ósseo nos inimigos. É ridículo? Sim. Funciona? Mais que muito casamento por aí.

E quando os chefões entram em cena, meu chapa… Teve um kraken que quase me fez cuspir a cerveja no teclado. Tentáculo pra todo lado, água subindo, canhão disparando – parecia festa de aniversário na casa do Poseidon.

O Locker é o verdadeiro chefe

A exploração é outro ponto forte. Tem ilha flutuante, floresta fantasma, doca abandonada e até rota escondida que só abre se você fuçar. É o tipo de jogo que recompensa a curiosidade: quem só corre pros combates perde metade da graça.

É como jogar Diablo II nos anos 2000 sem explorar as dungeons – dá pra fazer, mas você tá perdendo metade da experiência (e metade do loot também, e loot é religião, né?).

O lado Early Access da coisa

Claro, não é só festa. O jogo ainda tá em Early Access e tem suas mancas. As porradas de espada poderiam ter mais peso – às vezes parece que tô batendo com espada de isopor de festa infantil. E no meio da confusão, já perdi meu próprio crânio no mapa. É irônico: o protagonista perdeu a cabeça, e eu perdi junto.

Mas nada game-breaking. Dá pra ver que os devs têm mão firme, só precisam aparar umas arestas.

Equilíbrio entre piada e terror

O que mais me surpreendeu foi o balanço de tom. Um minuto você tá rindo da caveira tirando sarro da sua cara, no outro tá parado encarando um navio afundado iluminado pela lua, com aquela vibe de terror psicológico.

É como se Piratas do Caribe tivesse sido dirigido pelo Guillermo del Toro depois de umas três caipirinhas.

Vale a pena zarpar nessa aventura?

Primeiras impressões? Vale, e muito. O jogo é ousado, esquisito e divertido – exatamente o que eu quero quando tô cansado de shooter genérico com gráfico realista mas alma de pão francês amanhecido.

Se você gosta de combate rápido, estética pirata e jogos que não se levam a sério, Davy x Jones já merece seu espaço no HD (ou no SSD, porque ninguém merece load de 2 minutos em 2025).

Davy x Jones é aquele tipo de jogo que lembra os velhos tempos: meio tosco, meio genial, e totalmente apaixonante. A diferença é que agora você não precisa ajustar antena UHF pra jogar.

Então, prepare seu rum, segure seu crânio (literalmente) e se jogue nesse purgatório pirata que já é uma das experiências mais originais do ano.

Fonte

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